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Pesqueira
Pernambuco - Brasil
Já conhecia Pesqeira; aliás, ela sempre foi conhecida desde minha infância, por conta da Fábrica Peixe: massa de tomate. Conhecia desde menino em Penedo, bem como a fábrica de bolacha Pilar, que eu julgava estar aqui em Alagoas. A Peixe era uma grande consumidora do tomate plantado na região, embora tenha começado com doce de goiaba.Precisava passa por lá, novamente; são milhares de quilômetros rodados por este país, nada contra acrescentar um pouco mais.
Decidi rever a feira de Pesqueira e era neste setembro de 2017. Fotografar, filmar, documentar. Aliás, a feira acontece onde esteve edificada a Fábrica Peixe, numa singular mudança de local. Deve ter sido um espetáculo urbano completamente diferente. Hoje, no lugar de burros e jumentos, estão motos na entrada para o pátio da antiga fábrica.
Este é o mesmo portão, visto por dentro. Já deveria ser tarde: a maioria das pessoas estavam saindo. Note-se no primeiro plano, a universalidade do gosto pela camisa dez. No plano intermediário, três mulheres conversam, colocando a vida em dia e, bem no fim, um carro e um cidadão vendendo seus discos de forró.
Este é um beco que dá entrada para o grande pátio da feira. Os feirantes espreitam os passantes e a menina aprende, com a mãe, a arte de comprar. O carrego vem cheio de mercadoria e, na direita, uma bela moça vende alho. Veja os carros; antigamente seriam de madeira, alguns parecendo um cocão.
Esta é a moça, rindo para mim; eu estava saindo e perguntei se já havia vendido tudo. Pelo visto não, mas ela continuava parada ao lado do Edu-Lanche, como se estivesse espetando que alguém desejasse alho e a visse de sentinela.
Pleno pátio da feira, onde se compra da arte à pimenta. Chama a atenção a gaiola de passarinho. Não sei para que serve; se fosse para Galo de Campina teria um torneão; se fosse para canário; aquilo me parece ser para passarinho pequeno e que goste de capim, como o papa-capim gosta. Ele papa o capim.
à espera do carreto, a negociação, o mundo das barracas. Poucos dos feirantes são de Pesqueira. Um bom grupo sai fazendo as feiras das regiões, Muitos são de Belo Jardim. Viajam muito à procura das feiras com roupa, alimento, mangaio.
Sem, dúvida, este é um material típico da sulanca, de fabricação a bem dizer local, fruto da especialização dos entornos de Caruaru.
No último plano, o que era o suspiro da fábrica, e a parafernália que fica exposta.
O milho verde e a posição em que Napoleão perdeu a guerra
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Esperando Godot? Em que pensa a feirante?
O mangaio. Esta barraca é de Belo Jardim e o doo possui um caminhão em que carrega as mercadorias.
A urupema como se fosse um emblema ou escudo nunca acabado.
A busca pela qualidade: tem de ser bem tecida e resistir a uma pressão que se desenvolve, sobretudo, no centro.
O tempo da fgeira e da idade.
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