Este material foi publicado em Campus, suplemento do jornal O Dia, Maceió, Alagoas
Professor
Sérgio Lima da rede municipal de Maceió e Mestre em História pela Universidade
Federal de Alagoas
Dois dedos de prosa
O
professor Sérgio de Lima terminou de defender sua dissertação de Mestrado na
Universidade Federal de Alagoas, orientado pela professora doutora
Ana Paula Palamartchuk a quem devo desculpas por não ter mencionado seu
nome como orientadora do Gustavo em sua dissertação sobre o integralismo.
Apesar de ter sido por mero e raro esquecimento – sempre menciono o nome do
orientador – acho que devo apresentar minhas desculpas.
Sérgio
havia preparado esta matéria para Campus, antes de sua defesa. E decidimos
priorizar a fala dos Pracinhas, desdobrando o texto em duas partes e, na
primeira, colocando dois comentários introdutórios: um dele e outro meu. Neste
número, somente teremos as entrevistas pelo Professor Sérgio.
Trata-se
de um jovem talento que deve buscar seu doutorado.
Vamos
ler.
Luiz
Sávio de Almeida
ULISSES
FIRMINO DE OLIVEIRA[i]
Meu nome é Ulisses
Firmino de Oliveira, tenho 95 e faço aniversário no dia 15 de outubro. Sou
morador de Delmiro Gouveia, município de Alagoas. Assim como meus pais, nasci e
me criei nesta cidade. Sou um homem de pouca escolaridade. Tive contato com a
escola, mas meu estudo foi muito pouco, eu não vou mentir. E agora está com
dois anos que nem o nome eu posso assinar mais [ii].
Fui convocado pelo Exército em 1942,
ainda muito jovem. Nós fomos para Maceió, num caminhão “veio”. O dono tinha
colocado correntes, mas os “cabra” já tudo envenenado (tinham consumido bebida
alcoólica). Não estou muito lembrado do negão, que disse “olha, vocês desçam e
vão empurrar o carro”. Aí eu disse: “pera aí, nós somos calunga de caminhão?”.
Isso, dentro de Mata Grande. Ele se enfezou, nós ficamos lá. Passamos a noite
em Mata Grande, logo dia de feira... Menino! foi um sofrimento. De Mata Grande,
o motorista disse e o tenente falou “olha não vou levar ninguém mais para
Maceió, não. Bagunçaram aí, não todos, mas bagunçaram bastante”. Mas, acabaram
levando o pessoal.
Quem entregava as cartas de convocação
era o prefeito de Água Branca. No meu
caso eu tive que buscá-la na perna, quer dizer tive que andar até um caminhão
que iria nos transportar até Água Branca.
Aqui era ruim de carro, quase não existia. Naquele dia fui eu e um amigo
chamado Quichabera, que estava bebo como um cachorro (risos). Eu era novo, não
tinha filhos e era solteiro ainda. Mas tiveram outros que assim como eu e meu
amigo tiveram que buscar as cartas. Home! O caminhão foi cheio. Teve o caso do finado
João Gomes, que estava com o pé machucado e que teve que voltar. Ele era
agricultor, e a roda do carro de boi passou no pé dele. Além deles outros
tiveram que ser dispensados, como o Palmeira, que também era agricultor. Muitos
dos que foram eram pobres. Eram operários, outros agricultores. Como diz a
história, eram “pé-no-chão”.
Mesmo assim, com todas essas
dificuldades acabei me apresentando ao 3º Batalhão, no quartel 29, no Rio
Grande do Norte. Neste batalhão eu acabei ficando por muito tempo. O compadre
Rosalvo[iii] veio
para o Batalhão de engenho, não sei... E os outros foram com o General Cordeiro
de Farias e Mascarenhas de Moraes, de navio para a Itália. Eu também acabei
indo.
A viagem para a Itália foi muito
complicada. Muito nego enjoou. Por conta disso, eu não quis nem comer. Mas, antes da tropa embarcar, houve uma parada
em Recife. Quando chegou lá não tinha vaga, nem na Paraíba, nem nada. Aí veio
um capitão que deu um sinal, ou telefonou, não sei o que... nós saímos
marchando, a pé, para o quartel 29. Dormi em rede, tinha “nego” que chiava
(risos). Eita diabo! Tinha um César, do Rio de Janeiro, menino! Esse era o cão.
Ainda sobre esse primeiro momento de
preparação, antes do embarque para a Itália, passamos seis meses nas praias do
Rio Grande do Norte treinando. Tinham aqueles “canhãozão de concha”, 150 mm,
entre outras armas. O quartel dos convocados ainda não estava pronto. De manhã
bem cedo a banda de música tocava. Os maus elementos ficavam tudo atrás, pelo
fato dos oficiais terem raiva deles. Quando ele dizia “bom dia meu regimento”. Tinha
cabra que dizia: “bom dia corno”. Outro falava: “fi dessa, fi daquela outra”.
Eu sei que ele ficava vermelho. Mas, por sinal, nesse dia o sargento acabou
testando o grupo. Estava lá perto, em uns treinos de tiro. Eu vinha com uns
tijolos nos braços, aí ele disse: “o que você é? Aí eu falei: “um simples
carregador de tijolo”. Ele ficou vermelho como a peste. Danou-se lá para o
quartel e bateu a corneta.
O Sargento, chamado Nestor, comentou:
“olha vão lhe expulsar”. Eu falei: “não posso fazer nada”. Ele não me deu um
bom dia, lá. Eu com a mão cheia de tijolo. Tinha gesto de cabeça, mas eu não
fiz. Por conta disso acabaram mandando me chamar. Tinha um cearense, era quem
dirigia o jipe. Naquele tempo, não tinha tanto carro, não. Era um jipe velho,
que andava pra lá e pra cá. Aí, quando eu cheguei, já tinha conversado muito e
ele disse: “olha, foi mandado chamar você à minha ordenança”. O bicho ficou
vermelho que só a peste, mesmo assim falei com ele: “olha, eu nunca fui
vaqueiro, nunca lavei cavalo e nem arrumei cama pra mulher, ou pra homem”. Aí
foi que ele ficou vermelho mesmo e me mandou sair.
Existiram outros momentos em que os
superiores se revoltavam com nossas atitudes. Teve um em que um Coronel que
esqueci o nome, marchando com a tropa, ficou envergonhado com a atitude de
algumas mulheres que tiraram a blusa e mostraram os seus peitos. Os cabra não
perdoaram e começaram a assoviar e a gritar. E ele muito caxias disse: ““não
tem jeito, não”. Mesmo assim acabamos embarcando.
Eu cheguei a ver Cordeiro de Farias
e Mascarenhas de Moraes de pertinho, em Recife. Mascarenhas de Moraes era um
bichinho baixo, mas era bom. Eu já tinha visto ele em 39, quando eu fui sorteado.
Tem uma história que aconteceu comigo em que me mandaram limpar um fuzil velho
que nem a bixiga. Eu tentei limpar esse fuzil, mas não conseguia. Acabei me
abusando, e disse: “Está prestando “im riba” não”. O Major que via tudo olhava
assim, com uma cara. Aí eu falei: “nem o cão limpa ele”. Ele tava do lado do
General. Aí ele pegou e jogou, assim, lá no chão. O Cordeiro de Farias disse:
“não se faz isso com recruta, não”. Neste momento, ele pegou o fuzil olhou e
disse: “Isso aqui só se for no fogo ou na broca”. Depois de algum tempo ele
mandou me chamar e falou “viu o que ele (Cordeiro de Farias) falou com você?”
Aí eu retruquei: “eu não tenho culpa. Que culpa tenho eu?” Mas também com
poucos dias ele foi transferido, num sei para onde (risos). No lugar dele
chegou um Coronel bom que danado.
Mas, passado esses momentos, tivemos
que seguir viagem para a Itália. Chegando lá a gente foi colocado na divisão
dos EUA, num batalhão com várias fileiras. Houve uma história engraçada, que
acabei de me lembrar (risos). Bem cedinho, naquele nervoso doido, eles davam
dois dedos assim de uma bebida que eu não sabia nem o que era. Eu dizia “bota
isso pra lá, que eu não bebo”. Nunca bebi e nunca fumei.
Não tive muito contato com o povo
italiano. Apenas conheci algumas mulheres, sendo que as situações que envolviam
as italianas me lembro pouco, como por exemplo, o dia em que elas com raiva das
atitudes de alguns soldados ficaram em fila na nossa frente. Soldado não liga
para nada mesmo.
Tinha italiana bonita e tinham as
feias. Certo dia eu estava cantando e uma delas perguntou: “quem é bigode,
aqui?” “é aquele cara ali”. Lá vem ela conversar comigo (risos). Aí conversamos
um pouco, e ela disse: “olha, você pode dar uma voltinha por aqui de noite?”
“Homi !”, se eu não sair de patrulha... Quase todos os dias tinha que sair para
patrulhar. Mas não saía sozinho. Alguns soldados iam comigo.
Fiquei na Itália por quase três
anos. Participei do combate ao Monte castelo. Eu fui até o Monte Castelo. Fui
não, me levaram. Por que por minha vontade eu não iria, não (risos). Tinha uma
metralhadora inimiga “da peste”, em cima da gente. E naquela confusão toda, lá
estava eu. Muito brasileiro morreu naquele combate. Muitos soldados e alguns
aviões davam cobertura aos médicos e aos enfermeiros. Aquele que não tinha
condições ficava gemendo até morrer. Agora, aquele que tinha condições eles
levavam.
Apesar do treinamento que tivemos, o
Exército brasileiro daquela época estava preparado apulso. Batia muita saudade
de casa e quem estava num inferno daquele não saia porque não podia. Até a
comida era suspeita. Por isso nem tudo que eu via eu comia. Vi soldados
alemães, mas o principal inimigo não pudemos capturar, que era o seu chefe
principal: o Hitler. Esse era esperto. Mas, ele morreu e com o fim da guerra,
pouco tempo depois, voltei para o Brasil. Voltei direto para o Rio Grande do
Norte.
Não cheguei a seguir carreira no
Exército. Recebo uma aposentadoria como Segundo Tenente. Aliás, aposentadoria
não, esmola. Sendo que não posso negar que me serve. Tanto é assim, que olhando
para traz posso dizer que valeu apena. Valeu, por que eu ganhava um salário
vagabundo, menor ainda do que eu recebo hoje.
Essa aposentadoria que recebo foi
muito difícil conseguir. Precisei dar várias viagens atrás desse meu direito. Dona
Vitória dizia “mas seu Ulisses vá falar agora com Collor”. Eu dizia: “quantos
tenentes não queriam que eu fosse embora daqui, quantos não queriam que eu
tirasse outros papéis?”. Eu disse, não. Por que eu tinha feito na associação
dos Ex-Combatentes, da qual faço parte.
Eu ganhava uma porcaria, trabalhando
na roça, rancando toco e coisa e tal, agora o que ganho melhorou um pouquinho.
Não me lembro de tudo que vivi naquela época. Não tirei foto daqueles anos na
Itália. Depois que fiquei surdo, infelizmente eu me esqueci de muita coisa.
JOAQUIM BALBINO
DOS SANTOS[iv]
Meu nome é Joaquim Balbino dos Santos, nasci
em 1918, sou alagoano de Anadia, um município pequeno aonde eu e minha família
fomos criados. Minha escolaridade é pouca, mas graças à Deus sei ler e escrever
direitinho. Frequentei a escola apenas no início. Não tenho nenhuma formação
escolar. Quando jovem trabalhava numa companhia de bonde em Maceió. Era
condutor de bonde. Eu
era aquele rapaz que cobrava o dinheiro das pessoas. Foi mais ou menos nessa
época que acabei sendo convocado para prestar serviços ao Exército brasileiro.
Eu
me lembro muito bem do momento da minha convocação. De início, eu recebi uma
notificação
dizendo para me apresentar. Era bem moço, tinha ainda pai e mãe. Meu pai morreu muito sedo, mas na
época da convocação eles ainda estavam vivos. Com a sua morte quem deu uma
força para minha família foram meus irmãos. Um deles acabou sendo convocado
também junto comigo.
Eu
fui designado para ir para as praias, para ficar no litoral. Naquelas praias
das barras, aonde podiam entrar o adversário. Barra de Santo Antônio, por
exemplo. Fiquei por aqui mesmo, não fui obrigado a ir nem para Natal, nem para
Recife, mas muitas outras pessoas acabaram indo não só para esses pontos da
costa brasileira, como também para a Itália, na Europa. Eu fiquei de 1942,
quando fui convocado, até 1945, patrulhando o litoral contra possíveis ataques
do inimigo, no caso, os alemães.
Ficamos
naqueles “bicos-de-praia” por três anos, vigiando aquelas entradas que davam
acesso às cidades. Antes um pouquinho de isso acontecer eu já estava morando
aqui em Maceió e havia algumas diferenças da cidade de antes para a de agora. Acho
que naquela época era melhor para viver do que hoje em dia. No entanto, vivíamos
num mundo cão, sabe? Ninguém gostava de ninguém, não. Hoje em dia, vivemos num
mundo difícil, mas as pessoas têm mais reconhecimento com os outros.
Durante
a guerra, nós sabíamos de tudo que estava acontecendo. Tinha um noticiário, num
sabe? Aqui se sabia de tudo, principalmente nós, ex-combatentes, que tínhamos
responsabilidade por esta localidade. Nós éramos os responsáveis por aquelas
bases na Barra de Santo Antônio, aonde foi instaurada uma companhia. Passamos
lá uma porção de tempo, sem abusos, tranquilos.
Nunca
tive medo de ser designado para ir lutar na Itália. Quer dizer, naquele tempo
eu era muito moço e não tinha medo de nada, não. Eu cheguei até uma vez a ver o
pessoal chorando porque havia sido transferido para viajar. Era um rapaz. Isso
acabou aperreando a mãe dele, né? Eu pedi para me colocar no lugar do rapaz.
Aí, o tenente disse: “Você não faça isso não, porque o tratamento de lá não é
igual ao daqui, não”. Naquele tempo eu era cabo, num sabe? Era cabo de fileira.
Então
se me mandassem para o Teatro de Operações italiano eu iria na hora. Eu não
tinha medo, mas muitos outros tinham. As notícias que chegam sobre a guerra não
eram nada boas. Tinham uns companheiros que já estavam se acabando. Naquele
tempo era moço, disposto. Esses “cabras” meio banda voou, que não tem medo de
nada. Eu era meio desmantelado naquela época.
Eu
me lembro de que o povo tinha muito medo, né? O povo em geral tinha muito medo
dos ex-combatentes. Achavam que os ex-combatentes eram guerreiros, fortes, diferentes,
e o povo tinha medo, mas a gente não queria demonstrar isso, não. Não queríamos
passar medo, não. Eu reparava isso quando andava pelas ruas da cidade. O povo
já olhava cismado.
Nosso
comandante era Coronel Amilton de Freitas Rolim, um homem bom que todos os
soldados gostavam. Eu era diferente dos outros. Porque eu era diferente me
mandavam fazer as coisas: “mande o Cabo Balbino”. Eu era Cabo naquela época. “Mande
o Cabo Balbino, ele não perde viagem não”. Aí mandavam me chamar: “tem um
trabalho para você”. Aí eu respondia: “Se tiver ao meu alcance eu atendo
agora”. “Vai buscar um soldado que estava desesperado, fazendo absurdos”, aí eu
ia.
O
principal é que o Brasil não estava preparado e essa é a verdade. Aparentemente
o Brasil estava preparado, mas na realidade eu acho que não. Faltava muito
ainda. Os alemães, nossos inimigos, era um povo assim sem vida, sem noção. Uma
espécie de bandido. Naquela época os alemães eram uma espécie de bandidos. Não
sei como as pessoas chegaram a botar o alemão na lista de amizade. Eles não
mereciam, não. Por isso que a minha vontade era só de matar.
Nós
que participamos, merecíamos o que talvez eles nunca pensaram em nos dá. Já
imaginou pegar um fuzil e brigar com o adversário? Naquela época o adversário eram
os alemães e que hoje nós nos damos com ele, como amigos. Coisa que nunca devia
acontecer, por que eles foram uma espécie de carrascos, entendeu?
Tinha
muita notícia de morte. Eu conheci gente que morreu lá. Conheci gente que foi
convocado quando eu fui. Viajou para a Itália, mas não voltou. Como exemplo
disso, teve o Cabo Olivar Barbosa Vila Nova, morto na Itália. A família que
ficava aqui ficava desesperada. A família dos mortos recebia um dinheiro, mas
não se conformava, não. Tudo moço, morrendo. Vinte anos, vinte e poucos. Os
mais velhos não chegavam a ter mais de vinte e cinco anos.
Ali,
naquela época, vou lhe dizer uma coisa, o cara tinha que ter coragem de
qualquer jeito. Ninguém podia se acovardar, não. Tinha que ter coragem de
qualquer jeito. O tempo era perigoso, pesado, todo mundo tinha cuidado com a
vida.
Olhando
para traz e fazendo um balanço, eu acho que houve um certo reconhecimento por
parte da população em relação a nossa importância na Segunda Guerra Mundial. Mas
tiveram algumas pessoas que acharam que não foram reconhecidas. Eu noto que
cada um quer para si. Acham que deveria ser tudo para eles. A gente tem o
espírito diferente do dos outros. Algumas pessoas querem de mais. Eu, graças a
Deus, não sofri nada na guerra. Eu fui um alvo de respeito. Participei até dos blekauts que aconteceram no litoral
alagoano. Isso tinha o objetivo de dificultar a visão dos inimigos em relação
às praias.
Eu
fui reconhecido, né? Mas, há alguém que acha que faltou reconhecimento. Eu fui
convocado e fui promovido. A guerra me deu o que eu tenho hoje, por isso eu não
tenho queixa da guerra. Se não tivesse tido a guerra, se não tivesse sido
convocado, eu não teria o que eu tenho hoje. Hoje tenho o pão de cada dia
certo, graças a Deus, para mim e para minha família.
Quando
acabou a guerra ainda continuei um tempinho no Exército. Só no final é que eu
fui trabalhar na companhia de bonde de Maceió. Minha patente na guerra era Cabo,
quando fui transferido fui promovido a tenente. Eu recebo a minha aposentadoria
como segundo tenente. Está entendendo? Atualmente faço parte da Associação de
Ex-combatentes do Brasil, Seção Alagoas.
[i] Na entrevista concedida em
14/09/2013 pelo senhor Ulisses, ficou clara a sua boa vontade de nos acolher de
forma bastante respeitosa e se dispor a responder às perguntas que lhe foram
direcionadas sempre com um sorriso no rosto. O pracinha de 96 anos, ex-operário
e lavrador, nos proporcionou entender a sua visão do que tenha sido a guerra na
Itália quando lá esteve em 1944.
[ii]
Ele se refere à assinatura do
depósito correspondente à sua aposentadoria. Ele a recebe no quartel de Paulo
Afonso, como 2º Tenente.
[iii]
Rosalvo José de Souza, outro
pracinha entrevistado, que também é morador de Delmiro Gouveia.
[iv]Com o segundo
tenente aposentado e ex-combatente Joaquim Balbino dos Santos, tivemos um
rápido contato. Mesmo estando disposto a contribuir para estas entrevistas, a
sua saúde debilitada talvez tenha sido o maior problema encontrado. Mesmo
assim, acabou nos relatando as suas experiências de guerra e seu envolvimento
como soldado convocado para a defesa do litoral brasileiro. Seus relatos foram
colhidos em 09/03/2014, na sua residência.