Maceió: o sumiço de uma Igreja deixou apenas uma praça para a santa: Praça de Santa Rita
Domingo, 5 de fevereiro de 2012 foi a data da publicação mas estas fotos são de 2004. Sempre tive um projeto de deixar imagens de Alagoas e especialmente de Maceió, para um pesquisador que venha no futuro.
Tenho as imagens, mais ou menos, uns 14 anos e tenho, em outro material, insuflado alguém no futuro para que compare em 2050 e 3000 e se aparecer um mais apressado, que vá fazendo naturalmente, antes e quando bem desejar.
Eu pegava um carro, saía aleatoriamente e fotografava de 10 em 10 segundos. São inúmeros discos com fotografias e mesmo com filmetes. Temos aqui, algumas cenas da Praça da Santa Rita sem a velha Igreja.
Numa destas saídas para fotografar, fiquei pensando o que seria o antigo de uma cidade e como se traduziria isto em marca de anos, o tempo cronológico. Com abordaria isto nas minhas aulas? Comecei a achar que era um terreno muito do minado. Pensei então sobre o que me satisfaria, uma constatação da seguinte ordem: antigo é o que evoco. Senti que ficava algo em aberto e gostei disto. Eu daria primado sobre a minha evocação e assim, o meu próprio passado imporia evidências. Eu poderia estar diante de um castelo medieval e ele não me trazer evocações e, neste sentido, a sua objetividade faria com que o antigo estaria bem mais relacionado a ele do que a mim.
Perna pro ar que ninguém é de ferro. Julguei que era suficiente para ver muitos lugares e a Santa Rita era um deles, que existia para mim, bem antes de acontecer um desabamento de uma Igreja a ela dedicada.
Eu sempre fui fascinados por estas casas. Elas realmente fazem parte do traçado o meu Maceió antigo; elas e o vazio de uma Igreja.
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