Indians of the Brazilian Northeast: Wassu
Indiani del Nordest brasiliano
Indios del Nordeste brasileño
Indiens du Nordeste brésilien
Aldjane de Oliveira
Graduada em Ciências Sociais-
Licenciatura pela UFAL; Pós-graduada em Gestão Educacional pelo CEAP;
Especialista em Antropologia pela UFAL e Mestra em Antropologia pela UFS. Natural
de Joaquim Gomes-AL. Vem desenvolvendo pesquisas junto aos Wassu desde 2013,
inicialmente com a temática sobre a identidade de estudantes Wassu na escola
da cidade, posteriormente as pesquisas se enveredaram sobre a convivência entre
Wassu evangélico e não-evangélico, permeando também no registro da história
desta etnia, sua participação na Guerra do Paraguai e sua luta pelo
reconhecimento e pela terra.
OCA DO SABER: JUVENTUDE WASSU, TORÉ
E CAPOEIRA
Aldjane
de Oliveira
A
juventude indígena se encontra em um lugar social intermediário, onde têm
acesso a consideráveis conhecimentos tradicionais, porém, em sua maioria não
ocupam papel social de liderança, é a fase em que também ainda se processa todo
o arsenal cultural que está posto no meio em que vive, advindo da transmissão
de uma geração para outra. Do outro lado, também estão integrados e inteirados
dos meios tecnológicos como celulares e internet, com as mais diversas
modalidades de redes sociais. Ou seja, vivem esta fase de suas vidas com um
intercâmbio de conhecimentos, acesso às diversas produções culturais, ritmos
musicais, modalidades esportivas e adesões religiosas ou não.
O
território Wassu é cortado pela BR 101, o que facilita uma grande movimentação
dentro da comunidade, deixando também um espaço para a entrada e
estabelecimento do o álcool e/ou drogas, o que tem gerado transtornos para
algumas famílias.
Apesar
do imaginário de aparente leque e formas de ocupação, a juventude em geral vive
o perigo da ociosidade, somando-se a isto um real contato com o álcool e
drogas, direta ou indiretamente incentivados pelas atuais modalidades festivas
da atualidade, modalidades estas que parte dos jovens indígenas também estão
inseridos, não fugindo de uma realidade nacional.
Assim,
apresento o projeto Oca do Saber, que foi idealizado há cerca de dois anos e
meio, com proposta de ser um espaço para transmitir aos jovens, aulas
referentes aos conhecimentos de toré, pintura corporal indígena e de capoeira,
visto a entrada da mesma na aldeia Wassu por intermédio de alguns jovens, em
especial do Almir (Sombra).
Almir
Honório da Silva, nascido em 1989, é vice pajé da comunidade. Porém, seu olhar
voltado para crianças e jovens da aldeia vem se desenvolvendo há algum tempo, o
mesmo realiza aulas de capoeira na comunidade há cerca de cinco anos, com um
número de pessoas que oscila entre 15 e 20 alunos, chegando às vezes a alcançar
40 pessoas. Jovem “da cultura”, praticante do ritual indígena, Ouricuri,
assistiu pela primeira vez a uma roda de capoeira ainda durante sua infância,
porém, afirmou que ficou com medo, mas muito admirado, e se propôs que um dia
iria fazer aquilo também. Os amigos então o convidou:
Ele chegou e disse
“Almir vai ter aula de capoeira lá nas Cobras (área rural no município de
Joaquim Gomes). Bora? Eu disse: bora! [...] saía daqui de manhãzinha e só
chegava de tardezinha. O rojão era esse. Ai Já com isso na mente de
treinar e aprender pra ensinar (Almir Honório, entrevista de 29
de outubro de 2017).
A
ideia do projeto, claramente brota de um intercambio vivido por Almir, a partir
de suas experiências fora da aldeia por intermédio da capoeira, sendo elaborada
também para dentro de sua comunidade, associando elementos e ressignificando suas práticas, sendo também, para Almir, um
dos combustíveis de projeção e fortalecimento cultural local, assim como
ser um alternativa de práticas saudáveis
para os jovens. Almir diz que:
...foi vendo a
situação de vulnerabilidade mesmo, de tá vendo aí, os jovens e as crianças
seguindo um caminho que pra mim não era viável... ai surgiu a ideia da
construção de uma Oca para
fortalecimento da cultura. E também a capoeira, eu já tinha um trabalho com a
capoeira antes da Oca (Almir, entrevista de 29 de outubro de 2017).
Assim,
havia uma projeção de futuro, de se trabalhar em prol do bem caminhar da
juventude, de mediar experiências e atividades que propiciassem o bom
desenvolvimento da socialização e convivências daqueles jovens Wassu.
MARGINALIZAÇÃO DAS EXPRESSÕES
CULTURAIS NEGRAS/INDÍGENAS
Adriano Honório. Foto da autora. |
A
capoeira já foi vista como uma forma de transgredir à ordem social. Arte, dança
e luta, a capoeira surge em solo brasileiro, fruto de propícia e esplendorosa
junção de uma brincadeira de origem africana, e elementos das práticas e
culturas indígenas do Nordeste brasileiro. O próprio nome capoeira vem do
antigo Tupi que significa mata baixa, mata rasteira, que remete às áreas
abertas na mata destinadas ao plantio.
Pensando
no imaginário social, lembremos brevemente da teorias raciológicas disseminadas
e tidas - por um longo período- como verdades neste país. Quero trazer a
reflexão de que a ideia de branqueamento é a negação e a investida de excluir e
criminalizar as características físico-biológicas, culturais e religiosas do
negro e do indígena. O fato é que tanto a capoeira, quanto outras expressões
culturais e religiosas (rituais indígenas e rituais de matriz africana) das
populações marginalizadas socialmente eram perseguidas, proibidas,
criminalizadas pela sociedade e Estado nacional. A exemplo do quebra de Xangô de 1912.
As
práticas das expressões culturais e religiosas indígenas também foram
proibidas, perseguidas e criminalizadas. Os posseiros, foram principais agente
disseminadores de ideias contrárias às práticas indígenas, com claro intuito de
descaracterizá-los, para assim reafirmar que não havia mais índios naquelas
terras, portanto “sem índios” não haveria necessidade de terra para quem não
existe. Me parece um plano muito bem orquestrado. A questão da negação do ser
indígena perpassa inegavelmente por uma questão de terra.
DIFICULDADE DE ACEITAÇÃO DA
CAPOEIRA NA COMUNIDADE WASSU
Gravação de CD - Foto de Adriano Lima |
Visto
todo o argumento acima exposto, não é difícil entender a rejeição/negação/
preconceito lançados pela sociedade nacional às expressões culturais-religiosas
dos grupos étnico-raciais, inclusive a capoeira.
Precisamos
também entender que as comunidades indígenas, principalmente do Nordeste,
recebem formação e influencias modeladoras da sociedade nacional, portanto não
estar livre de projetar em seu imaginário arquétipos de moralidades e de
práticas culturais e religiosas
salutares. No entanto, gostaria de esclarecer que a dificuldade de aceitação da
capoeira da comunidade Wassu, perpassa também por um receio de se deturpar a
ideia do ser indígena, visto que é comum a noção de que a capoeira é
originalmente pertencente às práticas culturais dos negros no Brasil. As
opiniões dos Wassu com relação a entrada da capoeira na aldeia divergem
bastante. Ao relatar sobre um documentário que foram fazer na aldeia, o qual o cacique já tinha a aceitado a inclusão
da capoeira no mesmo, Almir/Sombra relata, porém esta inclusão não aconteceu.
Não era só da cultura
indígena, eles queriam saber o que se trabalhava dentro da comunidade. Ficaram
sabendo que tinha capoeira, acharam interessante, pediram também pra colocar no
documentário... Eu ia fazer a entrevista, só que também ia fazer uma pequena
demonstração de capoeira (Almir, 29 de outubro de 2017).
A
comunidade indígena Wassu já vive um dilema da não vivência de alguns aspectos
da cultura por parte de alguns membros da comunidade. O Ritual indígena só foi
retomado (oficialmente) na década de 1980 quando da luta por reconhecimento,
tendo assim existido um período de silenciamento de suas expressões culturais e práticas religiosas,
o que ao decorrer de algumas gerações implica em certo afastamento de algumas
famílias dessas práticas. Neste mesmo período há também uma abertura, não tão
harmoniosa, às denominações evangélicas. Na prática, para algumas
famílias nucleares, evangélicas, o que foge do padrão sócio-cultural do ideal
cristão passa a ser mal visto. Já para alguns membros de família tronco, penso
eu que o receio recai sobre o possível
impacto negativo que isto poderia causar para a construção da imagem da
“cultura para sí” (Ver Manoela Carneiro da Cunha) , aquela projetada para fora,
dito isto não quero eximir os conflitos internos próprios de toda comunidade
tradicional, porém, apenas apresento possibilidades explicativas para tais
rejeições.
Dança do Toré - Foto de Adriano Lima |
Com
a chegada da capoeira há mais um agravante para a opinião pública da aldeia,
pois a mesma é vista como uma prática cultural exógena, sem associação com a
cultura indígena, alguns dizem que “não é bom misturar as culturas”. Não sendo
a capoeira uma prática surgida na África, é possível pensar que o contexto
sócio-histórico brasileiro foi o que propiciou de fato seu surgimento.
A
Oca foi construída com ajuda de terceiros, doações, mão de obra dos
companheiros da capoeira de Olinda, Recife e Maceió, tendo como principais
incentivadores da ideia a companheira de Almir, Geilda, e do contramestre e
amigo Denis Angola. Sobre as condições materiais para a construção da Oca Almir
conta que “foi difícil! Mas, aos
poucos o sonho foi de materializando “a gente nem acreditou, uma coisa só do pensamento, a gente colocou em prática”. O idealizador e líder do
projeto diz que durante a construção: “Já era tipo uma penitencia, toda
manhazinha quatro horas, quatro e meia, cinco horas a gente tava se acordando
pra ir pra retirada dos sapês (as palhas)”. E quando a construção parecia estar
caminhando “veio uns camaradas, uns
abençoados e colocaram fogo no sapê onde a gente tava tirando”. De acordo e em
harmonia com sua cosmologia, diante desses acontecidos, Almir explica que “a gente fazendo a Oca, de
vez em quando aparecia umas energias
negativas. Diziam que a Oca era muito grande, que a gente não iria consegui fazer”.
ORIGEM
INDÍGENA DA CAPOEIRA
Arte,
luta, dança inegavelmente afro-indígena, brasileiríssima. É muito disseminada a
ideia que acabou se tornando teoria, o pensamento de que a capoeira seria
originária da Àfrica. Porém, atualmente há estudos que problematizam a origem
indígena da capoeira. Não há qualquer ligação unilateral da capoeira com a
África, se assim o fosse, esta arte não teria surgido e se desenvolvido no
Brasil, mas sim no continente africano. Há uma associação da capoeira com uma
dança-ritual de iniciação para rapazes que disputam uma moça virgem, ritual que
aconteciam na Região de Angola, prática chamada de N’golo ou ainda conhecida
como dança da zebra, ocasião em que se defere “pulos, coices e movimentos”
(BATISTA, 2012, p. 16). Porém, nada além
deste vestígio, caracteriza a originalidade africana da capoeira.
A
começar pelo próprio nome capoeira, que é originário do tronco linguístico
Tupi. “Por que então sendo os capoeiras tão importante para a resistência e
identidade negra, os protagonistas da
arte permitiriam que o nome se perdesse
virando capoeira, um nome de origem
Tupi?”( BATISTA 2012 p.17). Assim, sabemos que o negro foi colocado como
protagonista do discurso referente a esta arte/luta/dança e não quero aqui
dizer que não foram, mas que não o
foram sozinhos.
Os
negros que aqui chegavam como pessoas escravizadas, não utilizavam de técnicas
da capoeira, pois não às aprenderam na África, já muitas crianças nascidas em
solo brasileiro eram, muitas vezes,
socializadas com a capoeira. Com a semelhança de marginalidade social, negros e
índios puderam compartilhar conhecimentos, técnicas, crenças, língua, luta,
ideias em prol de se defenderem das opressões os brancos. Assim, “com o tempo
já não havia mais memória de onde vinham aqueles costumes e os brasileiros
foram passando de peles pardas avermelhadas para peles pretas e assimilando
outros costumes, trazidos do continente africano” (Idem, p. 9), acrescentaria
aqui que estes novos brasileiros foram sendo escravizados, por vezes se
rebelando e fugindo.
Comungamos
da ideia, do argumento de que na costa africana não há a prática da capoeira,
mas sim em toda a costa do Brasil,
“sendo praticada pelos habitantes das classes baixas formadas por brasileiros
de várias matizes epiteliais”( Idem, p. 25).
Na
Costa brasileira, quando os portugueses aqui chegaram, encontraram indígenas de
diversas etnias, tais como: Tupi, Guarani, Tupiniquim, Tupinambá, Caetés entre
outros. A palavra capoeira tem aproximação também com as palavras caipora,
caipira, curupira, currupira, todos nomes indígenas, que remetem também para
uma mitologia/crenças ancestrais e heróis míticos indígenas. Caipora: designa
espíritos das matas, conhecido também como comadre Fulôzinha na região da
aldeia Wassu, espírito protetor das matas,
desorienta aqueles que tem intenções ruins, defere uns assobios estonteantes,
imitando a ave chamada de currupira.
“...caipora, outra maneira de falar o nome do espírito da capoeira, o espírito
das matas, o espírito brasileiro original” (Idem. 25).
O Caipora seria então
um ente lendário dos indígenas, protetor da vida selvagem com os pés invertidos
que assobiava. O Curupira é a forma mais antiga e talvez mais original da
caipora. Há quem diga que são dois entes
distintos pertencentes a lendas indígenas, mas ambos têm as mesmas
características, são dotados de poderes mágicos ou espirituais, são protetores
da vida selvagem (Batista, 2012, p.39).
Toré - Foto da autora |
Todos
os autores que tratam ou pesquisam a capoeira concordam, etimologicamente
falando, ao menos com a origem indígena da capoeira. Acredito que BATISTA
(2012), teceu muito bem um diálogo com tais autores e construiu um novo e
coerente viés a respeito. Ele apresenta o significado da capoeira que se
encontra num dicionário do final do século XVIII e XIX, como “traquina desengonçado” o qual se refere
ao andar de alguns malandros e capoeiristas. Caipira seria então uma variação
de capoeira, aquele indivíduo desengonçado, dos matos, sem tratos
civilizatórios. Assim, o caipira inicialmente seriam os índios, “depois aqueles
nativos já miscigenados”, que se encontravam à margem da sociedade.
Sendo
caipira uma variação de capoeira, e esta por sua vez tendo fortes ligações
míticas ou mágico-religiosas com entidades lendárias do universo cosmológico
indígena do Brasil, como aquele que protege a natureza, aquele que se protege.
Aquele que age buscando a proteção de si mesmo e dos seus, como nos contextos
dos diversos quilombos que existiram no Brasil. Com o tempo, a necessidade e os
acontecimentos; com os negros e mamelucos fugindo para os interiores da mata e
sendo novamente capturado, a capoeira
foi dividida, permitindo,
...que os capoeiras
com espírito algo degenerado, agora urbano, atuassem no seio do Império, contrariando o espírito
iniciático da curupiragem que era ligado à natureza, [...] a capoeira urbana é
a adaptação do curupira das matas à condições civilizadas (Batista, 2012, p.
40).
Assim,
engrossamos a fileira dos que defendem a origem indígena da capoeira, mas
reforçando a importância do negro para o aperfeiçoamento de suas técnicas, os
mesmos utilizaram-na como poderosa arma
contra os brancos, se tornaram guardiões de sua existência e de sua transmissão
para cada nova geração.
INAUGURAÇÃO DA OCA DO SABER
Treino de Capoeira na Oca |
O
evento aconteceu durante quatro dias, entre os dias 25 a 28 De outubro de 2017,
com pintura da Oca, realizada pelo Mestre de capoeira Ulisses e Camila Brito,
gravação do CD Toré Capoeira, sessão de cinema na Aldeia, vivência de Toré e de
capoeira, festejo de inauguração com
Toré, roda e batizado de capoeira. Para refletir sobre a intencionalidade de
fazer uso da capoeira para o fortalecimento da cultura local, Almir/Sombra
coloca sobre os objetivos do projeto:
Toré e capoeira e
também um dos objetivos é porque eu vi a nossa própria cultura... tipo
enfraquecendo. A capoeira foi também uma forma de trazer, de chamar e, quem
vinha eu abraçava com a capoeira e com a cultura (indígena), foi até um
fortalecimento pra própria cultura indígena. Porque a turma que vinha pra
capoeira, eu dizia óia é bom praticar a cultura indígena, quem não for
praticante é bom praticar. Eu já peguei jovem ai que nunca eu vi numa roda de Toré, depois que
entrou na capoeira não quer perder mais um toré. Foi uma forma de incentivar,
pra própria cultura da gente.(Almir em entrevista, 29-10-2017).No
primeiro dia do evento, estiveram presente na Oca do Saber alguns líderes do
quadro de lideranças Wassu, dando assim abertura, prestígio e aceitação por
parte de algumas lideranças à inauguração do espaço do projeto.
Todos
os Wassu envolvidos na capoeira, juntos formaram as vozes para a gravação o CD
Toré Capoeira, assim como são os personagens do documentário filmado concomitantemente a com a gravação
do CD (Tais gravações foram produzidas pelo Gambiarra Produções e pelo Mestre
de Capoeira Ulisses).
Tais
dias se resumem na descrição de que havia harmonia entre as práticas e
expressões culturais. Os jovens atuando, fazendo, tecendo, construindo,
vivenciando a(s) cultura(s), dando vida e sentido de ser daquela Oca do Saber.
Os mais velhos, fumando suas xanducas, sentados em bancos ou redes espalhadas
em algumas das oito laterais da Oca, que forma um octógono. As crianças menores
reversavam entre correr no terreiro e sentar no chão. Uma jarra de água
presente ali em uma das colunas da Oca, tornava desnecessário sair do locai
para saciar a sede. O cheiro doce e calmante das misturas de ervas que as
xanducas exalavam tornava o ambiente ainda mais agradável. Os raios de sol
avermelhados a cada entardecer, o céu estrelado de luar esplendoroso deixava
aquele ambiente ainda mais sedutor.
Quando
se pensa no uso da capoeira não só como meio de atrair para fortalecer a
própria cultura local, mas também como meio eficaz de dar uma ocupação e
oportunidade de orientar e encaminhar os jovens para práticas salutares que não
sejam os caminhos das drogas e da criminalidade. Assim o principal idealizador
do projeto diz,
...eu fico ali no pé,
pra mostrar que não é essa realidade, eu chamo pra conversar. E digo: eu me sinto um pai de vocês de certa forma,
nunca que eu quero ver vocês ai numa perdição dessas [...]A gente tem que
entender que nem todos tem a mente forte, cai numa tentação dessas ai, pega o
cara numa fraqueza(Almir, 29 de outubro de 2017).
Em
2008, a capoeira passa a ser considerada pelo IPHAN como Patrimônio Imaterial
Cultural Brasileiro. Em 24 de novembro de 2014, a capoeira é considerada como patrimônio cultural e imaterial da
humanidade. Hoje a capoeira está presente em inúmeros países do mundo inclusive
na Europa, que estão importando mestre e instrutores brasileiros. Nas ações com
a capoeira em associação e proposta do fortalecimento da cultura indígena Almir
conclui que “Isso aqui num é meu não! É um trabalho que eu quero fazer com a
comunidade. Eu quero crescer, mas eu quero que a comunidade também cresça”.
BIBLIOGRAFIA
BATISTA,
Silvio Pereira. A capoeira, uma arte representativa da cultura brasileira.
2012/2. TCC (Departamento de Letras Clássicas e Vernaculares – Universidade
Federal do Rio Grande do Sul, 2017. In:
file:///C:/Users/A3d1ane/Desktop/Oca%20do%20Saber-%20artigo/capoeira-tcc.pdf
OLIVEIRA,
Aldjane de. Povo Wassu Cocal: terra religiões e conflitos; Orientador Ugo Maia
Andrade. – São Cristóvão, 2017. Dissertação (Mestrado em Antropologia)-
Universidade Federal de Sergipe, 2017.
Acompanho o trabalho de Aldjane tem um tempo, sou fã dessa moça, muitas informações e boas ações... Parabéns, siga assim sempre...
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