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sábado, 26 de maio de 2018

Maceió: a cidade, o pobre e a vida



 Karolina Corado está se preparando para o mundo da pesquisa e estas fotos trazem seus olhos postos, especialmente, na vida dos que são pobres dentro de uma cidade que se chama Maceió e que soma as grotas onde boa parte dos pobres vivem. Seu olhos sente a paisagem e nela o mundo das pessoas. Vamos ver como Maceió aparece através dos seus passos em direção ao mundo urbano (LSA).    


 
le città, i poveri e la vita the cities, the poor and the life les villes, les pauvres et la vie


A fotografia foi registrada em junho de 2017, na Grota da Alegria – Maceió.

 Na foto o choro. O grito. As linhas da costela que delineiam a fome. Os pés que marcam o espaço com o registro das pegadas, comunicam, ressaltando “quem” ou o que pisou seu solo, mostram os caminhos e formam suas paisagens. O verde se mexe e engole tudo o que foi construído em seu interior, quase como se experimentasse uma crise de identidade ao voltar-se a si. Quem não pode erguer-se, encolhe-se, repudia-se e em um abraço agarra-se na tentativa de não ser levado nesse desmoronamento de terra, de gente, de mente e de lar.



A fotografia foi registrada em março de 2016, na COOPLUM em Jacarecica.

O lixo vira ferramenta de seleção, havendo concomitância na produção e no descarte da matéria, ambos contribuintes para que seja a paisagem embelezada ou denegrida, benéfica ou insalubre.  




A fotografia foi registrada em junho de 2017, na Grota da Alegria – Maceió.
              
Ao passo que o homem impulsiona-se à frente perpassando a corrente de água, e ao mover-se faz e desfaz tensões com mesma, o encontro de seus corpos cria variações dos mesmos, o homem agora é molhado, e a água adaptou-se ao obstáculo.


 


A fotografia foi registrada em maio de 2017, na Grota da Alegria – Maceió.

Na minha concepção,  a imagem comporta a dualidade entre a poesia de seus detalhes e a dura realidade enfrentada por um número considerável de moradores da cidade de Maceió. Uma criança ajoelhada sobre um sofá parcialmente destruído, observa atentamente a força da macrodrenagem que vem corroborando para a erosão do solo ao redor e dessa forma para a destruição do seu espaço-grota.






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