Ana Maia Nobre. Arquiteta, Design e Artista plástica. Pós-graduada em Design Estratégico
pelo FAAP/SP x CESMAC em 2003. Socia diretora das empresas Maia&Piatti e
Maia&Maia Consultorias e projetos. Diversas premiações nacionais e
internacionais.
Dois
dedos de prosa
Campus
traz o depoimento de uma artista inquieta e magistral no que faz. Ela pesa como
demonstração do que significa manter raízes e se universalizar, rompendo com a
mesmice provinciana e jamais poderia dar estes passos, caso não tivesse a
capacidade de quebrar as amarras provincianas.
Vale a
pena passear por seu depoimento, buscando encontrar uma Alagoas diferente e que
procura seus rumos de vida pela atualização de formas e modos de ser.
Campus
agradece a Ana Maia Nobre.
Sávio
A arte e meu caminho de vida
Ana Maia Nobre
Tudo tudo tem começo
Como Arquiteta, Designer e Artista
Plástica, desde cedo aprendi a lidar com o mundo da criação e da arte através
do meu exemplo maior que é minha mãe, a Arquiteta (pioneira nos anos 50) Zélia
de Melo Maia Nobre, autora de inúmeros projetos e uma das fundadoras do curso de Arquitetura
da Universidade Federal de Alagoas (UFAL).
Meu lar foi marcado por presenças
ilustres de mestres inesquecíveis como Lina Bobardi, Janete Costa, Javier Pissarro,
Burle Max, Antonio Maués, Vera Pugliese, Borsoi dentre muitos outros que
influenciaram na minha maneira de ver e lidar com o mundo tridimensional
(racional) e o abstrato da Arte.
Moda e história
Falar de Moda é falar, antes de tudo, de um processo
criativo que tem um começo, meio e fim. Ela tem sido um dos fenômenos da
civilização desde o século XVI, que abrangeu um número crescente de
áreas de atividades do homem moderno, e que passou a nos parecer quase
"natural". Moda é hoje, além
de tudo, uma tendência de consumo, que foi intensificada a partir do século
XIX, central nas reflexões de artistas e
intelectuais por desvendar a dinâmica da modernidade.
Ela também se tornou um ciclo de consumo ditado
pelas grandes fábricas têxteis que derivaram parte da sua produção para atender
as demandas a partir do consumo do mundo ocidental, a princípio ligado aos
grandes nomes da criação européia e americana, que indicavam o norte para
escoamento através das grandes cadeias de lojas de Departamentos, mas criavam,
também, nas grandes capitais, suas
referências de status a partir das
suas próprias casas (Maisons).
Esse ciclo, podemos dizer que foi a base montada, na
prática, entre os setores de fábricas têxteis, pequenas fábricas de acessórios
para suportes das grandes (fábricas satélites), representantes, criadores
(estilistas), associações e facções dos setores de corte e costura, montagem
das grades, modelos, desfiles, grandes compradores e a logística de
distribuição para uma nova coleção.
A teoria da distinção socia l
Essa demanda se deu de forma mais intensa e lógica
em países temperados, onde as quatro estações são bem definidas e faziam girar
mais rápido esses ciclos para que novas mudanças desovassem os tecidos mais
rapidamente, sem grandes perdas, e com mais lucros. Ou seja, em países como França, Inglaterra, Alemanha,
Itália e EUA vivenciando o fenômeno da era industrial, a teoria da distinção
social tornou-se um dos focos principais para melhor atender e multiplicar suas
margens. Criaram, então, a primeira chave para pensar a moda no mundo
capitalista e industrializado, a teoria da distinção social.
Vista como espaço de ostentação do poder econômico
das elites, a moda foi concebida como esfera de reconstrução das fronteiras
sociais na “sociedade burguesa”. Mas afinal, existiria moda sem circulação? Se
a aparência sofisticada é privilégio dos muitos ricos, ela só se transforma em
moda se circular. É aí que as ruas entram para construir esse conceito. Era nas
ruas que as modas ficavam conhecidas, eram aclamadas ou rejeitadas pelo
público, que passavam a ser copiadas e depois desapareciam.
Com a globalização, na virada dos anos 70/80/90, o
mundo da moda foi se tornando mais complexo e sua importância social aumentou
consideravelmente. O que no século anterior era privilégio das elites
converteu-se num universo altamente segmentado, esfera de construção de identidades
e estilos de vida por onde passaram a transitar indivíduos de diferentes
camadas sociais. O desenvolvimento de um novo mundo da moda gerou uma demanda
de pesquisa empírica e histórica, promovendo um florescimento dos trabalhos
acadêmicos da área, e com isso faculdades espalhadas pelo mundo afora.
Um pouco sobre Alagoas
Falando em Alagoas, em termos de moda, podemos
constatar claramente que estamos longe de ser um polo neste setor. Sequer
existimos! Tivemos indústrias têxteis como a Cia Alagoana de Tecidos em Rio
Largo, Fabrica Nogueira, Fábrica de Fernão Velho, onde o foco eram toalhas,
tecidos crus. Entretanto, todas elas sucumbiram à falta, inclusive, de
investimentos para a reestruturação. Estancamos nossa evolução por volta da
Segunda Guerra Mundial, e com isso não criamos as cadeias necessárias para se
produzir moda em Alagoas.
Todavia, há quase 8 anos a Moda em Alagoas tornou-se
uma cadeia produtiva que vem lidando com vestuário e outros bens de consumo
correlatos (inclusive da indústria cultural) que dialogam com os desejos do
consumidor. De uma forma mais geral, são códigos de vestimenta que se alternam
com o tempo e a geografia.
Segundo James
Silver, o setor econômico de moda em Alagoas ainda está em fase bastante
primária. O grande potencial para o setor se dá pela força criativa e a grande
produção em “Hand Made”, cada vez mais
valorizado pela indústria da moda mundial. O que falta para dinamizar o setor é
garantir base para a indústria, profissionalizando artistas e empresários.
O primeiro passo foi dado exatamente com o evento da
“Trend House” que organizou o calendário local de lançamento de coleções e
criou uma vitrine nacional (e até internacional) para os criadores locais,
trazendo a imprensa nacional e formadores de opinião para conhecerem nossas
marcas.
Quando os organizadores do evento fundiram-no com o
convênio existente entre o SEBRAE, FIEA e Governo Estadual, a verba para o
evento foi ampliada e consequentemente sua abrangência. Mas o grande desafio é
intervir, como uma espécie de incubadora, durante todo o ano junto às marcas
para garantir um crescimento real em seu potencial criativo e produtivo, e não
apenas "maquiá-las" durante a semana de moda.
Nomes como caleidoscópio, Martha Medeiros e Fernando
Perdigão, além, é claro, da nossa Maia Piatti, já têm uma maturidade criativa,
mas outras marcas precisam de um acompanhamento maior para evoluírem. Em
algumas, como Sandra Cavalcante, Artsório e Petrúcia Lopes, vê-se grande
capacidade criativa, faltando base industrial e/ou comercial. Em outras, que já
estão mais organizadas como indústria, falta o inverso.
Um pouco sobre nosso potencial
A ideia da “Trend House” por James Silver foi a de
organizar um Calendário da Moda Alagoana a partir da observação de outras
semanas de moda pelo país, a exemplo da SPFW, onde ele cobre semestralmente
como jornalista da área.
O fato da imprensa nacional já considerar a “Trend
House” como uma das quatro semanas de moda mais influentes do país, nos enche
de determinação para seguir com a árdua missão que enfrenta na resistência do
próprio setor em abrir para uma evolução: a sua maior barreira.
Mesmo com
todas essas iniciativas brilhantes para abertura de espaço, percebo claramente que não temos
cancha (ainda) para um polo de moda aqui em Alagoas. Estamos, sim, vocacionados
para sermos inspiração com a nossa identidade, através dos ícones e iconografia
dessa terra tão rica de paisagens, luzes e cores, como artesãos fantásticos e
Técnicas ímpares do "hand made", além de muita predisposição por parte
dos criadores e dos estilistas que um dia partiram daqui para desbravarem o
Brasil e o exterior.
Outro fator importante que merece mencionar é que
herdamos costumes substanciais dos nossos antepassados na forma peculiar de
lidar com a vestimenta e acessórios. Foram os índios e escravos. Estes últimos,
principalmente, sempre tiveram um modo particular de se vestir com panos crus e
leves, nós, toucas, amarrações criativas, tecidos sobrepostos, decotes,
sandálias, não só pelo clima mas, acima de tudo, como uma forma de diferenciar
o seu nível mais baixo da camada social impostos pela sociedade (elite) que
copiava suas vestimentas pesadas e tecidos importados, iguais as do Europeu, e
que já tinham no Sul do país apoio através de muitos artesãos capacitados para
atender as demandas dos comerciantes e da sociedade da Corte.
Voltando a Alagoas, a vocação de criadores daqui
esbarra desde longas datas nas grandes dificuldades, tanto na parte de
fornecimento de matéria prima, como na capacitação de mão de obra.
Colocar o produto "moda" no mercado requer
a determinação de querer concorrer com as marcas conhecidas no Brasil. Essas
grifes estão, na grande maioria, em São Paulo. O processo produtivo delas tem
um ciclo que é iniciado e concluído lá mesmo. Ou seja, quando a coleção é
pensada, desenhada e decididos os tipos de tecidos após a modelagem (feita por
um profissional capacitado que nem sempre é o próprio criador que faz) e a
pilotagem que fazem parte da construção da “peça piloto”, será provada num
modelo com medidas-padrão, para só depois de aprovada, seguir para a produção.
Poucas são as indústrias que fazem tudo. A grande
maioria das marcas brasileiras terceirizam as etapas em facções. Vale dizer
também que, dependendo do tipo de tecido, as peças vão para pessoas que
trabalham só com tecido plano, ou só com malha, tricô etc.
Alagoas teve e tem criadores que sofreram a falta de
profissionais capacitados para atender todo esse ciclo aqui. Tivemos ícones da
criação como Maria Cândida, Vera Arruda (falecidas) que deixaram marcas
indeléveis para o Brasil. Ambas levaram para suas criações e marcas
características próprias e ímpares, típicas de grandes criadores, mas ficaram
conhecidas não como as alagoanas, mas como as brasileiras de linguagens
internacionais.
Hoje, temos a
Martha Medeiros que, como as anteriores, foi buscar no sul seus
estabelecimentos para melhor atender suas demandas. Ou seja: junto de todas as
logísticas que demandam o ciclo de produção da moda. A Martha Medeiros que hoje
é um dos maiores nomes da moda nacional, para ter seus vestidos com o
acabamento de alto luxo que têm, e serem objetos do desejo de toda paulista
“quatrocentona”, teve que lutar para aperfeiçoar a técnica das rendeiras,
pensar numa modelagem atual que valorizasse a renda e trabalhar bastante o
marketing para a marca ter o posicionamento que tem hoje. A Martha deu um
verdadeiro “up grade” à renda renascença. Mas isso só foi possível, além de
tudo o mais, porque ela está lá no sudeste brasileiro. A questão da
padronização das medidas, o compromisso com prazos, e a falta de visão
profissional das pessoas que são terceirizadas, fazem com que o que é lançado
numa semana de moda, não consiga estar nas lojas num tempo adequado para que o
consumidor compre.
Temos em Maceió um grande incentivador da moda que é
o James Silver. Grande visionário, audacioso e muito trabalhador, ele consegue
fazer a semana de moda de Alagoas trazendo jornalistas de todo Brasil para ver
o que tem de produção nessa área por aqui. Vários criadores tem oportunidade demostrar
seus trabalhos. Um dos que cresceram muito foi o Lucas Barros que tem um
processo produtivo bem artesanal com pintura sobre o tecido e faz coisas
lindas. Entretanto, como disse, apenas incentivo não basta. É preciso mais,
muito mais!
A marca Maia Piatti
A marca Maia Piatti é uma derivação da marca “Viver
de Arte”, empresa fundada em 1998, por mim e por minha irmã Rosa Piatti, para
produzir artigos de alto valor agregado, todos criados por nós como, por
exemplo, luminárias, porcelanas, objetos de decoração em madeira, inclusive
mobiliário com uma técnica de pintura exclusiva. À medida que esses objetos
eram expostos em feiras internacionais, como a “Maison et Objet”, em Paris,
“L'Artigiano In Fiera”, em Milão, “Gift Fair” em Nova York, Los Angeles, São
Francisco, e outras tantas também no Brasil como a “Abimad”, “Paralela” e
“Abup”, em São Paulo, era sugerido sempre pelos clientes que entrássemos no
ramo têxtil por causa da forte identidade dos produtos.
A curiosidade e vontade de experimentar nosso conceito
numa outra dimensão, que seria o movimento do corpo humano, nos levou a fazer
as primeiras peças de vestuário. Partimos então, sem nenhuma intenção de seguir
regras ou tendências de moda, para uma roupa que carregava nossa identidade. A
princípio vestidos que serviam de suporte para composições pictóricas, usando
sobreposições de tecidos, pintura e bordados.
Quando da nossa primeira mostra de vestidos, junto
com os objetos na feira Paralela no Instituto Tomie Otake, em São Paulo, para
nossa surpresa, os vestidos e a forma como foram expostos, chamaram a atenção
de todos: artistas plásticos, designers, críticos de arte, arquitetos (a
exemplo de Janete Costa que disse: "vocês não param"!), decoradores e
também de pessoas ligadas à moda.
Os vestidos eram feitos de uma forma bem artesanal
com reaproveitamento de tecidos, tingindo-os e aproveitando a mão de obra das
comunidades periféricas, geralmente pessoas ligadas as que já trabalhavam na
“Viver de Arte”, que faziam bordados, aplicações e pinturas. Por essa forma de
produção fomos convidadas a participar na feira “Prêt-à-Porter” em Paris, como
uma das marcas brasileiras expondo no pavilhão “Só Etic”, que mostravam marcas
que trabalhavam dentro do conceito de sustentabilidade. Na ocasião, fomos
visitadas pela ministra do Meio Ambiente da França, em 2008.
A partir daí começamos a receber encomendas e vimos
que precisávamos de uma consultoria na parte técnica, tipo modelagem, corte,
costura etc. Afinal de contas, nunca havíamos feito nada disso antes.
O nosso conceito é de um vestuário contextualizado
no que já vinha sendo feito nos outros artigos que exportávamos para EUA e
Europa, cuja forte identidade nada mais é do que a síntese de toda nossa
vivência assimilada ao longo dos anos e que leva um DNA com os vieses da
história, costumes, folclore, identidade visual da paisagem alagoana que vai
desde o Sertão ao Litoral sintetizados no que hoje e catalogado como um dos
ícones da Identidade Visual Alagoana. Essa linguagem atingiu o desejo dos
consumidores e apreciadores de identidades culturais Maia Piatti.
Nossas clientes são muito especiais. Vestimos muitas
artistas e celebridades como Marieta Severo, Totia Meireles, Fernanda
Montenegro, Paula Lavine, Bruna Tenório, Marilia Gabriela, Fabiana Cozza, Maria
Rita, Claudia Matarazzo, Irene Ravache, a Jornalista e ex-correspondente de
moda da Rede Globo, Cristina Franco, a atriz americana Uma Thurman, dentre
tantas mais.
Esteve conosco em Maceió uma consultora ligada a
ABIT, formada em moda em Florença, Itália, que durante quase dois anos preparou
nossa equipe, trazendo, inclusive, costureiras de São Paulo.
Começamos a partir daí a decompor nosso desenho na
própria modelagem, e a traduzir o conceito de tudo que já vínhamos fazendo
antes nos outros artigos, através de cortes e traçados que nada mais são do que
a síntese de toda nossa vivência, assimilada ao longo dos anos e que levam um
DNA de vieses da história, costumes, folclore e paisagem alagoana, que vão
desde o Sertão ao Litoral. Essas referências adquiriram, entretanto, uma
linguagem própria que foi catalogada no livro de Iconografia Alagoana, e por
ser universal, atingiu o desejo de consumidores exigentes do mundo todo.
Tivemos uma época que nossa logística era muito
cara. Criávamos e modelávamos aqui, fazíamos a pilotagem em São Paulo, depois
as adaptações aqui e por fim distribuíamos as costuras entre Maceió e São
Paulo. Procuramos depois de um intenso treinamento, fazer tudo aqui em Maceió.
Além de nossas costureiras, procuramos uma associação das que pertenceram a
antiga Fábrica Carmen, situada em Fernão Velho, e tentamos fazer parceria com
algumas ONGs. Mas, infelizmente, o resultado não foi satisfatório.
Nessa época a “Viver de Arte” se tornou uma franquia
que comercializava os objetos e o vestuário Maia Piatti. Tivemos franqueados em
Ribeirão Preto, Rio de Janeiro, Maceió e Brasília, incluindo um ponto de venda
em Sidney, na Austrália. E várias lojas de Design e Multi marcas nos EUA e
Europa.
O crescimento da empresa, que chegou a ter sessenta
funcionários e mais alguns terceirizados, fez com que nossa atenção se voltasse
totalmente para a área administrativa, o que foi o começo de uma nova fase de
reflexão, pois, como qualquer artista, não combinávamos com o estresse de
faturas, contabilidades, RH e afins.
Nossa empresa sofreu com a crise internacional em
2008, a queda do dólar e o retraimento do mercado nos Estados Unidos. Além
disso, a parte administrativa (financeira, RH etc) nunca foi a vocação do
artista. Decidimos, então, encolher e voltar a trabalhar mais com a alma, que
sempre foi nossa característica mais marcante.
As dificuldades citadas anteriormente fizeram com
que a gestão comercial, que exige que estejamos sempre acompanhando os lançamentos
de estações, com grades de numeração e prazos de entrega, voltasse agora a não
ter mais tanta importância. Atualmente, trabalhamos com uma equipe muito
reduzida, que curte cada peça que produzimos. Ainda não nos compromissamos com
outros pontos de venda. Produzimos muito por encomenda. Depois da publicação na
revista Haper's Bazar, lojas de São Paulo, Porto Alegre, Belo Horizonte e Rio
de Janeiro nos procuraram. Todas têm em comum um público que procura uma roupa
mais conceitual.
Por sermos muito procuradas pelos turistas e
ex-clientes dentro e fora do Brasil, decidimos abrir um novo Atelier de
Exposição permanente, que contará toda nossa trajetória. Todo o chão
percorrido. Será também um ponto de vendas com peças mais que únicas assinadas
por nós.
E com a nossa experiência, fica mais claro o
entendimento que a Indústria de Moda em Alagoas ainda está longe de ser um
Polo,mas uma boa referência de talentos ( MaiaPiatti e dos demais citados acima
)os quais, mesmo contra todas ás adversidades de logísticas e afins, conseguem
atrair o peso de formadores de opinião da área, que perceberam in loco há 4
anos atrás , a exemplo da jornalista do GNT Lilian Pace quando aqui esteve para
cobrir o TrendHouse ,que já somos copiados por grandes marcas já estabelecidas
no cenário nacional e intern
A MARCA----MAIA PIATI------SE TORNOU CONHECIDA NO BRASIL E EXTERIOR, PELA FORÇA DE UMA CRIATIVIDADE ARTISTICA, SEDUZINDO A UM PÚBLICO ESPECIAL, DESSA MANEIRA É HONRA PARA ALAGOAS E BRASIL
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