Alfredo Brandão foi um
intelectual de larga militância em Alagoas, tendo escrito sobre diversos temas
e sendo autor de uma bela monografia sobre Viçosa. Pertence à safra dos
intelectuais médicos que foram importantes em Alagoas, sobretudo na década de
trinta do século XX. Faleceu em 1944.
Dois dedos de
prosa
Campus irá paulatinamente
divulgando algum material antigo, que julgue interessante,
Na edição de hoje, trazemos,
novamente, Alfredo Brandão, desta feita tratando de um combustível por ele
inventado e ao qual chamou de ESSGÊ.
Vale a pena ler e ver como se
poderia sonhar o futuro do mundo, a partir da plataforma da Viçosa e vislumbrar a face da terra
transformada pelo nosso arsenal de pesquisa que era, apenas, o talento do
inventor.
Vale a pena ter esta viagem
movida por este combustível.
Boa leitura.
Luiz Sávio de Almeida
O combustível alagoano e os
resultados para o mundo
Luiz Sávio de
Almeida
Novamente,
Campus reproduz textos de autoria de Alfredo Brandão, polígrafo e que teve
militância na vida cultural de Alagoas durante
a primeira metade do século XX. Em nossa avaliação, seu principal trabalho
foi uma monografia sobre Viçosa, do tipo que era praticada à época à guisa de
contribuição historiográfica. Alagoas teve boas monografias sobre locais.
Aliás, a nossa historiografia inicial
teve como uma de suas preocupações, esta consagração, na sua intenção de
celebrar a organização social e de produção.
Nestes textos que republicamos,
aparece um Alfredo Brandão diferente: o homem
do ESSEGÊ, um combustível alternativo, vegetal, que diz ter sido por ele
inventado e testado. O Jornal de Alagoas
deu cobertura e um do Rio de Janeiro, A Noite, publicou extensa matéria sobre o
assunto. Da mesma forma que veio à tona, o ESSEGÊ sumiu do mapa do noticiário.
Corria o ano de 1933 e logo após à publicação da matéria, o mundo deixaria de
ser renovado em sua matriz energética
pelo fato do combustível ter desaparecido.
Qual
a razão de ter sido um de repente? A razão de a flora alagoana conseguir, em
grande escala, suplantar o petróleo? Lembro que uma vez, em conversa comigo,
Theo Brandão – que chamava o inventor de Padrinho Alfredo –, falou no tal
combustível. Perguntei se era verdade e sinceramente não me lembro da resposta.
Seria boutade, palavra que Theo usava vez em quando?
O fato é que
foi anunciado um novo combustível para as Alagoas e para o Brasil. Não importa
se foi verdade. Importa que estivesse enunciada uma preocupação com a
substituição do petróleo que andava sendo descoberto nas Alagoas e em torno da
audácia empresarial que se faria nos lados de Riacho Doce.
Bem antes,
Alagoas tinha visto um combustível que poderia ser dito caeté, com o USGA,
produzido pela Usina Serra Grande e de consumo. Era a cana-de-açúcar transformada em mobilidade da sociedade, o
que seria, a bem dizer, uma antecipação dos tempos do Pró-Álcool, da glorificação
que teve o etanol dentro da política
econômica nacional, quando as usinas poderiam ser transformadas em emirados
não-árabes.
O combustível vegetal não nos foi estranho quer
como a realidade do USGA e do Etanol, quer sob a forma misteriosa do ESSEGÊ de
Alfredo Brandão, talvez realidade, talvez mera invenção, talvez boutade como
diria seu afilhado. O fato é que Alfredo Brandão andava preocupado com a questão dos combustíveis, o que transparece
em um seu artigo intitulado Os
combustíveis e o progresso.
Ele – não
importa como – antecipava a necessidade do renovável, argumentava com a
possibilidade de carvão e petróleo esgotarem-se. Era necessário estabelecer
novas fontes e, portanto, Alagoas com todos os privilégios de inovadora,
presenteava o mundo com o ESSGÊ. Se ele não serviu além de ser notícia, na
certa não foi culpa de Alfredo Brandão que viveu mais 11 anos após ter
inventado o seu combustível, na certa
timbrado em cima de capim, capoeira e matas.
Matéria dos jornais
Jornal de Alagoas, Maceió,
1933
0 dr. Alfredo
Brandao, ilustre alagoano, residente nesta capital, acaba de pedir ao governo federal privilégio
de invenção para uma sua descoberta química, o "Essigé” - um combustível
liquido, sucedâneo de gasolina, próprio para mover auromoveis e outros motores
de explosão.
O “Essigé”,
que é extraído de diversas matérias orgânicas e mui especialmente de vegetais
da flora brasileira, oferece os seguintes caracteres: é um líquido oleoso, cor de
ouro, transparente, insolúvel na água, pouco solúvel no álcool, solúvel no éter sulfúrico. A reação ao papel de Tournessol
é neutra. Marca ao aerômetro 45 a 55 graus,
conforme a concentração.
A
explosividade é um pouco menor do que a da gasolina, porém parece possuir um número
de calorias mais ou menos igual ao deste ultimo combustível. Inflama-se instantaneamente ao contato de um fósforo
aceso, queimando com chama avermelhada e fuliginosa.
As experiências
de movimentação de automóvel deram excelente resultado. Sob o ponto de vista econômico,
a descoberta química do nosso conterrâneo vai abrir novos horizontes a agricultura
e a indústria de Alagoas e alias de todo o Brasil.
(S. G. -
Sucedaneo da gasolina)
Conforme a
noticia que o JGRNAL DE ALAGOAS teve a gentileza de publicar em sua edição de
25 de marco ultimo, “O Essigé” é um combustível líquido, sucedâneo da
gasolina, próprio para mover automóveis
e outros motores de explosão. É um liquido oleoso, cor de ouro, transparente,
insolúvel n’água, pouco solúvel no álcool, solúvel no éter sulfúrico. A reação
ao papel de Tournessol é neutra. Marca ao aerômetro Baumé 45 a 55 graus, conforme a concentração.
A
explosividade é menor que a da gasolina, porém parece possuir um número de
calorias igual ao desse ultimo combustível. Inflama-se instantaneamente ao
contato de um fósforo, queimando com chama avermelhada e fuliginosa.
Depois desta
primeira noticia, fiz mais diversas experiências de mobilização de automóvel,
em excursão pelo Tabuleiro, tendo obtido excelente resultado, não só quando á
velocidade, mais ainda quanto á força.
Dando agora
mais detalhes sobre o novo carburante, tenho a acrescentar o seguinte: o
“Essigé”, sob o ponto de vista químico, é uma mistura complexa de diversos elementos:
- hidrocarburetos formênicos, hidrocarburetos etilênicos, hidrocarburetos benzênicos.
Contém ainda outros corpos tais como fenóis, cresóis, cetonas, éteres superiores,
etc.
Como se vê,
apresenta não somente os elementos do petróleo, mas também elementos aromáticos,
idênticos aos extraídos da hulha Esses corpos variam um pouco, de acordo com a
matéria prima empregada.
Alguns
“Essigés” são mais ricos em elementos formênicos, outros em benzênicos e todos
possuem uma certa quantidade de olefinas e portanto de carburetos não
saturados. '
Os processos
empregados foram descobertos por mim, em mais de cinco anos de trabalho e em
perto de trezentas experiências de laboratório, baseando-me, é verdade, em princípios
químicos conhecidos, dos quais tirei deduções e conclusões.
De um modo
geral, esses processos consistem em desidratação, desoxidação ou redução, hidrogenação
e polimerização, tudo por meio de catalisadores apropriados, tudo tendendo para
a estabilização das combinações entre os átomos de carbono e hidrogênio.
Consegui,
assim, até o presente, extrair o “Essigé” de 16 substâncias orgânicas, dando,
respectivamente a cada uma, a designação de “Essigé A", “Essigé B”, e
assim por diante, conforme a ordem cronológica da descoberta.
Muitos deles são
tirados de vegetais da flora brasileira, vegetais pertencentes a diversas
espécies e diferentes famílias botânicas - alguns são plantas anuais, outros arbustos
e subarbustos e ainda outras árvores de grande talhe.
Conheço uns
trinta vegetais, que, apesar de não ter feito experiências, julgo poder-se
extrair “Essigé”. Ainda conforme a matéria prima empregada, a proporção de “Essigé”
bruto varia de IO a 80 por cento.
A retificação
faz baixar um pouco essa porcentagem. Portanto, pelo que acabo de expor,
compreende-se que se acha descoberto um novo combustível líquido, uma gasolina
artificial, em condições de mover automóveis, caminhões, barcos e outros
motores a explosão.
Cabe-me,
porém, o dever de prevenir que este novo carburante ainda não é um produto tão
perfeito como a gasolina do petróleo.
O fato de
Minerva sair da cabeça de Júpiter, com todos os atributos de mulher e de deusa,
pertence aos domínios da mitologia.
O “Essigé”
possui ainda alguns senões, algumas falhas que se relacionam a menor
explosividade, a cor, a um pequeno deposito de fuligem pela combustão e a um maior
desprendimento de fumaça quando queima nos automóveis; mas essas falhas serão
pouco a pouco sanadas com um melhoramento da técnica e com o emprego de aparelhos
aperfeiçoados.
Quero crer,
que se poderá, assim, obter o “Essigé`” incolor como a gasolina e ao mesmo
tempo conseguir um maior rendimento do produto e por conseguinte um maior barateamento
no preço.
Agora vou
fazer algumas considerações sobre as prováveis vantagens da descoberta. Acho
que se a fabricação industrial do “Essigé” for desenvolvida em larga escala,
poderemos contar com um elemento seguro para combater a crise econômica que
assoberba o nosso pais.
Para isso, em
primeiro lugar, será preciso promover-se no Brasil a Cultura dos vegetais de
“Essigé”, criar-se um novo ramo de agricultura. Depois é necessário a
instalação de pequenas fabricas e usinas. .
Nestas condições
teremos o carburante por um preço muito inferior ao da gasolina.
Sobre os
resultados econômicos vou fazer um calculo muito pelo alto.
Este cálculo é
apenas baseado no “Essige B”, de cujo vegetal produtor fiz observação de cultura
durante dois anos, determinando, assim, numa certa área de terreno, a produção
anual.
Dessa observação,
perfunctória, é verdade, cheguei á conclusão que poderia haver muita vantagem e
substituir a industria açucareira do nosso Estado pela do "Essigé”. lsso
pelo menos em parte.
Um engenho
“bangué", que por exemplo safreje mil sacos de açúcar bruto e o venda á razão
de 3$000 por 15 quilos, poderá, apenas, apurar uns 15 contos ao ano. Se porém o
senhor de engenho empregar a mesma área de terrenos ocupada pelos canaviais no
cultivo do vegetal “B”, terá, mais ou menos 30 contos, portanto um rendimento
de cento por cento, acrescendo ainda a vantagem de ter situado uma plantação
que, com pequenos cuidados de roçagem ou capinação, poderá lhe dar os mesmos
rendimentos ou mais, durante vinte anos, pois, segundo me informaram, o vegetal
em questão frutifica todo esse tempo.
Estendendo,
agora, as probabilidades a outros pontos do pais.
O Estado de S. Paulo, com sua capacidade
enorme para o trabalho, com a sua população laboriosa e os seus métodos científicos
de lavragem e adubamento do solo, caso reserve á cultura das diversas plantas
de “Essigé” uma pequena parte dos imensos terrenos destinados aos cafezais, poderá,
em poucos anos, aumentar seus rendimentos em milhares de contos. Mais ou menos
nas mesmas condições se acham os Estados de Pernambuco, Rio Grande do Sul e
Minas.
Para terminar
um cálculo geral. O Brasil, na media, gasta, anualmente, trezentos mil contos
em combustível líquido. Ora, instalando-se em todo o nosso pais umas cem usinas,
produzindo cada uma 2 toneladas de “Essigé”,
diariamente, e vendido esse produto a 800 réis o litro, teremos ao todo, mais
ou menos, os 300 mil contos, os quais, em vez de serem canalizados para a
América do Norte, circularão no Brasil.
Vê-se,
portanto, que realizadas estas condições, teremos dado um grande passo para a
solução da nossa crise econômica.
Pode ser que
haja, da minha parte, um pouco de otimismo, mas também pode acontecer que o
resultado pratico vá muito além de toda a expectativa.
Maceió - Julho
de 33
Alfredo
Brandão
Iniciamos, no nosso numero de
ontem, a colaboração do ilustre Alfredo Brandao, que é uma capacidade de erudição sobre assuntos de historia, arqueologia e economia
regional.
Depois de ter
conseguido a sua reforma no alto posto de tte. cel. do corpo médico do Exercito
Nacional, veio o dr. Alfredo Brandão matar a nostalgia da terra mater,
instalando-se, então, com uma volúpia ascética do silencio, numa pitoresca vivenda
no Farol, onde passa os seus dias em profundas conversas com seus livros queridos
e em indagações químicas de laboratório. Ultimamente o dr. Alfredo Brandão tem
dirigido a sua atividade no sentido de aperfeiçoar os resultados de uma sua descoberta
sensacional, que consiste na extração vegetal de um novo carburante, próprio para
suceder vantajosamente o consumo da gasolina.
É com prazer que o JORNAL DE
ALAGQAS anuncia, aos seus leitores, a
continuação de uma colaboração eficiente.
0 ESSIGE (sub-prudutos e
derivados)
No preparo do
Essigé nada se perde. Todos os resíduos são utilizáveis – resíduos sólidos, líquidos
e gasosos. Ha também a considerar vasta série dos derivados - às vezes simples misturas e modificações
sem alteração da estrutura molecular, outras vezes compostos químicos definidos,
obtidos por substituição atômica.
No presente
artigo, vou fazer ligeiras considerações
sobre os subprodutos e derivados mas importantes.
1° -
KEROZENESSE
É o nome que
dei ao querosene artificial, ou, como acharem melhor querosene vegetal._ É o
mesmo Essigé apresentando maior densidade e menor grau ao aerômetro Baubé. A 45
graus arde com chama avermelhada e fuliginosa. Como o querosene, é isento dos princípios
mais voláteis, sendo evitado, assim, qualquer perigo de explosão nas lâmpadas.
Em experiência
comparativa com o querosene, em candeeiros de folha com pavio de algodão, notei
que o querosene produz chama um pouco mais intensa, sendo a durabilidade mais
ou menos igual. Trinta gramas do produto alimentariam o candeeiro duas horas. Com
aparelhamento conveniente, pode-se ter um agente de iluminação tão bom como o
que nos vem do estrangeiro. 0 Brasil consome, anualmente, 100 mil contos na importação
de querosene.
2° - ESSIGINA
É uma combinação
de Essigé com o álcool. Digo combinação porque não se trata de uma simples
mistura ou solução. Reafirmando o que disse no artigo anterior, o Essigé
retificado é pouco solúvel no álcool. Por meio de processos químicos especiais,
consegui juntar ao álcool vinte por cento do meu preparado, formando o todo um líquido
homogêneo, amarelo citrino, transparente e ligeiramente oleoso.
Estas experiências
ainda não se acham concluidas, mas antevejo que se poderá melhorar as condições
do álcool-motor, aumentando-lhe o numero de calorias e fazendo desaparecer o
defeito de ressecar os motores.
3° _ KRESILlNA
Dos óleos
pesados da hulha prepara-se, por meio da saponificação, um desinfetante e
desodorante por demais conhecido - a creolina. Empregando-se os mesmos
processos com os óleos negros, resíduos
da retificação do Essigé, ricos em fenóis, cresóis e carburetos que resistiram
a polimerização, obtém-se um corpo muito semelhante a creolina, ao qual
denominei Kresilina. Este subproduto é dotado de ação bactericida, ação que se
depreende do fato de impedir a fermentação dos líquidos açucarados e evitar a putrefação
das albuminas.
Como a creolina,
possui propriedades inseticidas enérgicas e forma com a água uma emulsão um
tanto lactescente. O cheiro é menos forte.
4° - VERNIZ -
ESMALTE
O Essigé, em
si, não é um óleo secativo, porém quando
retificado e em grau elevado, torna-se
dissolvente das resinas, podendo, neste caso, ser empregado na confecção dos
vernizes impropriamente chamados esmaltes. O Essigé combinado à colofonia (resina
de baixo preço) forma um óleo de propriedades secativas, em condições de
substituir perfeitamente, o óleo de linhaça e como este servir de veiculo a
vernizes e a tintas resistentes e
brilhantes. Não dispondo de dados estatísticos sobre a importação de óleo de
linhaça no Brasil mas suponho que essa importação se eleve a milhares de
contos.
5° - Gases
combustíveis
Ao preparar-se o Essigé, ha
desprendimento de grande quantidade de gases muito inflamáveis que produzem chama
avermelhada ou pálida conforme a matéria prima. Não fiz a análise química
desses gases, porém, pela maneira como eles se comportam, julgo tratar-se, principalmente,
de methana, hidrogênio e óxido de carbono.
Parece que pedem ser empregados como
sucedâneos de gás de iluminação extraído
de carvão de pedra, gás que, nos centros
adiantados como Rio e São Paulo, serve de combustível nas cozinhas dos hotéis e
das habitações particulares, muito facilitando, pela sua comodidade, a arte culinária.
Uma usina de Essigé, nas cercanias
de uma cidade, poderá fornecer gases
combustíveis por preço vantajoso para os copnsumidores.
6° - ESSIKAR
Batizei com este nome a um entre subproduto.
É o resido solido de Essigé, é
uma espécie de coke contendo ainda uma certa quantidade de óleo pesado. A
utilização de Essikar como combustível ainda se acha no terreno das probabilidades.
A experiência que fiz a respeite foi em forno comum - ele
queima com chama abafada e fumarenta, mas concebe-se que, comprimido em forma
de tijolos, poderá alimentar maquinas a vapor, de navegação eu de estradas de
ferro.
Dando resultados
práticos, como espero, teremos encontrado um sucedâneo de carvão de pedra e por
conseguinte resolvido altos problemas de transporte e siderurgia. O Brasil
gasta para mais de cem mil contos anuais em carvão de pedra.
No campo das probabilidades, há
ainda muita coisa a esperar de Essigé. Contando em seus elementos e benzeno e portanto
benzóis, xileno, tolueno e antraceno, adivinha-se, sem grande esforço, o enorme
lucro que a indústria poderá realizar com a exploração do Essigé. Pode-se também extrair asfalto e matérias betuminosas
, parafina, álcool metílico, acetonas,
acetatos, compostos amoniacais, formicidas
e óleos lubrificantes.
Como se vê, é quase toda a química
orgânica e ação..
Tudo isso é fonte de riqueza para
e Brasil, tudo isso pode ser fornecido
pela agricultura e pelas nossas vastíssimas florestas.
Já passou o tempo da contemplação
poética de nossas matas.
Deve-se, agora, abrir as portas à
indústria.
Maceió, 1° de agosto de 1933
ALFREDO BRANDÃO
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