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sábado, 4 de março de 2017
Claudio Estêvão Bergamini. Paisagismo contemporâneo: estratégias para o projeto de praças
O paisagismo atualmente se constitui na maior área de experimentações conceituais e formais que envolvem o campo da arquitetura. Nas últimas décadas do século XX e início do século XXI, assistiram-se as mais radicais propostas de desenho da paisagem na criação de ambientes exteriores em todas as escalas. Estas transformações visam à criação de uma nova natureza, mais próxima do ser humano, mais adequada a sua escala e ao gosto contemporâneo. A partir da década de 1980, os projetos de paisagismo passaram a ser mais abrangentes e tomaram maior liberdade no que diz respeito aos conceitos e estratégias projetuais. O objetivo deste trabalho é discutir os fundamentos teóricos do paisagismo contemporâneo e o seu rebatimento em estratégias de projeto recorrentes no trabalho recente dos paisagistas brasileiros. Como metodologia, optou-se por: (i) uma pesquisa de revisão de literatura de caráter histórico, nesta investiga-se as influências do paisagismo moderno nas novas concepções contemporâneas no cenário internacional e no Brasil, verifica-se a influência dos conceitos da arquitetura contemporânea sobre o paisagismo e abordam-se os aspectos e as disciplinas que atuam de maneira conjunta na concepção dos projetos de paisagismo contemporâneos, que são: o aspecto funcional - relacionado ao desenho urbano, o aspecto estético - relacionado à arte e a arquitetura contemporânea e o aspecto ambiental - relacionado ao conforto ambiental e à preocupação com o aquecimento global e a sustentabilidade ambiental, (ii) análise, sob três aspectos (funcional, estético e ambiental) de oito praças - duas praças em quatro capitais brasileiras: São Paulo e Rio de Janeiro, na região sudeste, e Recife e Maceió, na região nordeste. Embora haja uma diferença propiciada pela história e herança cultural de cada região, os projetos contemporâneos apresentam uma unidade no que diz respeito à criação de ambientes artificiais, com grande influência da arquitetura, que sejam mais coerentes com o formalismo, a tecnologia, o espírito e a poesia contemporânea. Este trabalho visa contribuir para a formação de um pensamento mais claro sobre os fundamentos do paisagismo e para uma prática profissional menos estereotipada, evitando-se projetos baseados em simples formalismo.
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