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sábado, 12 de dezembro de 2015

Artes plásticas:as cores e o chão nos textos de Myrian




 Matéria já publicada em Campus/O Dia

As cores e o chão nos textos de Myrian

 



Luiz Sávio de Almeida

 


                     Os trabalhos de Myrian são substancialmente rurais e ligados à memória estética de pelo menos quatro gerações, construída na transição entre o agreste e a mata das Alagoas,  dentro de um universo familiar. Eles expressam
tanto uma contemporaneidade, quanto uma formação histórica e podem ser concebidos como marcos sobre imaginário e   cotidiano dos pequenos lugares da construção de nosso espaço. Cores e formas passam pelo sagrado e pelo mundano ou profano.

               As cores são o chão, o terreno por onde o imaginário se transforma em uma referência iluminada sobre o mundo e todo um complexo de condições do sagrado é recuperado pela luz, forma, movimentos. Os santos são múltiplos de charolas, estandartes e até mesmo teto de igrejas centenárias. A mulher que anda, experimenta o mundo, mas volta para seu lugar. Os vitrais  somam estes mesmos elementos e são apenas uma forma diferente de falar das mesmas coisas.

               Há uma erudição sobre o mundo rural   transformada em beleza que, para este pequeno texto, significa o poético  expresso na criação de uma linguagem própria, dando-se  o senso de uma  hermenêutica do belo em diálogo com as cores, as formas, a memória. Esta exposição é composta por textos sobre nós mesmos e, portanto, instiga sobre a identidade, algo que sempre se procura esclarecer e é sempre fugidio.

               Alagoas ganha com esta exposição pela afirmação  de um talento e pela inteligência de uma beleza articulada à demonstração de nossa vida.

Um conto

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