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quinta-feira, 17 de maio de 2018

Maceió: a cidade e seu dia a dia



Estas são fotos tiradas por um pesquisador em construção; demonstram os inúmeros recortes que podem ser feitos da cidade, trazendo pedaços que permitem reduzir as ESCALAS.  Trata-se de Luiz Gustavo Oliveira da Silva, mestrando Dinâmica do Espaço Habitado, FAU/UFAL.









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Foto 1 – Rua do Comércio esquina com Rua Moreira Lima, Centro

Foto tirada em maio de 2018 na Rua do Comércio em Maceió.
Tirei essa foto pensando em relatar a grande movimentação de pessoas que só o Centro da cidade é capaz de propiciar diariamente. Porém, ao terminar de fazer o registro,  um dos ambulantes veio até mim e disse: “Isso irmão, pode postar no ‘face’! Coloque lá na legenda o artigo 6º da Constituição que a prefeitura tem que dar emprego pra gente!”. Não era minha intenção inicial falar sobre o comércio informal, mas depois disso me senti na obrigação. Chegando em casa com minha ignorância jurídica fui lá verificar esse tal artigo 6º da Constituição Federal e descobri que ele trata dos direitos sociais que deveriam ser garantidos a todos os brasileiros, e um destes direitos é justamente o trabalho. Mas será que dos direitos sociais é só o trabalho que falta nas vidas dessas pessoas?
  
Foto 2 – Rua do Comércio

 
Esta foto foi tirada numa tarde de maio de 2018 na Rua do Comércio em Maceió. O que me surpreende é a quantidade de informação, movimento, vidas presente nesse trecho da cidade. Quantas vidas, interesses, histórias se misturam nesse emaranhado, e mais ainda, o que surge de toda essa interação: conflitos, solidariedade... Enfim, sem perceber ao vivermos nossas vidas e na busca de nossos interesses e objetivos,  estamos sempre interagindo e interferindo na vida de outras pessoas ao nosso redor.

Foto 3– Cerca elétrica


Esta foto foi tirada em maio de 2018 na Rua São Carlos no bairro Serraria. O que antes se restringia a presídios e outras áreas de segurança se tornou rotina em inúmeros imóveis em Maceió. Cercas elétricas, câmeras, arame farpado, espetos pontiagudos, muros altos... Cada um vai se protegendo como pode da violência que assola nossa cidade. E aos poucos, sem perceber, estamos auto aprisionando nossas vidas em busca da proteção dos perigos externos. Mas o que nos protege dessa vida aprisionada sem sentido?



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