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O objetivo desta dissertação é realizar, com base numa pesquisa bibliográfica, um estudo do processo de privatização/mercantilização da educação superior brasileira, no contexto do sistema do capital e de sua crise estrutural, abrangendo o período que vai da ditadura militar, até o atual momento, quando se desenvolve a reforma universitária sob o governo Lula da Silva. No sentido da concretização deste objetivo foi realizado, preliminarmente, um estudo, sobre a relação-capital que é a matriz da sociedade burguesa, cuja tendência é transformar tudo em mercadoria, em seguida foi realizada uma análise da crise estrutural do capital que tem propiciado sua invasão em várias áreas da sociedade, anteriormente não organizadas segundo a sua lógica, como a área da educação superior, como também das estratégias construídas pelos representantes do capital para enfrentar a crise que intensificaram a exploração do trabalhador e contribuíram para a redução do campo público e a preponderância do campo privado, inclusive na educação superior, impondo o acirramento das desigualdades nesta área. O referencial teórico-metodológico adotado foi o marxiano, o que permitiu a apreensão não superficial do objeto investigado. O processo lento e gradual da privatização/mercantilização da educação superior brasileira, que se expandiu de forma expressiva no período da ditadura militar, vem se aprofundando a cada governo, sob a influência das agências multilaterais, principalmente, do Banco Mundial, com o aval do Estado, que através de várias ações e medidas legislativas, vem contribuindo para o agravamento desse processo. A capacidade civilizatória do capital se esgotou. As reformas realizadas só tendem a agravar a situação da maioria da humanidade, o que se verifica também no campo da educação, particularmente, no nível superior. A superação dessa situação, da crise estrutural que atinge todas as esferas da vida social, só acontecerá com a instauração de outra forma histórica de produção e reprodução social, o que requer a extinção do capital, do Estado e do trabalho alienado. | ||
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