Karolina Corado está se preparando para o mundo da pesquisa e estas fotos trazem seus olhos postos, especialmente, na vida dos que são pobres dentro de uma cidade que se chama Maceió e que soma as grotas onde boa parte dos pobres vivem. Seu olhos sente a paisagem e nela o mundo das pessoas. Vamos ver como Maceió aparece através dos seus passos em direção ao mundo urbano (LSA).
le città, i poveri e la vita the cities, the poor and the life les villes, les pauvres et la vie
A fotografia foi registrada em junho de 2017, na Grota da
Alegria – Maceió.
Na foto o choro. O grito. As linhas da costela que delineiam a
fome. Os pés que marcam o espaço com o registro das pegadas, comunicam, ressaltando
“quem” ou o que pisou seu solo,
mostram os caminhos e formam suas paisagens. O verde se mexe e engole tudo o
que foi construído em seu interior, quase como se experimentasse uma crise de
identidade ao voltar-se a si. Quem não pode erguer-se, encolhe-se, repudia-se e
em um abraço agarra-se na tentativa de não ser levado nesse desmoronamento de
terra, de gente, de mente e de lar.
A fotografia foi registrada em março de 2016, na
COOPLUM em Jacarecica.
O
lixo vira ferramenta de seleção, havendo concomitância na produção e no
descarte da matéria, ambos contribuintes para que seja a paisagem embelezada ou
denegrida, benéfica ou insalubre.
A
fotografia foi registrada em junho de 2017, na Grota da Alegria – Maceió.
A
fotografia foi registrada em maio de 2017, na Grota da Alegria – Maceió.
Na minha
concepção, a imagem comporta a dualidade
entre a poesia de seus detalhes e a dura realidade enfrentada por um número
considerável de moradores da cidade de Maceió. Uma criança ajoelhada sobre um
sofá parcialmente destruído, observa atentamente a força da macrodrenagem que
vem corroborando para a erosão do solo ao redor e dessa forma para a destruição
do seu espaço-grota.
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