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domingo, 5 de março de 2017

Albani de Barros. ara além de Prometeu? Crítica às teorias da superação do trabalho pela tecnologia no contexto da acumulação destrutiva

Esta dissertação tem por objetivo analisar as teorias contemporâneas que sugerem a superação do trabalho humano em decorrência do desenvolvimento tecnológico no contexto na acumulação destrutiva desencadeada pela crise estrutural do capital. Na última quadra do século XX; como parte do debate sobre o crescente e canceroso processo de desemprego a partir do surgimento de novas tecnologias; foi retomada a discussão sobre a relevância; presente e futura; da tese sobre a centralidade do trabalho tal qual como Marx argumentou. Na análise de Schaff e Masuda as transformações ocorridas nas relações de produção e o surgimento das novas tecnologias baseadas na informática seria a prova empírica que o trabalho enquanto dispêndio de força viva estaria com seus dias contados. Por sua vez; o processo de eliminação do trabalho possibilitaria o surgimento de uma sociedade de prosperidade e liberdade. Ocorre que na concepção marxiana o trabalho é uma necessidade; impossível de ser suprimida de qualquer formação social; bem como o homem é parte ativa e ineliminável no processo de trabalho. No tocante ao surgimento de uma nova sociedade; como resultado do desenvolvimento das forças produtivas; Schaff e Masuda retiram a luta de classes como o movimento real do processo histórico e em seu lugar põem o desenvolvimento tecnológico; desconsiderando que são as relações sociais que estabelecem como serão os meios de produção. Com tais argumentos; os dois autores ignoram a crise estrutural do capital descrita por Mészáros e sugerem que o mundo estaria caminhando a passos seguros para uma sociedade de abundância; onde além do trabalho ser eliminado; os antagonismos entre as classes também seriam suprimidos.

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