Todos
os dias passo pelas calçadas e fico vendo o quanto é imenso e complexo o mundo das
praias. Fotografo para documentar, deixar registrado parte deste mundo
complexo, que se divide em inúmeros e
invisíveis caminhos. Quem sabe um dia, tenho condições de escrever alguma
sobre o que existe por baixo da terra e por baixo das águas? Escrever desde a
geografia escrita pelos seculares dias de pesca até a vida do pobre que
se arrasta pelas ruas e pelas calçadas, às vezes dormindo no chão, às vezes
pedindo a serventia de uma bolacha.
A pequena amendoeira a tudo desafia, fina como um cambito, segura em quase nada, ainda não caiu e foi crescendo assim. É uma árvore gente.
Esta é uma das áreas mais lindas de Maceió; sempre andei nas pedras que estão submersas; via os peixes, comia ouriço cru com conhaque, andava dentro dos currais, mergulhava horas procurando as coisas lindas, dava comida aos peixes, faltava-me de vida e voltava para a casa. Conheço pedaço por pedaço, siri por siri.
Uma outra pequena amendoeira fica olhando o homem arrumar a varanda da praia para quem desejar alugar um espaço. Ela não lhe dá sombra.
Aí estão a batata frita e o espetinho. Ele está limpando a areia. Sujo, o negócio não prospera!
Curti muito seus passeios poéticos pelas praias de Maceió. Grande abraço!
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