Este material foi publicado em Campus/O Dia e foi coordenado pelo Grupo Cultural Identidade Alagoas e trabalhado
pelo Diego Vasconcelos.
Por falar em época, o final da primeira década do século XX em Maceió (2007 a 2010), foi um período conturbado por aqui. Festivais tentavam sem muitas forças se consolidar no calendário anual; o bairro do Jaraguá, mesmo com o já inaugurado Centro de Convenções, via a última tentativa por parte do governo de revitalização fracassar, onde diversas casas de shows e empreendimentos culturais estavam abandonando o bairro. Tivemos também mais uma reforma do nosso principal Teatro, o Deodoro, onde o mesmo ficou cerca de dois anos e meio sem atividades. Filhos desse cenário, Cezar Arthur, Diego Marcel, Idson Pitta e Nereu Ventura, também eram crias do Centro Federal de Educação Tecnológica -CEFET, o que hoje é o IFAL. Entre 2000 e 2005, convivemos em um ambiente de muita pluralidade, que estimulava uma maior consciência estudantil e política, além de ser alvo certo dos panfletos de eventos culturais da cidade. Isso mesmo que você leu, os panfletos eram a forma mais eficiente de divulgação no começo dos anos 2000. Diego Vasconcelos
Dois
dedos de prosa
Campus/O
Dia consegue um novo parceiro para utilização de suas páginas: trata-se do
Grupo Cultural Identidade Alagoana que começa suas colaborações falando sobre
sua história, seu modo de ver e de interferir na vida cultural alagoana. Achamos que é um avanço na aproximação
com a efervescente vida cultural
existente em Maceió, fora dos cânones oficiais.
Campus,
na verdade, sente-se honrado e é com muito orgulho que vê esta parceria
inaugurada. Esperamos que a contribuição do Identidade Alagoana seja vital para
constituir-se a história cultural de Maceió.
Um
grande obrigado ao Grupo e ao Daniel.
Luiz
Sávio de Almeida
UM
POUCO SOBRE O GRUPO CULTURAL IDENTIDADE ALAGOANA
Uma nova parceria
Como vai, amigo leitor do Campus, sempre curioso sobre os aspectos que influenciam nossa cultura! É com imensa satisfação, que o grupo cultural Identidade Alagoana, a partir de hoje, também dará sua contribuição pelas páginas do Campus. E nossa primeira lição de casa por aqui, será trazer para vocês um panorama contemporâneo dos principais coletivos atuantes no cenário alagoano, destacando suas origens, motivações e objetivos, além é claro, das atividades realizadas por essa galera apaixonada por produzir arte.
Um pouco sobre quem somos
Primeiramente... Pedimos licença
a você leitor, para nos apresentarmos como coletivo que somos. Nós próximos
parágrafos, vamos prosear a respeito dos quase 10 anos de Grupo Cultural
Identidade Alagoana. Partiu?
O grupo cultural Identidade
Alagoana nasceu na capital de nosso estado, em Janeiro de 2007, quando quatro
jovens maceioenses iniciaram, sem muitas pretensões, um programa radiofônico na
extinta rádio comunitária Pitanguinha FM, localizada no efervescente bairro da
Pitanguinha. Efervescente, pois o bairro abriga a Organização Cultural Serenata
da Pitanguinha, ou como são conhecidos, os “Seresteiros da Pitanguinha”. Na
época, os desfiles e ações culturais promovidas pelos seresteiros, eram bem
mais marcantes na região.
Por falar em época, o final da primeira
década do século XX em Maceió (2007 a 2010), foi um período conturbado por
aqui. Festivais tentavam sem muitas forças se consolidar no calendário anual; o
bairro do Jaraguá, mesmo com o já inaugurado Centro de Convenções, via a última
tentativa por parte do governo de revitalização fracassar, onde diversas casas
de shows e empreendimentos culturais estavam abandonando o bairro. Tivemos
também mais uma reforma do nosso principal Teatro, o Deodoro, onde o mesmo
ficou cerca de dois anos e meio sem atividades. Filhos desse cenário, Cezar
Arthur, Diego Marcel, Idson Pitta e Nereu Ventura, também eram crias do Centro
Federal de Educação Tecnológica -CEFET, o que hoje é o IFAL. Entre 2000 e 2005,
convivemos em um ambiente de muita pluralidade, que estimulava uma maior
consciência estudantil e política, além de ser alvo certo dos panfletos de
eventos culturais da cidade. Isso mesmo que você leu, os panfletos eram a forma
mais eficiente de divulgação no começo dos anos 2000.
A importância da rádio em nossa vida
Pois bem, um programa de rádio
para tocar, basicamente, música alagoana. Como toda rádio comunitária de
Maceió, a Pitanguinha FM possuía uma ligação muito forte com a comunidade da
região, que participava ativamente da programação. As leis que regulamentam as rádios
comunitárias no Brasil, sempre limitaram o alcance de suas transmissões, fator
que sempre obstou o desenvolvimento desse meio de comunicação tão importante.
Mesma com tanta dificuldade, a paixão por fazer rádio era visível em todos que
participavam desse ambiente. Gerida pela Associação de Moradores do bairro,
representada na época pela Senhora Hélia Coelho da Paz, a Rádio Comunitária
Pitanguinha FM, concedeu a oportunidade para iniciarmos um programa semanal em
sua grade, sempre nas noites de segunda feira, logo após o famoso programa de
Serginho Rasta, que por muitos anos se manteve com sucesso na emissora. Quem sintonizava a rádio também há de se
lembrar de outro programa de sucesso da emissora, o Paropa Rock.
Mergulhamos então de cabeça na
música alagoana! Assim como os dias atuais, em 2007 a música alagoana não tinha
o merecido espaço nos grandes meios de comunicação de Maceió, e apesar da nossa
juventude na época, beirando a casa dos vinte, nós do Identidade Alagoana já
conhecíamos muitos do talentosos músicos de nossa terra, por justamente
freqüentarmos os ambientes culturais e os ditos” alternativos” de nossa cidade.
Por isso hoje é fácil concluir que nosso programa de rádio foi uma extensão do
nosso contínuo aprendizado a respeito da cultura alagoana, onde a música acaba
que se tornando o nosso convite a ingressar
nesse universo.
A cada programa novas bandas eram
descobertas e entrevistadas, a produção musical alagoana estava sendo
debruçada, e era percebida uma valorização desproporcional ao talento e
qualidade presente em nossos artistas, algo que só motivava nosso interesse em
continuar, de alguma forma, a ajudar na divulgação do que era produzido
artisticamente em Maceió. Essa experiência durou cerca de um ano, até o
fechamento da rádio no início de 2008. Mr. Freeze, Mamulengo, Mandalas, Coito
Interrompido (atual Interrompidos) e Dona Maria foram algumas das bandas que
deram entrevistas ao nosso programa nesse período.
A rádio fechou, mas o Identidade
Alagoana não parou. A entrada de João Paulo Torres, Fábio Santos, Ulysses Ribas
e Paulo André para a equipe do Identidade Alagoana, impulsionou o projeto,
culminando em novas ações direcionadas para as mídias sócias. Lançamos em
fevereiro de 2010, o site www.identidadealagoana.com, e iniciamos nossos
endereços www.facebook.com/identidadealagoana e www.twitter/identidadeal.
Buscávamos, afinal, ir além da música, aprofundando-nos ainda mais na nossa
cultura, abraçando todos os segmentos que a compõem.
Nova fase de atuação
Começamos então uma nova fase,
cobrindo diversos eventos culturais, visitando museus, conhecemos o Parque
Municipal de Maceió, viajamos a Serra da Barriga; uma etapa cujo foco era
intensificar o aprendizado sobre nossas tradições, para que assim, pudéssemos
transmitir da melhor forma possível, através do alcance da internet, um retrato
verdadeiro do cenário cultural alagoano. Finalizamos esse período de dedicação
exclusiva as mídias sócias, no início de 2012, com a abertura do nosso canal
www.youtube.com/IdentidadeAL, onde depositamos vídeos de apresentações
artísticas alagoanas, registradas por nossa equipe.
Atualmente, nosso site conta com
uma completa agenda cultural das produções alagoanas, evidencia trabalhos
notáveis de nossos conterrâneos, destaca as principais notícias, entre
exposições, cursos, oficinas, literatura, editais; corrobora com o pensamento
crítico de nossa sociedade, através das colunas existentes, além de apresentar
um panorama completo das ações do grupo cultural Identidade Alagoana. Nossa página no facebook conta com mais de 12 mil curtidas, e nossa
conta no youtube tem cinqüenta e três mil visualizações. Isso tudo com conteúdo exclusivamente
alagoano.
Mas voltando a história, em
outubro de 2012, a convite do parceiro e amigo Ademir Brandão, idealizador do
site Bairros de Maceió, e produtor do programa de rádio Cidade Sorriso, o
Identidade Alagoana estreou na programação da rádio comunitária A Voz FM,
localizada no bairro de Bebedouro. Por quase dois anos e meio, levamos aos
estúdios muita música alagoana, grandes entrevistas com atuantes culturais, e
um tiquinho de presepada.
Poder regressar ao rádio, com o
bônus de interagir com uma nova comunidade, era tudo que nossa equipe almejava
na ocasião, estávamos mais felizes que pinto no lixo. Rodrigo Avelino, Felipe De Vas, Bruno Berle,
Renata Peixoto, Docho Manta, Natalhinha Marinho, Igor Machado, Luizinho de
Assis, Naná Martins, Davi 2P, Fágner Dubrown, Jerry Loko, Boby CH, Nó na
Garganta, Tequila Bomb, The High Club, Misantropia, Ladoeste, La Poli &
Cia, Unidade Nova Praia, foram alguns dos artistas musicais que entrevistamos
no Bebedouro. O professor, militante trabalhista e poeta Magno Francisco, o
fotógrafo a advogado Juliano Pessoa, o tatuador profissional, músico e
organizador da Expo Tatto de Maceio, Alex Farias, o produtor Cultural Cai
Costa, o cineasta Henrique Oliveira da Pana Filmes, o mestre de capoeira Denis
Angola, e Christiano Marinho, um dos membros fundadores do Coletivo Afrocaeté,
além de professor e agente cultural, também passaram pelo programa de rádio
Identidade Alagoana, na A Voz FM.
2014 chegou e o Identidade
Alagoana se mantinha firme e forte na rádio e na internet. Nossa equipe passou
por uma pequena reformulação, com a saída de alguns integrantes, mas
principalmente com a chegada da atriz Ticiane Simões, com notório trabalho
prestado ás artes, através de sua experiência nos palcos, em apresentações com
o Grupo Alagoano de Teatro Joana Gajuru.
Com a casa arrumada, conseguimos alcançar mais um grande objetivo: a
realização das quatro edições do projeto ”Encontro Artístico Identidade
Alagoana”.
Em parceria com o Instituto Zumbi
dos Palmares e a Fundação Municipal de Ação Cultural, juntamos, em uma só
noite, tudo aquilo que aprendemos a admirar em Alagoas: nossa arte das mais diferentes
formas. Música, poesia, dança, teatro, artesanato, artes visuais, enfim, em
quatro noites diferentes, em quatro meses distintos, levamos ao palco do Teatro
Linda Mascarenhas, gratuitamente, um pouco do que nos fascinou nesses quase,
até então, oito anos de trabalho do grupo Identidade Alagoana. Começar a
produzir eventos foi um passo importantíssimo, principalmente por levantar a
bandeira do trabalho autoral, seja ele musical, teatral, poético, audiovisual
ou performático.
Um pouco sobre feira cultural
Outro grande destaque do evento é
a sempre presente Feira Cultural, que abriga produtos artesanais confeccionados
por gente da gente, além de exposições de artistas visuais de grande potencial.
Se apresentaram em 2014, pelo Encontro Artístico: Rodrigo Avelino, Renata
Peixoto, King Di, Nó na Garganta, Bruno Berle,
Docho Manta, Felipe De Vas, Edu Silva, Mc Tribo, Dona Maria, Unidade
Nova Praia e Tequila Bomb, Natalhinha Marinho, Junior Almeida , Tony Augusto, Alfabeto
Numérico, Interrompidos, Troco em Bala, Davi 2P, Time da Quebra e Alfabeto
Numérico. Nesse mesmo período, nossa
Feira Cultural contou com os formosos produtos de Mystic Mal e Selma Botelho,
além de uma exposição fotográfica de Luna Gavazza, com lindos cenários da
paisagem alagoana. Tivemos a honra de contar também com as maravilhosas
luminárias confeccionadas por Almir Lima, camisetas da marca MilFita, além de
uma exposição com algumas obras dos artistas Daniel Contin, Lenny Lima e Ursa.
Luana Costa e Jessica Correia também expuseram seus trabalhos em camisas na
feira cultural.
No início de 2015, buscando
atingir outros públicos, passamos a transmitir nosso programa de entrevistas
direto da rádio comunitária Litoral FM, no bairro da Ponta Grossa, onde ficamos
por quase um ano, adquirindo novas experiências e alcançando um maior número de
ouvintes com a transmissão via internet. Por lá entrevistamos os músicos Edi
Ribeiro, Lilian Rorigues, Daniel Mail, Myrna Araújo, Elisa Lemos, Tony Augusto,
Maracatu Baque Alagoano, Coletivo Popfuzz, Bobby CH, Anderson Fidelis, Necro,
Ophicina de Sonhos, D'dreads, Gama Junior, Cia Hip Hop, Mel Nascimento, PH (QG
dus Manos), Irina Costa, Abramente, Favela Soul, Janu Leite, Autopse, além dos
artistas visuais Daniel Contin e Kiko Oliveira, o professor de teatro David
Farias e o fundador do Quintal Cultural, Rogério Dias.
Nesse
mesmo ano, tivemos um acréscimo substancial
para a equipe do Identidade Alagoana, nosso mestre Arnaud Borges. Poeta, músico, diretor de palco, diretor
artístico, Zé de Arnaud é o agente cultural mais atuante que Maceió habita,
basta você freqüentar minimamente nossos teatros, casas de shows e eventos
culturais por aqui, para comprovar tal afirmação. Fomos agraciados pelo
interesse desse caba, em se juntar a equipe, para continuar nossa jornada de
contribuição a difusão de nossa cultura. Ainda em 2015, em parceria com a
DITEAL (Diretoria de Tetros de Alagoas), mais três edições do projeto “Encontro
Artístico” foram realizadas, desta vez no Teatro de Arena Sergio Cardoso, anexo
ao Teatro Deodoro, sempre pregando a acessibilidade, a formação de público e a
valorização da cultura alagoana.
Ampliação dos trabalhos
Poder começar a trabalhar ao lado
de pessoas como Alexandre Holanda e Edener Careca, ambos integrantes do quadro
de funcionários da DITEAL, foi algo que engrandeceu a qualidade do evento que
estávamos dispostos a oferecer. Atendendo novamente o chamado do parceiro
Ademir Brandão, começamos o presente ano de 2016 estreando nosso programa na
Serraria FM, a quarta rádio comunitária que tivemos o prazer de trabalhar e
interagir com a comunidade. No mês de
julho, realizamos o 8° Encontro Artístico, na Praça Marcílio Dias, no bairro do
Jaraguá, integrando a programação do projeto Ocupe a Praça. Outro grande sonho
concretizado, devido a simbologia da Marcílio Dias para nós do Identidade,
local de grandes apresentações de artistas alagoanos, ao longo dos anos 2000
pra cá, e é claro, estávamos sempre por lá.
No mês de setembro foi a vez do
9° Encontro Artístico, no Complexo Cultural Deodoro, reafirmando a parceira com
a DITEAL. Entre o 5º e 9º Encontro Artístico, se apresentaram os músicos: Edi
Ribeiro, Rogério Dias, D’ Dreads, Os Comparsas, Paulo Franco, Cabaret Rock,
Biografia Rap, The High Club, Lucy Muritiba, Mel Nascimento, Andreá Lais, Tony
Augusto, Cosme Rogério, Cia Hip Hop, Jurandir Bozo, Abraamente, Efeito Moral,
Júlio Uçá, Messias Elétrico e Coletivo Afrocaeté. Também se apresentaram o Grupo de Dança e
Teatro Aie Orum, o Grupo de Teatro Joana Gajuru, a montagem do grupo Cena Livre “Zelodaro
come Pano”,
performance de Alexandrea Constantino e Ana Antunes, além de uma roda marginal de frestyle, promovida pela rapaziada do Nois Q Faz.
Integrando a Feira Cultural, ás exposições das obras de Cristiano Oliveira,
Aquiles Escobar, Eduardo Bastos, Jasmim Buarque, além dos produtos artesanais
de Ana Santos, Kiki Zilda, Luiza Rubenich, Gabryela Borges, Vanessa Germano,
Samuel Gomes, Almir Lima, Mystic Mal, Selma Botelho e das meninas do grupo Arte
Criativa, lideradas pela artesã, patrimônio vivo de Alagoas, Vânia Oliveira.
Também em 2016, iniciamos a realização de um
novo projeto, o “Soando na Sala”, espalhando pelas salas poesias que soam.
Idealizado por Arnaud Borges, a ideação leva a arte autoral alagoana, seja ela
música, poesia, teatro, dança, audiovisual, para as mais diversas salas
residenciais de nosso estado. Imagine
o cômodo de uma casa ou apartamento, um cantinho agradável onde normalmente as
pessoas recebem seus amigos para um papo descontraído enquanto degustam um
aperitivo ou um lanche. É justamente neste local onde acontecem as
apresentações do Soando na Sala, um
projeto que pretende contemplar diversas linguagens artísticas em cada sala
escolhida. Inspirado em projetos como o Sofar
Sounds e Som de sala, a idéia é
reunir artistas e público num espaço intimista, proporcionando um ambiente
diferente para se deliciar com arte produzida em nossa terra.
Apesar de ter como carro chefe a
música, o Soando na Sala não se
limita aos shows, em todas as edições um poeta alagoano é convidado para uma
singela homenagem, tendo seu trabalho destacado durante a noite. Mediante as
limitações de cada sala escolhida, o projeto também inclui apresentações de
dança, teatro, audiovisual; tudo de autoria dos nossos artistas alagoanos. O
projeto começou em Maio desse ano, tem periodicidade mensal, podendo chegar até
duas edições por mês, transformando cada sala em um teatro de arena, onde um
prestigia a arte do outro, onde se celebram as produções artísticas, espalhando
arte em cada canto da cidade. Em cada canto um tanto de poesia. Em cada sala um
encanto.
Em resumo é isso caro leitor, são
quase dez anos de grupo cultural Identidade Alagoana, um período de intenso
aprendizado a respeito de nossas tradições e costumes, sobre as mais variadas
produções artísticas, mas principalmente um período de ajuntamento ao nosso
povo. Trabalhar com cultura em nosso estado requer enorme paixão, muitos
grupos, produtores e artistas sofrem com o descaso dos poderes públicos e a
conseqüente desvalorização por parte do público, tornado quase impossível uma
sustentação financeira oriunda exclusivamente da arte. E com o Identidade
Alagoana não é diferente, somente em 2016 conseguimos nos formalizar como uma
associação de direito, o que abre uma janela para novos meios de captação de
recursos, e obviamente de obrigações também.
Nossa cultura tem um poder de transformação
enorme e vamos fazer tudo que estiver ao nosso alcance para propagar,
progressivamente, as tradições, a história, a arte, a Identidade Alagoana. Mais edições do Encontro Artístico e Soando
na Sala virão, mais conteúdos relacionados ao nosso Estado terão evidência
em nosso trabalho. Esperamos que cada vez mais os alagoanos possam conhecer e
se encantar com a sua cultura!
Hoje o Identidade Alagoana trabalha com o
auxílio de diversos parceiros e colaboradores, tão engajados quanto na
valorização de nossos artistas. E muito devido a isso que conseguimos alcançar
os objetivos mencionados nessa trajetória. Unidos somos mais fortes, temos o
potencial de reverter qualquer quadro desfavorável, em todas as esferas. Talvez
seja essa a maior mensagem do nosso trabalho, que somos todos identidade
alagoana.
No que diz respeito ao quadro de integrantes
fixos do grupo, estão na equipe: Amanda Costa, Arnaud Borges, Cezar Arthur,
Diego Vasconcelos, Gama Júnior, Henrique Lima, João Paulo Torres, Ticiane
Simões e Victor Álvaro Esteves. Nossa
sede se encontra na Rua General Hermes, número 358, no bairro do Centro, em
Maceió. Para mais informações detalhadas sobre nossos projetos, além de uma
completa agenda cultural e notícias do nosso cenário alagoano, acessem o site www.identidadealagoana.com, www.facebook.com/identidadeal e www.youtube.com/identidadeal.
Nosso email para contatos é o identidadealagoana@gmail.com.
Depois de toda essa história, vale à pena
lembrar o que foi dito hoje, lá no comecinho do jornal. O Identidade Alagoana
dar início a sua contribuição nas páginas do Campus, colaborando da melhor
forma possível para continuarmos a realizar um registro fiel a cerca dos
diversos ensaios sobre Alagoas. E nossa primeira lição de casa por aqui, será
trazer para vocês um panorama contemporâneo dos principais coletivos atuantes
no cenário alagoano; destacando suas origens, motivações e objetivos, além é
claro, das atividades realizadas por essa galera apaixonada por produzir arte.
Inté a próxima minha gente!
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