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terça-feira, 31 de janeiro de 2017

Gabriel Brito Costa. Análise espacial e temporal do vento no estado de Alagoas

o blog divulga nossa produção científica

Análise espacial e temporal do vento no estado de Alagoas

Gabriel Brito Costa

UFAL/METEOROLOGIA


Este trabalho teve o objetivo de caracterizar os padrões de vento no Estado de Alagoas; avaliando se existem condições propicias para a geração de energia elétrica através de aerogeradores no Estado; e relacionar os padrões de vento com parâmetros locais; observando o comportamento da estabilidade atmosférica através de diferentes métodos. Procurou-se determinar o padrão sazonal da velocidade e direção do vento; temperatura do ar; intensidade de turbulência e fator de rajadas em três regiões distintas do Estado: Litoral; Agreste e Sertão; e avaliar o comportamento da estabilidade atmosférica no seu ciclo anual através do cálculo de parâmetros de estabilidade. Foram analisados ciclos médios diários; mensais e anuais de variáveis meteorológicas que pudessem descrever o padrão de vento no Estado de Alagoas. O padrão evidenciado foi relativamente diferente entre as regiões; tendo seu comportamento para aproveitamento eólico se mostrado mais satisfatório na região do Agreste (Girau do Ponciano). A região do Sertão (Água Branca) evidenciou uma influência anual de um regime de ventos comum na região Nordeste Brasileira; conhecido como Aracati; que faz com que as velocidades do vento obtenham seus máximos no período noturno; o que é um fato fora do padrão. Houve associações positivas entre picos de temperatura do ar e de velocidade do vento em muitas estações; e associações positivas com as predominâncias entre NE e SE (intervalo onde se encontra a predominância do efeito de brisa marítima) e os máximos valores de velocidade do vento; indicando uma possível intensificação do vento através da brisa marítima. Foi observada uma “frenagem” da velocidade do vento em situações de brisa terrestre; indicando que os ventos alísios tendem a diminuir a velocidade do vento na região Litorânea; e por vezes desconfigurar a ocorrência da brisa terrestre. Os padrões de velocidade do vento foram maiores nas estações situadas no interior (Girau do Ponciano; Palmeira dos Índios e Água Branca) do que no Litoral (Feliz Deserto; Roteiro e Maragogi); possivelmente devido às estações localizadas no interior estarem em maiores altitudes. A turbulência atmosférica nas seis estações apresentou valores relativamente menores do que os encontrados na literatura; sendo um bom indicativo para aproveitamento eólico. A estabilidade atmosférica em Feliz Deserto se mostrou maior durante o Verão; diminuindo à medida que se aproxima o Inverno; sendo que a estimativa da estabilidade pelos métodos do número de Richardson e da freqüência de Brunt- Vaisala foram bastante coerentes; apresentando no máximo 5% de diferença entre eles.

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