Carta ao professor Sávio
Sou o primogênito de uma família de mais 3 irmãos, além de meu pai (falecido), ex-mecânico, e minha mãe, ex-professora do 1o. grau de uma colônia de pescadores, em Maceió, cidade onde nasci.
Formei-me em jornalismo, trabalhando quase 24 anos na profissão. Fiz mestrado em Cibercultura. Sou produtor cultural. Dou aulas de cinema, em graduação. Crio gatos siameses e plantas.
Carta ao professor Sávio
Querido professor
Sávio,
Bom dia. De antemão, quero agradecer pelo convite. O presente texto
é uma mera carta. Está muito fragmentada. Mas vou deixar assim. Desculpe. Nela
exponho dúvidas sobre quais temas posso abordar num futuro artigo, a seu
pedido, sobre minha geração da pré-abertura política: desde porralouquice ao
marxismo. Sobre seu convite,
tive tantas dúvidas que, antes de te enviar o artigo (espero que consiga
escrevê-lo e não te decepcionar!), queria fazer uma consulta. Por isso essa
carta com algumas idéias.
Vamos lá.
Mais do que escrever, me fez pensar sobre alguns aspectos
de minha vida, quando você era meu professor e eu, além de estudante, um jovem
cheio de certezas, como todo jovem – na verdade, certezas imprecisas (hoje sei
disso claramente): algumas vão se precisando, outras se enevoando até sumirem,
dando lugar para as dúvidas. Hoje, considero a dúvida um instrumento importante
na vida. Concorda?
Um dos temas que pensei foi a decisão sobre a profissão,
que universidade fazer… Essa foi uma dúvida rara à epoca. Fui fazer Letras,
porque simplesmente gostava de poesia. Só por isso? Acho que não. Minha mãe, sempre dedicada à
educação, foi certamente minha principal
influência profissional na educação. Vim de uma família pobre, mas tenho
lembranças fortes de meus pais fazendo esforços para manter seus filhos nas
melhores escolas. Acho que aí criou-se subliminarmente uma cobrança de um futuro,
por um presente investido.
Na escolar mais rica que meu mundo onde pude experimentar
minha timidez, nos convivios com os colegas. Acho que a timidez coloca a pessoa
num contexto de desconforto sempre, frente às situações de sociabilidade, mas
elege o desconfortado – eu - como um observador, onde as imagens ganham
importância, mais do que a fala. Entendo que daí surge a minha relação com a
imagem, não ainda como Arte, mas como interface com/para a vida. Era um
observador, mais silencioso, tímido mesmo. Mas sempre me achei inteligente,
pensando e sabendo das coisas. O mundo
era um mundo de imagens, que eu via e pensava, sem grandes reações. Será que
daí vem meu gosto por cinema? Mas também gostava de música. E não lembro, na
minha casa, de música nem idas ao cinema. Talvez minha mãe cantando algumas
canções de Angela Maria. Se minha timidez me levou a prestar atenção nas
imagens de forma mais intense, talvez – e creio que daí o cinema,… e a música?
- essa nunca consegui localizar seu marco histórico em minha formação – se é
que precisamos saber disso. Um fato me volta à mente: quando tinha 15, 16 ou 17
anos quis estudar piano clássico (algo então já havia me despertado para a
música, antes – o quê, quando? E por que piano? E por que clássico?). Tive
aulas por alguns meses até descobrir que piano era um instrumento caríssimo,
inacessível para mim e minha família. Desisti. De minha família, como consolo,
ganhei um violão, o que só constatou a impossibilidade de ter o piano,
acentuando o desconsolo e me afastando do instrumento violão.
Voltando ao curso de Letras….faltando apenas um semestre
para concluir esse curso, decidi abandoná-lo – certo e cheio de argumentos
(contra minha mãe), de que estudar e fazer Jornalismo era mudar o mundo com as
palavras. Eu queria mudar o mundo. E decidi abandonar os estudos de literatura. Achei que
jornalismo era direto e eficaz na construção do novo mundo. Ele formaria opinião
e eu acreditava que tinha muita coisa para dizer. Empolgado com o Jornalismo,
entrei na Ufal em 79 - 18 anos - e no ano seguinte já era estagiário do A
Tribuna de Alagoas. Estava feliz, mas sob impacto! De poesia e contos, da literatura,
meu estágio (o meu jornalismo na prática) era fazer a “ronda policial”: era repórter
de polícia, coletando cedinho nas delegacias o que restou da noite
(assassinatos, prisões, agressões com armas brancas, brigas em família…). Da
utopia do jornalismo que muda o mundo fui direto para um mundo nada poético. Saí
da ronda policial e recebi pautas onde poderia entrevistar. Lembro que fiquei
impactado por entrevistar um advogado (já não sei seu nome) no final dos anos
70 (79, 80, 81?), em Maceió, e na semana seguinte ele foi assassinado. Era um
defensor dos direitos humanos. Fui obrigado aí a conviver com esse marco em
minha vida. Jornalismo muda o mundo? Hmmm. Estávamos saindo de uma ditadura.
Era clima de pré-abertura. Mas ainda havia muita tensão social e os antigos
poderes ainda cheios de forças. Fui observar outras formas de luta, além da
frágil palavra do jornalismo, e descobri o movimento estudantil, o teatro
engajado e o cineclubismo.
Era quase obrigação estar envolvido com tudo isso. Ser um
jovem “alienado” era inadmissível com tantas lutas pela transformação social te
convocando.
Do movimento estudantil, tenho recordações muito fortes.
Nele aprendi a olhar para adiante, encarar o mundo duro de frente, cercado de
amigos-companheiros de luta, que serviam como um amparo, uma confraria, uma
cultura do afeto - porque acreditávamos, em meio a tantas divergencias
ideológicas, acreditávamos no mesmo fim, que era criar um mundo melhor.
Comunista. Onde todos teriam liberdade e dignidade. O afeto se dava por aí. E
por aí seguimos. Lembro de Ana Áurea, aluna de engenharia e lider estudantil.
Eu achava Ana uma grande mulher. E era. Lutava pelos direitos dos outros e por
um mundo melhor. Me aproximei dela. Me tornei amigo e militamos juntos no DCE,
UEE… Não sei se essa experiencia de movimento estudantil te interessaria.
E arte? Como sempre gostei de arte, fui atuar no TUA[1],
em uma peça de Guarniere, dirigida por Cláudio Barradas e Dário Bernardes, “Ponto
de Partida”, lembra? O TUA é um bom
tema? Foi uma experiência incrível para todo o grupo – uns 12 atores amadores,
acho. Vivi aí a polaridade quase desencontrada da militancia dura,
semi-clandestina de partidos ainda clandestinos, com algo de arte, que se
centra na sensibilidade, no coração, e não na dureza da espada cerebral, da
ideologia partidária. Era um grupo de 15 pessoas. Todos militantes. Todos
também artistas do teatro engajado. Me vem à cabeça o Paulo Poeta e Jorge
Barbosa. Dois amigos do TUA, se formando como atores principais. Eu era apenas
um ator secudário, talvez terciário! rsrsr. Com a peça, fomos até Porto Alegre,
de onibus (!), apresentá-la em algum teatro. Um jornal local, à epoca, nos
elegeu entre as 10 melhores do ano – o que é um dado bom J para uns atores amadores. Lembro de Paulo
Poeta, um dos atores principais da peça, pedindo desculpas ao público gaucho
por estar afônico. Ele se desculpava e a plateia riu, com a ingênua sinceridade
do ator nordestino. Uma forte cena sua era cantar. E rouco? Lembro que Paulo
Poeta cantou lindamente, emocionando a platéia que aplaudiu em cena aberta.
Essa imagem eu tenho, aqui no cantinho do meu coração. Porque o ingênuo pedido
de desculpas mostrou-se como um ato grandioso de afeto com o outro. A arte nos
faz assim. Hoje sou muito, mas muito agradecido à vida por meu envolvimento com
arte.
Vou inserir a letra aqui da peça, só para remeter ao clima
da MPB da época. Metáforas e metáforas a favor das utopias.
Ponto de Partida (Sérgio Ricardo)
Não tenho para a cabeça
Somente o verso brejeiro,
Rimo no chão da senzala
Quilombo com cativeiro
Não tenho para o coração
Somente o ar da montanha
Tenho a planície espinheira
Com mãos de sangue e façanha
Não tenho para o ouvido
Somente o rumor do vento
Tenho gemidos e prece,
Rompantes e contratempos
Tenho pra minha vida
A busca como medida,
O encontro como chegada
E como ponto de partida
Não tenho para o meu olho
Apenas o sol nascente,
Tenho a mim mesmo no espelho
Dos olhos de toda gente
Não tenho para o meu nariz
Somente incenso ou aroma
Tenho este mundo matadouro
De peixe, boi, ave e homem
Não tenho pra minha boca
Sagrados pães tão somente
Tenho vogal, consoante
Uma palavra entre dente
Tenho pra minha vida
A busca como medida,
O encontro como chegada
E como ponto de partida
Não tenho para o meu braço
Apenas o corpo amado
E assim sendo o descruzo
Na rédea, no remo e no fardo
Não tenho para a minha mão
Somente acenos e palmas
Tenho gatilhos e tambores
Teclados, cordas e calos
Não tenho para o meu pé
Somente o rumo traçado
Tenho improviso no passo
E caminho pra todo lado.
Tenho pra minha vida
A busca como medida,
O encontro como chegada
E como ponto de partida.
Não tenho para a cabeça
Somente o verso brejeiro,
Rimo no chão da senzala
Quilombo com cativeiro
Não tenho para o coração
Somente o ar da montanha
Tenho a planície espinheira
Com mãos de sangue e façanha
Não tenho para o ouvido
Somente o rumor do vento
Tenho gemidos e prece,
Rompantes e contratempos
Tenho pra minha vida
A busca como medida,
O encontro como chegada
E como ponto de partida
Não tenho para o meu olho
Apenas o sol nascente,
Tenho a mim mesmo no espelho
Dos olhos de toda gente
Não tenho para o meu nariz
Somente incenso ou aroma
Tenho este mundo matadouro
De peixe, boi, ave e homem
Não tenho pra minha boca
Sagrados pães tão somente
Tenho vogal, consoante
Uma palavra entre dente
Tenho pra minha vida
A busca como medida,
O encontro como chegada
E como ponto de partida
Não tenho para o meu braço
Apenas o corpo amado
E assim sendo o descruzo
Na rédea, no remo e no fardo
Não tenho para a minha mão
Somente acenos e palmas
Tenho gatilhos e tambores
Teclados, cordas e calos
Não tenho para o meu pé
Somente o rumo traçado
Tenho improviso no passo
E caminho pra todo lado.
Tenho pra minha vida
A busca como medida,
O encontro como chegada
E como ponto de partida.
Desde o teatro engajado, nos anos 80. Das experiencias de leitura sobre
o teatro do oprimido de Augusto Boal. Sobre o teatro invísivel…Ou cinema e
militância. Minha paixão mesmo era o cineclubismo. Do TUA, criamos um núcleo
dedicado ao cinema. Criamos o Cineclube Jofre Soares. O primeiro de Alagoas.
Acho que em 1982, 83…? Eram filmes de 16 milímetros, da Dinafilmes, em sua
maioria bem estragados, que estouravam durante a sessão, projetados em lençóis
brancos, como tela improvisada e projetor emprestado do senhor Assunção, pai de
meu amigo Vinícus, também ator do Tua. Sr Assunção, aposentado do BB se juntar
a nós, jovens, e foi uma figura de extrema importancia para o Cineclube. Cinéfilo,
levou para o grupo mais maturidade no trato com a tecnologia. Cuidadoso,
revisava os filmes, corrigindo emendas mal feitas e melhorando a qualidade de
nossas projeções. Nesse período, a censura ainda insistia em existir. Lembro
que – umas, duas vezes - tive que me explicar na Polícia Federal porque esse filme ou aquele outro. Bobagem.
Quanto mais emoção…E Filme de arte era alienação! Éramos tão radicais! Na
programação só ficção e documentários engajados, que falavam de revolução e
greve. Tão radicais que mudamos o nome de cineclube Jofre Soares para Cineclube
de Alagoas – alguem nos soprou que o ator alagoano Jofre Soares havia dado
algum depoimento em favor da ditadura em algum jornal. Uma besteira e acho que
até mentirosa. Mas convencer um jovem a ponderar é dificil… Coitado de Jofre. Lembro
agora de duas frases cruéis sobre a juventude. Uma do Goethe que diz que a
juventude é “a embriaguez sem vinho” e, a outra, terrível, de George Shaw: “a juventude é uma coisa
maravilhosa. Que pena desperdiçá-la em jovens”.
Eu também era um
jovem embriagado por certezas. Acho que o contexto de época era duro demais. Era
a geração dos anos 70. O povo dos anos 60 já tinha aprontado pra caramba com a
vida rock and roll. Os nossos anos de jovens era uma continuação disso aí, só
que aprontar era politicamente perigoso. Havia tortura, morte, militancias,
decisões sobre sexualidade, alienação, partidos radicais de direita e de
esquerda. Tinhamos que decidir, e cheios de certeza. Ou ficar alienados, ausentes de opinião e
posição, duramente criticado. Isso não podia. Acho que essa dureza nos obrigava
a ser exatamente uma coisa ou outra e afinar a certeza sobre o que ser. Estar
no meio campo, se buscar, não se definir, era impensável, coisa de porralouca.
Sávio, vou pedir
licença e recuperar uma citação de LC Maciel[2]
sobre essa juventude 60/70: “queríamos mudar o mundo, era a nossa questão
básica; mais: tínhamos a certeza de que isso ia acontecer (...) Não nos passava
pela cabeça que o ser humano pudesse passar seu tempo de vida sobre a terra,
alheio aos problemas sociais e políticos; esta era para nós a pior das
alienações. Foi assim que, nos anos 60, produziu-se uma arte política, uma
cultura voltada para a questão social. Muitos da geração comprometeram suas
vidas com a política e seu modo específico de encarar a realidade”. Era bem por
aí. E nem era sacrifício. Era a vida.
Mas os porraloucas
existiam e não estavam nem aí. E deveriam nos olhar – os militantes, ativistas
– como uns sem-noção para o mundo livre “deles”, como uns perdedores de tempo -
nós.
Que acha, Sávio,
será que perdemos tempo, se comparado com as outras gerações? Será que
construimos alguma coisa? Será que nos formamos moralmente nisso que fomos?
Crise depois de tantos anos, …. rsrsrs.
É que tenho achado esse
mundo mais difícil, hoje em dia. Os acontecimentos tem sido muito duros, nesses
últimos 10, 20 anos, não? Talvez haja um tema aí: discutir o afeto nos tempos.
Quase não há mais espaço para a pureza, a cordialidade, o afeto mesmo. Isso se
dá hoje num raio bem restrito, ainda bem, entre amigos íntimos e olhe lá! Mas
antes – sim, estou sendo saudosista – a pureza, a cordialidade, o afeto
aconteciam além da intimidade. Parece que hoje nem cabe por afeto. Julgar o
outro, antes de entende-lo, é mais presente. Mais que julgar, condena-se antes.
Os tempos estão assim. O escritor Rainer Rilke falava que tudo “aquilo em que ponho afeto fica mais rico e me devora”. Essa
frase não ficou distante? Não deixei de acreditar nesse valores bacanas. Acho
que gentileza gera gentileza, sim, mas o espaço do mundo está curto para isso.
Veja como a morte pela violência boba se tornou pouco escandalosa. Não nos
assusta mais? No máximo se transforma num viral em redes telemáticas? O lema
paz e amor é, então, uma ingenuidade? E toda a militância desde os sutiãs
rasgados, o black is beautiful, as crenças e religiões orientais, os incensos,
a saudade, a falta, a poesia, a mente aberta, a busca. “A mente que se abre a
uma nova idéia jamais voltará ao seu tamanho original”, hein, Albert Einstein?
“Um coração aberto é uma mente aberta”, hein, Dalai Lama?
O coracao está bem fechado? A mente fechou? A mente está bem menor
que seu tamanho original?
Baixei o astral, né?
Bom, posso escrever
sobre meu professors. Tive professores fantásticos! Lembro de uma aula sua, de
antropologia, embaixo de uma árvore, à tarde, no centro de humanidades e letras
da Ufal. Aquilo eu gostava. Combinava com estar livre, com ser militante.
Queria voltar à arte,
aqui, de novo.
Uma dádiva de
minha experiencia como jovem: nao enveredei pelo mundo da política partidária,
após a militancia estudantil. Vi tantos ex-companheiros de luta se
transformarem em oportunistas, após anos. Coisa horrível! Acho que a arte e o
jornalismo me puxaram para outra direção. Ainda bem.
De arte, voltando,
falo lembrando de minha paixão por música, além de cinema. Na minha trajetória
pessoal e profissional a arte sempre esteve presente (sou um felizardo!) e
dessa forma, penso, me construi como pessoa aberta à essa maravilha. Por conta
da arte, retomei a conexão com amigos de longas datas. Um símbolo dessa época
era o Clube da Esquina, músicas de referência para essa geração.
A propósito, no
período de militância, Coca-cola e rock eram imperialismo cultural. Então, viva a MPB. Em algum momento me desfiz
de minha coleção de rock, que havia acumulado desde o primeiro baseado, ainda
na escolar de segundo grau.
Ainda bem que
fumei um baseado. E, como disse a atriz Maitê Proença, citada na internet (como
se a internet fosse a fonte e confiável), “gente da minha geração que diz que
não foi drogado, ou está mentindo ou era pouco curioso.”
Ao fumar esse
baseado, tudo mudou. Fui ouvir rock progressivo. Rick Wakeman, Yes, Genesis. O
psicodelismo do Pink Floyd, o hard rock de Led Zeppelin. As bandas básicas
daquela juventude. Nunca fui muito de Joplin. Achava um chororô, uma gritaria.
Nem os longos solos de Hendrix. Sempre procurava o peso de Deep Purple. Meus
cabelos cresceram. Mas isso foi antes de tudo, após o segundo grau.
Rock and roll,
depois militância, depois arte engajada, arte, produçao cultural, esoterismo e
rock de novo.
Como fui perdendo
a identificação com a militância, após a consolidação da abertura política, fui
me envolvendo com produção cultural. Voltei a ler poesia. Esqueci o
Marxismo-Leninismo. Descobri o Tarot, o I ching, a astrologia. Parece que tinha
voltado aos anos 60. Ou reiniciado o ciclo. Tá tudo bem. Mas o mundo precisa
melhorar. Não é ficar limpo, puro. Mas melhorar.
É isso.
Tá uma confusão
essa carta, hein? Rsrsrs
Me diga…
Um abração,
Sávio!
Seu ex-luno e
amigo Cláudio Manoel[3]
[1] TUA – Teatro
Universitário de Alagoas, fechado pela ditadura e reconstruído em 1979 pelo
movimento estudantil.
Nenhum comentário:
Postar um comentário