Esta matéria foi publicada em Campus, suplemento do jornal O Dia, Maceió
Dois dedos de prosa sobre o São Francisco
É com prazer que Campus traz a
palavra de Anivaldo Miranda, um grande especialista e homem devotado ao Rio de
São Francisco. O São Francisco foi
mudando de sentido, ao longo da formação histórica nacional e foi se
transformando em problema basicamente na oportunidade em, que suas águas foram
transformadas em mercadoria.
Hoje, ele sofre dois problemas
essenciais: a sua degradação e a sua transposição, sendo que para Alagoas há,
também, o Canal do Sertão que, aliás, é mais uma das contas que o governo tem
para acertar com nosso povo e que possivelmente dará muitos problemas.
A questão do São Francisco
precisa voltar à notoriedade pública, a ser discutida de forma contundente,
inclusive, pelos movimentos sociais. Vamos ler Anivaldo.
Novamente, Campus agradece sua
colaboração importante e fica de prontidão para receber qualquer texto que ele
produza.
Luiz Sávio de Almeida
Em sua cama de vento no Penedo,
abril de 1950
ANIVALDO MIRANDA
É alagoano de Maceió, jornalista profissional e Mestre em
Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável pela Universidade Federal de
Alagoas –UFAL. Reconhecido por sua larga trajetória como ambientalista, foi
eleito para presidir o Comitê da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco
–CBHSF- onde cumpre o segundo mandato e atua de forma voluntária dirigindo um
colegiado de 120 pessoas que representam o poder público, a sociedade civil e
os usuários das águas nos seis Estados (Alagoas, Sergipe, Pernambuco, Bahia,
Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal) que têm partes de seus
territórios inseridos na bacia do Velho Chico. É Superintendente de Recursos
Hídricos da SEMARH/Alagoas, integra o Fórum Nacional de
Comitês de Bacias Hidrográficas, além de ser
colaborador das revistas “Política Democrática”, da Fundação Astrojildo
Pereira, “Águas do Brasil,” da REBOB,
Rede Brasil de Organismos de Bacias Hidrográficas, e “Velho Chico,” editada
pelo próprio Comitê do Rio São Francisco.
RIO SÃO FRANCISCO: AS ÁGUAS QUE NÃO PODEM SECAR
(*)
Anivaldo Miranda
Dizer que
o Rio São Francisco está morrendo já virou lugar comum até porque um rio tão
grande e caudaloso não morre assim de repente. E não morre como gente, que se
decompõe, é enterrada ou vira cinzas deixando apenas lembranças. Um grande rio
morre discretamente, uma morte longa, torturante, geológica, a rigor impossível
de ser atestada em momento certo ou até incerto.
Quando o
regime de vazões de um rio começa a ser alterado significativamente, pelo homem
ou pela própria natureza, é como se uma febre tenha se apossado de suas águas.
Daí por diante as manifestações da doença, digo, degradação, começam a aparecer
lentamente através do assoreamento do seu leito, erosão de suas margens,
desaparecimento dos seus canais profundos, formação de bancos de areia, alguns
dos quais se transformam em verdadeiras ilhas, comprometimento agudo da
qualidade de suas águas, devastação de sua mata ciliar, diminuição do aporte de
água e sedimentos dos seus afluentes que, via de regra, estão sendo acometidos dos
mesmos males, diminuição do número e vigor de suas nascentes e, mais
emblemático, contínuo processo de extinção de sua fauna e de sua flora.
Todos
esses sintomas que atestam a degradação de um rio já foram exaustivamente observados,
pesquisados e em medida razoável diagnosticados no São Francisco. Mas agora, as
feridas que o dilaceram, bem como aos afluentes que compõem sua bacia
hidrográfica, nunca estiveram tão expostas, como consequência da estiagem
prolongada que castiga duramente o Velho Chico desde a Serra da Canastra, onde
estão as suas nascentes, até à sua foz, entre os estados de Alagoas e Sergipe,
no embate do rio com as águas do Oceano
Atlântico.
O PREÇO INVISÍVEL QUE SE PAGA PELA ENERGIA
Para os
comuns entre os mortais o preço que se paga pelo uso da energia é aquele que
vem na conta de luz mensalmente. Mas, para as populações do Rio São Francisco,
sobretudo aquelas ribeirinhas, além da conta de luz há um outro preço mais alto
a pagar, o preço socioambiental dos problemas e da degradação ambiental decorrentes
da regularização das vazões do rio quando da criação das barragens que foram construídas para atender à geração da
energia hidrelétrica. É um preço encoberto, historicamente nunca contabilizado
ou compensado às populações sanfranciscanas. E esse preço paralelo, essa conta
nunca paga, seja ao rio, na forma de ações de recuperação ambiental, seja às
populações afetadas pela mudança artificial do regime das vazões, torna-se
especialmente salgada quando os principais reservatórios das hidrelétricas, em
tempos de secas prolongadas ou por erro de planejamento, ficam com suas águas
abaixo dos níveis considerados minimamente seguros.
Quando
isso acontece as hidrelétricas diminuem a chamada vazão defluente (ou seja,
soltam menos água para quem está abaixo, no rio) para permitir maior acumulação das águas nesses
reservatórios e, assim, garantir a geração de energia. Até aí, nada a objetar
porque afinal Minas Gerais e o Nordeste precisam de energia e as hidrelétricas dependem
de água acumulada para gera-la. O problema, no entanto, é que essa diminuição
de vazão feita para atender às necessidades da geração de energia, provoca
impactos ambientais dramáticos e prejuízos para os demais usos múltiplos da
água do São Francisco, ou seja, causam danos financeiros à navegação, à pesca
artesanal, à captação de água para abastecimento humano, à irrigação,
aquicultura, turismo e outras atividades. Sobre esses danos financeiros nem o
governo federal, nem o setor elétrico gostam de falar e muito menos de pagar ou
compensar aos prejudicados.
A TÁTICA DO “ASSANDO E COMENDO
Se as
secas na Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco fossem como antes, se as
populações não aumentassem, se a economia não crescesse e, consequentemente, as
demandas pelo uso das águas permanecessem estacionárias, então poderíamos
continuar tranquilamente “dormindo em berço esplêndido.” Porém, não é isso que
vem acontecendo.
Desde o mês
de abril do ano passado o setor elétrico brasileiro requisitou à Agência
Nacional de Águas (ANA) e ao IBAMA, através do ONS, a diminuição da vazão a
jusante (abaixo) da Barragem de Sobradinho, em volumes ainda menores do que a
vazão mínima prevista legalmente, ou seja, a redução da vazão mínima de 1.300m³/s
(mil e trezentos metros cúbicos por segundo) para 1.100m³/s (mil e cem metros
cúbicos por segundo). ONS, para quem dele não ouviu falar, é o Operador
Nacional do Sistema (sistema hidrelétrico interligado em todo o território
brasileiro). Parece pouco - retomando a nossa narrativa - essa redução de 200m³/s (duzentos metros
cúbicos por segundo), mas não é. Simplesmente porque se a vazão mínima já
implicava em impactos ambientais e socioeconômicos visíveis, qualquer redução dessa
mínima só agrava ainda mais o cenário a jusante das barragens hidrelétricas.
Esses
pedidos de redução das vazões abaixo da mínima já vinham sendo feitos pelo
setor elétrico e concedidos em “caráter emergencial” desde 2001. De lá pra cá
foram se tornando recorrentes a tal ponto que o Comitê da Bacia Hidrográfica do
Rio São Francisco (CBHSF), em reunião com o setor elétrico, a ANA, o IBAMA, as
hidrelétricas e os principais usuários das águas sanfranciscanas, exigiu que eles
(os pedidos) deixassem de ser encarados como “emergências” e passassem a ser
tratados como “recorrências” de uma nova e mais perversa realidade.
Como que
corroborando a preocupação do Comitê, de abril do ano passado para cá
completou-se o período mais longo de vazões reduzidas para além daquilo que o
São Francisco, como ecossistema, pode tolerar. Como o período úmido nas
cabeceiras do rio encerrou-se sem as chuvas esperadas, tudo indica que em 2014
o tempo das vacas magras, digo, das vazões reduzidas, com certeza irá
prosseguir sabe-se lá até quando porque inclusive no reservatório de Três
Marias, lá em Minas Gerais, onde chuva não é artigo de luxo, o espectro da seca
está castigando o rio e as populações do seu entorno.
Muita
gente se consola quando lembra que a seca um dia sempre acaba e tudo volta ao
normal. Mas isso é hoje uma verdade cada vez mais relativa porque
definitivamente nosso planeta entrou numa época de extremos climáticos
decorrentes do paulatino processo de elevação da temperatura média da
superfície da Terra em decorrência da ação dos chamados gases do efeito estufa.
O São Francisco e seus afluentes já começaram a vivenciar esses extremos que
apontam para futuros períodos secos mais prolongados, alternados com regimes de
chuva ainda mais irregulares.
Quem vive o rio e vive do rio já
sente esse novo momento na pele. Mas o poder público, leia-se os governos
(federal, estaduais e municipais), além dos chamados setores produtivos, o setor
elétrico em primeiro lugar, parecem viver em outro planeta. E vão tocando a
política do “assando e comendo” e, portanto, conduzindo a gestão (ou ausência
dela) das águas do Rio São Francisco como se nada de novo estivesse
acontecendo. Ou seja, faltou chuva, então diminui a vazão a jusante de Três
Marias e de Sobradinho e o resto que se exploda.
SÃO FRANCISCO, A MAIS VULNERÁVEL DE TODAS AS BACIAS
Nos
debates com o setor elétrico e a Agência Nacional de Águas (não cito o IBAMA
porque seus representantes entram e saem praticamente mudos das reuniões), o
Comitê do São Francisco tem postulado a urgência cada vez maior da elaboração e
execução de uma estratégia e construção de uma agenda comum que não somente
promovam uma mudança essencial na matriz energética fundada no uso das águas sanfranciscanas,
como redefinam as premissas capazes de assegurar o princípio legal dos usos
múltiplos dessas águas nas novas condições socioeconômicas e no contexto do
aquecimento global.
O Comitê
já pontuou diversas vezes que a Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco é,
dentre as grandes bacias do país, a mais vulnerável de todas, uma obviedade que
poderia parecer ululante, mas não é. E não o é porque os gestores de suas águas
não o saibam. Não é porque aceitar essa premissa implicaria em mudanças de
fundo na gestão de suas águas e no gerenciamento do sistema hidrelétrico no
Brasil. Ocorre, no entanto, que o poder público é sempre refratário às mudanças
e sempre receptivo às inclinações conservadoras e imediatistas de sua
contraface, o poder econômico, tudo isso coroado com a passividade da sociedade
civil. Afinal, bastaria o fato do Rio São Francisco atravessar uma área de 1
milhão de quilômetros quadrados de semi-árido para lhe emprestar essa condição
e colocar a sua vulnerabilidade como premissa básica para definição de todas as
políticas públicas, atividades e investimentos públicos e privados em sua área.
Infelizmente isso não acontece.
O Comitê
e demais atores desse cenário estão examinando a minuta à luz dos novos eventos
da estiagem prolongada que atinge inclusive o reservatório de Três Marias, em
Minas Gerais, de forma dramática. Além disso, o Comitê também estuda as
condicionantes que deve solicitar para aceitação dessas novas regras, dentre as
quais a prática de vazões aumentadas (cheias artificiais controladas) quando
dos períodos favoráveis em termos climáticos, regras claras para compensação
dos demais usos múltiplos das águas quando da redução drástica das vazões,
ações de recuperação hidro ambiental e planejamento dos espaços ribeirinhos e
perímetros de inundação, dentre outras de alcance muito maior como a
diversificação da matriz energética na Bacia do São Francisco através da
efetiva implementação de fontes alternativas de geração de energia eólica,
solar, da biomassa e outras passíveis de utilização capaz de diminuir a
situação crítica da produção de energia hidrelétrica a partir das águas do São
Francisco.
PACTO DAS ÁGUAS: UM FREIO DE ARRUMAÇÃO
Hoje o
que ainda predomina em nosso país é a lógica da gestão das águas pelo viés do
seu consumo e não de sua “produção” ou uso racional. Fiéis a essa cultura os
beneficiários (reais ou potenciais) das águas do Rio São Francisco (Estados,
municípios, hidrelétricas, projetos de irrigação, companhias de abastecimento
de água, mineradoras, indústrias dos mais variados portes, companhias de
navegação) continuam a demandá-las crescentemente, mas sem muita preocupação
com o seu balanço hídrico.
Ademais
de Alagoas, com o seu Canal do Sertão já vertendo água nos trechos iniciais,
Sergipe se prepara para construir o Canal de Xingó, a Bahia tomas medidas para
executar o Canal Sul, Pernambuco prossegue construindo o Canal do Pajeú, tudo
isso sem falar nas transposições, porque agora, além dos eixos Norte e Leste do
Projeto da Transposição das águas do São Francisco para as bacias hidrográficas
do Nordeste Setentrional (Ceará, Rio Grande do Norte, Paraíba e Pernambuco), o
governo do Piauí e o Ministério da Integração já anunciaram a intenção futura
de uma nova transposição que levaria água do Lago de Sobradinho (o mesmo que
até recentemente apresentou situação crítica) para o Estado do Piauí.
Todas essas demandas ocorrem em contexto onde
o sistema de outorgas pelo direito de uso das águas – o único capaz de
dimensionar e controlar racionalmente esse uso – ainda não foi nem completa, nem
satisfatoriamente implantado, perdido que está em legislação que deu tanto à
União, nos rios federais, quanto aos estados (estes últimos nas bacias
localizadas em um único território estadual) o direito de conceder essas
outorgas compondo um universo caótico onde ninguém tem uma ideia clara daquilo
que o outro está outorgando.
Na Bacia
Hidrográfica do Rio São Francisco a revisão das outorgas concedidas pela União
na calha do São Francisco e, nos seus rios afluentes, liberadas pelos Estados
que têm parte de seu território nessa bacia (Alagoas, Sergipe, Pernambuco,
Bahia, Minas Gerais e Goiás, além do Distrito Federal), precisa ser urgentemente empreendida para
evitar, em futuro próximo, que as sementes de grandes conflitos pelo uso da
água germinem e tornem o panorama já preocupante, ainda mais sombrio.
Debruçado
sobre esse cenário de um futuro que já se anuncia fortemente, o Comitê do São
Francisco tem como uma das suas principais missões construir o Pacto das Águas
entre todos os usuários de sua bacia hidrográfica, uma tarefa de enorme
complexidade, mas absolutamente necessária se quisermos sonhar com a tão
badalada, mas pouco entendida e praticada sustentabilidade do desenvolvimento
na região.
Esse
pacto deve começar, como já demos a entender, pela redefinição das relações
entre os usos do setor hidrelétrico, hegemônico, e os demais usos múltiplos das
águas do Velho Chico. Entretanto, no contexto dos afluentes e da bacia como um
todo, outras pactuações devem evoluir paralelamente, sobretudo quando se trata
da agricultura irrigada e suas relações com a saúde dos aquíferos, o
abastecimento humano e o equilíbrio ambiental dos ecossistemas. Em áreas de
grande uso intensivo das águas subterrâneas como, por exemplo, o Oeste da
Bahia, e em bacias onde esse uso desenfreado já vem causando desastres
ambientais, como é o caso de trechos das bacias dos rios Verde e Jacaré, também
na Bahia, a imperiosidade do pacto já bateu às portas há muito tempo.
Essa
urgência em pactuar os usos da água na Bacia Hidrográfica não se faz somente em
decorrência do aumento da demanda das águas e de seus conflitos, do agravamento
das condições climáticas desfavoráveis ou do crescimento assustador da
degradação ambiental. Impõe-se também como medida racional de planejamento para
evitar a perda de investimentos, superposição ou paralelismo de ações, crescimento insustentável da economia, uso
irracional da água.
Como, por
exemplo, pensar em gastar bilhões de reais na implantação do Corredor
Multimodal de Transportes, cujo eixo principal será a hidrovia do São Francisco,
sem antes assegurar a vazão minimamente necessária capaz de garantir sem
sobressaltos e interrupções a navegação fluvial de grande porte?
A REVISÃO DO PLANO DIRETOR
Os
Comitês de Bacias Hidrográficas foram criados no Brasil para funcionar como a
base da pirâmide que compõe o Sistema Nacional de Recursos Hídricos (SNRH). A
eles cabe, por lei, não somente aprovar os Planos Diretores de Gestão das Águas
em suas bacias respectivas, como também servir de primeira instância para o
tratamento dos conflitos de uso da água.
Baseado
nessas prerrogativas legais, o Comitê do São Francisco prepara-se neste ano de
2014 para fazer a revisão do Plano Diretor de Recursos Hídricos de sua bacia
hidrográfica. Será uma ação de grande envergadura, mas de fundamental
importância para fazer, de forma democrática e participativa, o diagnóstico
atualizado dos problemas, dos conflitos, das oportunidades e das perspectivas
de desenvolvimento na região do São Francisco e dos seus afluentes.
A revisão
do Plano Diretor será passo fundamental para dar suporte ao Pacto das Águas. Um
pacto que não pode mais demorar porque o governo federal, os Estados, os
municípios, a indústria, a agricultura, a sociedade civil, a academia e a
comunidade ambientalista da Bacia Hidrográfica do Rio São Francisco precisam
construir os consensos da sustentabilidade do desenvolvimento antes que os
dilemas e os conflitos pelo uso das águas sanfranciscanas se sobreponham aos
ainda possíveis caminhos da cooperação e da gestão responsável e racional das
águas. Afinal, são águas que não podem, nem devem secar, jamais!
Belo e complexo texto do Anivaldo, grande professor. O que quer que aconteça na gestão das águas do Rio São Francisco será modelo para tudo o que acontecer, daqui pra frente, no Brasil.
ResponderExcluirAlceu Amoroso Lima disse, sobre o Rio São Francisco: “Do Nordeste prá Minas, corre um eixo, que não por acaso, segue o curso do São Francico, o rio da unidade nacional. A esse eixo, o Brasil tem que voltar de vez em quando, se não quiser se esquecer de que é Brasil”. (ouvido num vídeo do Ariano Suassuna)
Deve ser respeitados as leis ecológicas, pois isso é uma afronta ao rio, não acho bonito fazer coisas de cunho religiosas pago por todos, inclusive cristãos evangélicos e outros que não são para beneficiar uma parcela de pessoas que seguem uma religião, então os maçons podem criar sua imagem lá e os cofre públicos pagarem com os impostos, talvez o dinheiro deveria ir para uma escola, merenda e saúde. os rios e as ilhas pertencem a marinha, deveria perguntar para marinha se ela deu licença para fazer está obra lá, se é uma obra artística deveria ir ao museu. ao estar no lugar certo., se os maçons fizerem imagens lá vão colocar a IMAGEM DO BAPHOMED lá também??????ou pirâmide no rio.depende do prefeito e sua religião?????????que ganhar a eleição, -quem pagou??????????
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