Estas fotos e comentários foram realizadas pelo aluno Lourival Teixeira de Assunção Filho, um jovem pesquisador em formação, aluno especial da disciplina Formação do Espaço Alagoano no Mestrado Dinâmica do Espaço Habitado, FUA/UFAL. Foram tiradas em diversos pontos de Maceió e estão cheias de perguntas, questões que devem, ser pensadas em profundidade. É mais um pequeno ensaio sobre a cidade, que ele partilha conosco. Vamos viajar.
Foto 01
Fotografia
feita no Bairro da Mangabeira em período de chuvas do ano de 2018.
Durante as fortes chuvas no último mês
(abril/2018), ao se passar pelo Bairro da Mangabeira, deparava-se com essa
realidade; o que se impõe como área nobre, se alaga, e as transições vão
ficando difíceis. Uma realidade não fora do comum para os moradores, por
exemplo, de Bebedouro ou Flexal de Baixo. Mas o viés da questão é a imposição
das necessidades do capital sobre o território natural;
Fotografia
feita no Bairro do Jaraguá durante uma sexta anoite em 2018.
Durante essa semana recebi amigos que
vieram visitar Maceió: gostariam de ir
ao Jaraguá, pois queriam reviver a experiência sentida no último mês de
fevereiro com as prévias carnavalescas. E ao acessar o bairro, a imagem refletiu
os acontecimentos diários do bairro em período noturno. Um bairro histórico,
que refletiu a vida de Maceió, dos acontecimentos, da luta e sobrevivência de
minorias, hoje se encontra vazio. E foi ai que se questionou, para quem foi
feito esse bairro? Os grandes burgueses que hoje já não o querem mais? As ações
governamentais tem sido a transposição de órgãos municipais a fim de ativar o
uso do solo, mas será que isto tem efeito? Será que é isso que o bairro do
Jaraguá precisa? Mas ao fim, quem sabe o que o bairro do Jaraguá quer?
Fotografia
feita no Bairro da Pajuçara durante uma quarta feira a noite em 2018.
E foi continuando a noite da foto 02, que acabamos nos restaurantes
da faixa da orla em Pajuçara, um bairro que tem uma ligação
profunda com o de Jaraguá, mas que nos últimos anos parece que a relação foi esfriando. Arriscaria dizer que a Pajuçara prefere a amizade da
Ponta Verde do que a do Jaraguá? Essa foto foi tirada dentro de um restaurante, onde
dentre os presente, ninguém foi impactado por o reflexo da desigualdade social
maceioense; na forma de um trabalhador carregando seus frutos de anos e sua
sobrevivência, sobre a noite gélida que pairava neste dia.
Fotografia
feita no Bairro da Cruz das Almas durante o final de tarde de 2018.
“A
rua grita o que o professor da sala de aula não pode falar”
Particularmente. me senti bastante atingido por tal frase; como aluno do Centro UNIT de Arquitetura e Urbanismo, é comum
perceber os conflitos inerentes à profissão de nossos docentes, muitos dos
quais querem adentrar em discussões que pairam sobre a vivência de todos dentro desta
sociedade capitalista. Contudo, a realidade é a completamente indiferença dos
colegas de sala e os receios de discutir a teoria econômica e a sociedade
capitalista nos ambientes educacionais privados.
Muito bom!! As ruas gritam e quem não quer escutar daqui a pouco não terá rua pra andar.
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