ARTS: THE CITY, ITS CLEAR AND DARK
ARTS: LA VILLE, SON LUMIERE ET DARK
ARTE: la ciudad, su luz y la oscuridad
ESTE MATERIAL FOI PUBLICADO POR CAMPUS/O DIA E FOR COORDENADO PELO PROFESSOR EDUARDO BASTOS
LUIZ
CAMPOS: UMA VIDA PARA A ARTE
(Versão
Reduzida)
Mariana
Melo Cavalcanti
Entre
retas e curvas, a Arte se faz. E de seus traços ele não fez somente Arte:
desenhou toda uma vida. Luiz Campos, o artista plástico de 31 anos, natural de
Arapiraca, nunca se imaginou privado de seus crayons, nanquins e paletas.
Fruto
da união de um professor com uma costureira e professora de inglês, ele
manifestou logo cedo o seu dom. Ainda em tenra idade, valia-se do giz,
instrumento de trabalho do pai, para expressar seus desejos e emoções. Antes
mesmo de andar, desenhava: engatinhando, buscava o giz para riscar o chão,
peraltice que nem os pais conseguiram coibir. Ainda bem.
Quando,
aos 06 anos, passou a residir no Jardim Acácia, em Maceió, descobriu um novo
talento: valendo-se da disponibilidade de argila na região, fez das esculturas
o seu brinquedo. E as mãos pequeninas se dividiam entre o lápis e a terra, ora
desenhando, ora modelando imagens, sobretudo de animais pré-históricos. O
sucesso cinematográfico do “Parque dos Dinossauros” o inspirava, em uma paixão
pela ficção científica que nunca o abandonou.
Durante
toda a infância, Luiz acompanhava a mãe em suas costuras. Chegou a pensar que
seu futuro estaria alinhavado entre as tramas dos tecidos, cogitando tornar-se alfaiate.
Contudo, logo percebeu que o que o encantava não era a montagem das roupas em si,
mas o desenho dos croquis e o traçado de contornos.
Neste
cenário, engana-se quem pensa que este talento não tem sua parcela de débito
com a genética. Apesar de trabalhar em ramo diverso, sua mãe esculpia em argila
e desenhava com primor, dando ênfase em formas femininas. No amor pela Arte,
não estava sozinho: Luiz via em sua mãe a mesma “alma de artista” que em si
sentia.
O
reconhecimento não tardou a vir. Seu primeiro “trabalho” foi aos 10 anos,
quando a diretora da escola encomendou o retrato de personagens históricos do
Brasil. Naquela época, a educação formal não lhe caía bem: sentia-se desinteressado
e incapaz de seguir o modelo lógico-matemático. Aos 16, largou a escola e
passou a dar aulas em um ateliê, trabalhando paralelamente como retratista.
Neste momento, aceitou que, em sua vida, poderia trilhar muitos caminhos, mas
todos o levariam ao mesmo destino: a Arte.
Já aos
25 anos, sentiu a necessidade de se dedicar a um projeto ainda mais ousado:
superar o rechaço à educação formal e ingressar na faculdade de Arquitetura e
Urbanismo, objetivo que abraçou após o fechamento do ateliê e por influência de
pessoas próximas, como o pintor Pierre Chalita e esta pessoa que ora vos
escreve. Os croquis do Professor Eduardo Bastos, que levei para ele a fim de
incentivá-lo, foram o argumento fatal: estava decidido a ser um arquiteto.
Hoje,
concluindo a faculdade, ele se orgulha de modificar a vida de pessoas através
do desenho. Ao final, é isto o que o artista quer: fazer de seu dom um caminho
para a felicidade. De si e dos outros. Convenhamos – com um fino traçado e um
colorido que faz sorrir, trata-se mesmo um belo caminho.
...E
da vida, fez-se Arte. Fez-se da Arte uma vida.
Muito bom, são leituras que nos faz voltar ao tempo.
ResponderExcluirparabéns,linda trajetória.
ResponderExcluirparabéns,linda trajetória.
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