Este material foi originalmente publicado em Campus, suplemento do Jornal O Dia. Maceió,
Hoje
pesquisadora, doutoranda do IESP/UERJ, mestre em Sociologia e jornalista pela
Ufal, pesquisa as relações raciais em Alagoas, em especial no potencial
político das expressividades negras em Alagoas; também atuou em assessoria de
comunicação e produção cultural, sendo uma das fundadoras do grupo percussivo
Coletivo AfroCaeté e uma das idealizadoras do projeto Batuquerê, que une música
e cultura popular para a formação cidadã de crianças e jovens.
Dois
dedos de prosa
Ábia
Marpin faz uma bela reflexão sobre as discussões e ações recentes com relação
aos Palmares, dando-nos uma adaptação de dissertação que apresentou como parte
da obtenção do grau de mestre em sociologia pela Universidade Federal de
Alagoas.
Ela
retorna à questão dos Palmares, demonstrando o quanto se tem de discutir não
somente com relação à história, mas especialmente pelo seu significado
atualizado.
Os
seus artigos serão publicados em três números de Campus e, assim, esperamos
estar cumprindo o nosso objetivo que é o de divulgar reflexões sobre Alagoas.
Agradecemos
mesmo à Ábia, especialmente por sabermos do esforço que é realizar um doutorado
sério.
Vamos
à leitura
Sávio de Almeida
A rede afroalagoana:
as luzes para uma face no escuro
Parte 1: A invenção de
Palmares
Abia Marpin
Marcada por uma série de massacres com as
populações não-brancas, a história de Alagoas é uma das vias para se
compreender a censura tácita e cruel, quando não a desqualificação, com
qualquer elemento negro no cotidiano alagoano. Frente a este passado, apoiada
por uma organização política dos movimentos negros, ganha vulto a interação
entre diversos grupos e agentes que teceu uma rede que tem dado sustentação
para a questão negra local. Assim, mesmo que de forma proporcionalmente tímida,
tiramos do escuro de histórias mal contadas a contribuição e o sofrimento do
povo negro alagoano.
Esta rede, a rede afroalagoana,
intensifica suas conexões notadamente a partir dos anos 2000, mas tem raízes em
uma trajetória de luta anterior, aqui invocada a partir do processo de
tombamento da Serra da Barriga, no início da década de 1980. Esta trajetória da ressignificação e dos novos usos
socais da memória dos elementos do universo simbólico do negro em Alagoas,
estão divididos em três fases, aqui referenciadas como três momentos de
invenção de tradições (HOBSBAWM, 1997),
respectivamente: A invenção de Palmares, A invenção de Zumbi e A invenção do
Quebra de 1912. Tais momentos são interpretados como marcos e argumentos
mobilizadores para os eventos e agentes da rede afroalagoana.
Não só, mas principalmente, a partir do manejo do valor
simbólico da memória destes três elementos histórico de Alagoas, é que emergiu
o que aqui se diz rede de valorização da
expressividade afroalagoana. Pois, a
invenção ou reinvenção é parte dos usos que se faz do passado e da memória – e
de suas narrativas –, que são objeto de lutas e disputas semânticas,
conceituais, políticas e culturais.
…
Com o termo a invenção de Palmares, faz se
referência ao momento histórico entre a década de 1980 e meados da década de
1990, onde se mobilizou um conjunto ações para a ressignificação do território
onde hoje se localiza o Parque Memorial Quilombo dos Palmares, e onde, segundo
evidências, se localizou o maior quilombo da América portuguesa.
Segundo alguns historiadores, como é o caso de
Dirceu Lindoso, Palmares ainda é um fato mal compreendido pelo pensamento
social brasileiro, pois, mais que agrupamentos sociais alternativos ao regime
escravista das plantations, significou uma organização social pluri étnica
(“porque a escravidão brasileira foi formada de uma pluralidade de etnias
negro-africanas”), e pluri genética (“com a contribuição de outras etnias
não-negro-africanas, como as de brancos pobres e mestiços e de índios”)
(LINDOSO, 2007: 28), com vistas a criar uma nação, a nação quilombola: “O que se pensou ali não foi só em
fugir, mas em criar. E criar o que? A permanência do estado de liberdade com
autonomia, como depois os escravos do Haiti fizeram. [...] Pois o que se tentou
no Quilombo dos Palmares foi mais que criar um estado de alforria por conta
própria, foi criar um estado de nação”. (LINDOSO, 2007: 18-9)
Esta confusão, fruto – como destaca o autor – de preconceitos
historiográficos, deu margens para que houvesse uma tentativa de ressignificar
o fato histórico, e nesta ressignificação, ocorre o que aqui identifica-se como
invenção de tradições.
Tal tentativa de ressignificação, se formalizou no 1º
Encontro Nacional do Parque Histórico do Quilombo de Zumbi dos Palmares, que
ocorreu em Maceió, no Auditório Guedes de Miranda, no dia 26 de agosto de 1980.
O evento foi o resultado de esforços coordenados entre o Projeto Rondon, a
Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES), o Conselho Nacional de
Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq), a Empresa Alagoana de Turismo
(EMATUR), a Coordenadoria de Extensão
Cultural da UFAL e a Prefeitura de União dos Palmares. Houve ainda a
participação de representantes de outras universidades do país, de militantes e
entidades culturais ligados ao movimento social negro nacional e daqueles que
viriam a ser os primeiros representantes do movimento social negro – oficial e
na acepção republicana do termo – em Alagoas.
Após o Encontro, o projeto da ressignificação do
espaço da Serra da Barriga, inicialmente chamado Projeto Zumbi,
aglutinou outros interessados, como a sociedade civil negra organizada, a UFAL,
a Prefeitura de Maceió, o Instituto Histórico e Geográfico de Alagoas (IHGAL) e
o governo do Estado de Alagoas.
A solicitação do tombamento foi assinada por
figuras públicas de todo Brasil, entre professores, líderes comunitários,
instituições religiosas e instituições de ensino superior. A articulação do
movimento negro contou com a atuação de representantes em cargos públicos como
Olympio Serra, pesquisador na Fundação Nacional Pró-Memória, Carlos Moura,
primeiro titular da Assessoria de Assuntos da Cultura Afro-Brasileira, do então
recém-criado Ministério da Cultura (MinC), e Abdias Nascimento, criador do
Teatro Experimental do Negro (TEN) e então Deputado Federal.
A proposta de tombamento chegou ao Conselho
consultivo do Instituto de Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), no
ano de 1982, como um dos primeiros pedidos de tombamento de bens
representativos da cultura negra brasileira, aprovado em 1985. E se
institucionaliza com a publicação do Decreto nº 95.855, de 21 de Março de 1988,
que declara a Serra da Barriga como Monumento Nacional. Sob a prerrogativa de
sua gestão, foi criada ainda a Fundação Cultural Palmares em agosto de 1988,
vinculada ao MinC.
Além do que, este movimento de ressignificação da
memória do Quilombo dos Palmares não se restringiu ao território da Serra da
Barriga, tendo se espalhado por discussões em todo território nacional e, ainda
em 1990, resultou na criação do Memorial Zumbi dos Palmares, em Volta Redonda
(RJ).
O Parque Memorial Quilombo dos Palmares foi
implantado em 2007, no alto da Serra da Barriga e pretende recriar o ambiente
do mais duradouro e resistente quilombo das Américas, sendo o primeiro e único
parque temático sobre a cultura negra do País.
Este processo de ressignificação territorial
encontrou viabilidade na mudança de paradigma na política pública nacional
tanto para a compreensão da identidade nacional, como das estratégias de
preservação da memória por meio dos patrimônios materiais e – a partir de então
também – imateriais da sociedade brasileira. Além desta mudança no paradigma da
identidade nacional, a produção de relatórios por pesquisadores e intelectuais
que atestassem a legitimidade da intervenção estatal subsidiou tais demandas,
como ratifica as investigações de Rosa Lucia Lima da Silva Correia (2014).
A partir do relato de Zezito Araújo é possível
identificar como o ideal de ressignificar o território da Serra da Barriga não
estava uniformizado, todavia, na medida que seu argumento mobilizava mais
agentes, mais ele ganhava em ambiência, penetração e legitimidade:
E eu
fiquei recuado lá no final do auditório. [...] E o Abdias Nascimento fez a
seguinte indagação: "Professor João Azevedo [então reitor da UFAL], como é
que você faz um evento desse aqui em Alagoas, e não convida os professores
negros da universidade? Não tem professor negro nessa universidade não?".
Eu nunca esqueci dessa fala. Claro, ele não falou isso de forma crítica, mas em
tom de brincadeira. E o professor João Azevedo percebeu que eu estava lá atrás
e disse: "Tem sim, olhe o professor Zezito ali. Foi contratado agora no
começo do ano. Zezito, venha pra cá pra mesa". Veja, eu não tinha a mínima
experiência, nenhuma relação com a temática, com Zumbi, eu não sabia do que se
tratava. Mas eu, evidentemente, tava lá e fui, compus aquela mesa.
Várias vistorias e marcações foram feitas
especialmente pela UFAL e pelo Instituto de Terras de Alagoas (ITERAL). Em
relação à UFAL, estas ações se concentraram sob os auspícios da criação do
Centro de Estudos Afro-Brasileiros (CEAB), instalado na casa do poeta palmarino
Jorge de Lima. Este trabalho resultou num relatório publicado em 1985, com o
título Serra da Barriga: exposição de motivos para o tombamento[1].
Zezito Araújo foi um dos coordenadores do
processo de demanda e efetivação do tombamento da Serra da Barriga em Alagoas e
dirigiu o CEAB – transformado em Núcleo de Estudos Afro-Brasileiros, o NEAB –
entre 1983 a 1991, após dois anos de gestão de Décio Freitas.
Além disso, e talvez principalmente, este
estímulo externo a negros alagoanos para considerar e participar do processo da
inclusão do sujeito negro na história nacional, deu bases para a criação do
interesse e a fundação do movimento social negro no estado.
Houve um tenso processo para instituição do Memorial Zumbi,
com múltiplos interesses envolvidos neste processo. Além
de tensões institucionais sobre o potencial do tombamento da Serra da Barriga,
seja como possibilidade de incremento no turismo étnico para Alagoas, seja como
possibilidade de empoderamento do espaço pelo movimento social negro, ou ainda
como possibilidade de aprofundamento do vínculo da cultura negra com a
identidade nacional, há ainda as tensões com os moradores da Serra. As
pesquisas de Rosa Lucia Lima da Silva Correia sobre a relação dos atuais
moradores da Serra da Barriga com o processo de tombamento do local, apontam
para estas tensões. Segundo ela, “A população da Serra da Barriga não é
remanescente do antigo Quilombo dos Palmares e suas necessidades não se
identificam com as prioridades do projeto governamental e nem com o ideal do
movimento negro para a área.” (CORREIA, 2007: 94).
A conclusão a que sua pesquisa chega, avalia tais
tensões enquanto fruto de uma tentativa de recriar o significado social de um
território sob o qual estão em fluxo interesses concorrentes. A ialorixá Mãe
Neide Oyá d'Oxum destaca tensões também sociopolíticas em União dos Palmares: “a gente precisa dar a União a cara de
uma cidade remanescente, de uma cidade de resistência, de uma cidade
afro-brasileira. Que não parece, parece uma cidade de coronéis mesmo. [...]
Precisa ser o ano inteiro, não só na semana do 20 de novembro”.
A polifonia alcança inclusive os intelectuais
partidários da ressignificação da história negra no Brasil. O historiador
alagoano, Sávio de Almeida, mesmo que concorde com o tombamento da Serra, é
crítico tenaz do apelo comercial do tratamento turístico dado ao espaço, que na
construção do parque sobre a área original tratou de forma imprudente os indícios
que legitimariam sua continuidade com a ocupação da Serra da Barriga pelo
Quilombo dos Palmares.
Com estas observações, avançamos de uma
interpretação imediata do gesto de (re)apropriação da Serra da Barriga pelo
movimento social negro como um projeto político de ressignificação de um espaço
com vistas a saldar uma dívida com o vulto histórico da Guerra dos Palmares e
com a reinterpretação do fato e de seus heróis, para um movimento analítico que
leva em consideração a concorrência de vários interesses, uma característica da
invenção de tradições. Ao cristalizar o significado do território e de seu
espaço social, a Serra da Barriga se transforma em uma tradição inventada, um
instrumento para consolidar um novo projeto de identidade nacional.
A partir desta mobilização que se estrutura a
partir do 1º Encontro Nacional do Parque Histórico do Quilombo de Zumbi dos
Palmares, a memória do quilombo e da resistência e do massacre dos Palmares
passa a ser incorporado como elemento-chave da mobilização do movimento negro
em todo país, mas especialmente na organização das ações da militância e
valorização da expressividade negra em Alagoas.
Este momento também inaugurou visitas
sistemáticas de militantes e ativistas negros à Serra, com a utilização do
espaço com atividades culturais alusivas à expressividade negra, ou ao que se
entendia como tal. Segundo Zezito
Araújo, a época integrante do Memorial Zumbi e um dos coordenadores das
programações artísticas das visitas à Serra, a “ausência de atividade cultural
negra em Alagoas” abriu espaço para o folclore alagoano – em muitos momentos um
refúgio para a expressividade da cultura negra –, e para a produção cultural da
Bahia, onde o valor negro já possuía legitimidade.
No entanto, tempos depois, o próprio Zezito faz uma ressalva
quanto a esta ausência, e a analisa hoje enquanto um sinal da falta de vínculo
do movimento social negro com estas
expressividades:
Nós
não tínhamos vínculo com o movimento cultural, mas isso não quer dizer que ele
não existia. Nós tínhamos um grande pintor – ele não participava do movimento
mas ele tinha uma produção cultural efetiva – que era o Mestre Zumba, um dos
maiores pintores negros do estado de Alagoas. Nós tínhamos o trabalho do pessoal dos terreiros. Nós tínhamos até
dentro do movimento pessoas do candomblé, mas a gente não conseguia fazer um link
com isso – coisa que posteriormente nós conseguimos fazer. Quem era um elo
direto que nós tínhamos com o cultural? Porque inclusive esse elo direto que
nós tínhamos nos deu uma visibilidade e que hoje desapareceu. Foram as escolas
de samba.
Articulando a legitimidade que o valor do
Quilombo dos Palmares alcança com a invenção de uma tradição nacional a partir
dele, Edson Bezerra, em seu blog Negros, canais, lagoas e outras imagens
periféricas, traça um paralelo entre as comunidades culturais dos bairros
periféricos e a quilombagem. Sua análise, aponta, não por coincidência,
para o Quilombo dos Palmares enquanto tradição inventada (BEZERRA, 2010).
Trazendo, a reboque, mais indícios da fusão dos caracteres da expressividade
afroalagoana no folclore e na cultura popular local.
Os primeiros grupos a ocupar a serra eram
compostos de um lado por militantes, e de outro por grupos culturais, sendo a
maioria de capoeiristas locais. A capoeira é uma expressão da afroalagoanidade
basilar para a rede afroalagoana. Mesmo que hoje seu status de esporte a
desvincule parcialmente dos centros de culto de religiosidades de matriz
africana, ela é uma das responsáveis para a inclusão da cultura na prática dos
terreiros.
O processo de ocupação contemporânea da Serra da
Barriga, em especial das tensões com sua apropriação como um marco para a
história nacional, faz com que outros estados onde a cultura negra tem mais
legitimidade e poder simbólico disputem a condução das atividades, muitas vezes
ignorando a atuação dos movimentos sociais e culturais negros de Alagoas. O que
fica claro na fala de Mãe Neide Oyá d'Oxum:
A exemplo do 20 de novembro do ano passado, há quanto tempo… você
nasceu que ano? 84? Pois é. Há quanto tempo a gente sobe aquela Serra da
Barriga? [Desde] Quando só tinha a casa de alguns moradores. Quando num tinha
nem uma barraquinha pra você dizer assim “você tem um lugar pra você descansar
o sol da sua cabeça”. Porque parecia que a Serra não era nossa! Que nós não
éramos os anfitriões da casa.
Com a emergência da rede afroalagoana, os
agentes locais obtiveram subsídios para reclamar sua participação mais ativa na
ocupação da Serra da Barriga durante as festividades do Dia da Consciência
Negra. Estes agentes, por meio de articulações em conjunto, disputam
politicamente um novo modelo de atuação e o empoderamento do território e de
seu novo significado social. É nesse sentido que foi realizada, em 30 de maio
de 2014, uma reunião com a representação regional de Alagoas da Fundação
Cultural Palmares, entidade gestora das atividades na Serra da Barriga, e o
deputado federal por Alagoas, Paulo Fernando dos Santos, o Paulão, convocada
por militantes da Articulação pela Cultura Popular e Afro Alagoana e, aqui, agentes
da rede afroalagoana.
Um dos membros da Articulação, Rogério Dyas, diz:
“Ela veio construindo
uma agenda que identifica a cidade de Maceió com a cultura negra. Que
identificação é essa? Dentre várias tentativas nossas, duas ações se
concretizaram com muita força, que foi o Agosto Popular e a Festa das Águas.
[…] Pra gente é fundamental que a gente marque a cidade com esse símbolo
estético da cultura negra.”
Segundo outro representante, Christiano Barros Marinho, “Um
dos pontos de pauta para essa reunião seria a relação dos grupos culturais com
a Fundação Palmares. A gente precisa fortalecer a Fundação Palmares local, para
que os grupos locais tenham força, e os grupos locais precisam ter acesso à
presidência da Fundação Cultural Palmares nacional, principalmente no que diz
respeito as festividades do dia 20 de novembro. [...] Entre os campos de
atuação da Palmares está a preservação e o cuidado a grupos culturais, e é
razoável que se tenha relações mais próximas com grupos culturais alagoanos.”
Esta necessidade de afirmar o vínculo original é
algo que nos aponta para a emergência da rede afroalagoana, pois a
afroalagoanidade passa a ser um valor caro, assim como a memória dos elementos
históricos que o ratificam. Essa memória, como destaca Pierre Nora (1993),
tende a se fixar nos locais que a representa, tonando-se pontos de acesso a
memórias esfaceladas.
Enquanto uma primeira fase para a emergência da rede
afroalagoana, o processo de invenção de Palmares diz de um grupo de atores
e fatos históricos, sem os quais não seria possível a atual valorização da
expressividade negra em Alagoas.
Notadamente marcada por traços mais reflexivos e políticos da
expressividade negra, e a lacuna de que
fala Zezito Araújo do traço artístico e cultural desta expressividade seja pela
ausência, seja pela pouca visibilidade e/ou formalização dos grupos que haviam,
vai ter uma resposta no próximo momento, quando esta lacuna gera uma demanda, e
incita a criação de vários grupos declaradamente afro em Alagoas.
Referências
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visão da Serra da Barriga em Palmares, Alagoas. Maceió, 25 de julho de
2014. Disponível em
<http://luizsaviodealmeida.blogspot.com.br/2014/07/luiz-savio-de-almeida-uma-visao-da.html>.
Acesso em novembro de 2014.
BEZERRA, Edson. As
comunidades culturais dos bairros periféricos enquanto Quilombos: refletindo
no contexto urbano sobre o texto de Dirceu, A Importância do Mundo Quilombola,
ou, de como se pode criar (ou já está em andamento) um Quilombismo Urbano.
Maceió, 5 de março de 2010. Disponível em
<http://outrasimagensperifericas.blogspot.com.br/2013/03/as-comunidades-culturais-dos-bairros.html>.
Acesso em outubro de 2014.
BOURDIEU, Pierre. O
poder simbólico. Rio de Janeiro: Bertrand Brasil, 1989.
CORREIA, Rosa Lucia Lima
da Silva. Mito e territorialidade: o monumento nacional e a comunidade rural
da Serra da Barriga. Democracia Viva, Rio de Janeiro: Ibase, n. 34,
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<http://www.ibase.br/userimages/DV34_espaco_aberto.pdf>. Acesso em
novembro de 2014.
________. Territorialidades,
patrimônio e conservação na Serra da Barriga, sede do antigo Quilombo dos
Palmares. In: IV Reunião Equatorial de Antropologia e XIII Reunião de
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<http://www.reaabanne2013.com.br/anaisadmin/uploads/trabalhos/13_trabalho_
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HOBSBAWM, Eric.
Introdução: a invenção das tradições. In: HOBSBAWM, Eric; RANGER, Terence
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NORA, Pierre. Entre
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[1] Serra da Barriga: Exposição de Motivos
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