Translation

segunda-feira, 5 de março de 2018

O movimento da raíz: memória e permanências dos momentos inusitados

Ana Amélia é filha do tio João e da Tia Maria, nascida no Rio de Janeiro, casada com Guaracy e  moradora em Valença, naquele mesmo Estado para onde foi Tio João viver em um sítio, talvez para matar as saudades de suas raízes no Matão e na Bananeira da Boca da Mata. 
Viveu e vive, a Ana Amélia, o mesmo destino do pai, pois, por opção é nascida aqui nas Alagoas e extremamente afeiçoada a uma  família que vê de tempos em tempos. Recentemente, esteve entre nós, agora acompanhada pelo Guaracy e veio não somente para matar saudades e sim, também, para encontrar-se nesta saudade e nas maravilhas de recordação que ela contém.
E apois veio e apois foi, mas a persistência da necessidade da raiz fez com que anotasse, escrevesse, desejasse comunicar um pouco do que foi sua visão e sentimentos nas Alagoas, terra de avós de longo costado nos mundo de boca de mata e também de tabuleiro. 

Hoje estamos colocando seus escritos em nosso blog, com muita honra e agradecimento por ter decidido partilhar cantos de sua alma que nunca a largam neste mundo, vasto mundo por sinal, que nos legou o poeta.


Ana Amélia no Matão

MATÃO DA BOA VISTA

Ana Amélia
 
JANEIRO 1958


TENDA DO VOVÔ NÉ


               Um cheiro bom de creolina, ferragens, cacos de coco...

               “Vovô o que é aquilo pendurado no teto?”
               (Nos caibros morcegos “olhando” o mundo de cabeça para baixo).
               Nunca entendi uma palavra do meu avô. Ele gungunou alguma coisa, continuou botando um pau na enxada e eu saí...
               Tínhamos feito cavalos de pau, eu, Gué e Ué com pau de cerca e um barbante sujo. Cavalgamos até a casa de farinha.
               Era fria e cheirosa. Gostava de ver o fuso e passar a mão nele.
               Sou e sempre fui tátil e olorosa. Cheiros são marcantes.
               Tiros!!!!
               Voltei sozinha cavalgando pra casa da fazenda. No caminho meu Vô Né estendeu uma lata com alguma coisa dentro e sem dizer uma palavra virou-se e foi.
               Eram os morcegos que ele abatera a tiros para a neta carioca, citadina e prisioneira de um apartamento.
               Passei a mão nos bichos. Eram macios, quentes e bem bonitinhos. Levei pra casa e mostrei para o papai. Ele mandou eu jogar nos fundos da casa onde ficava o pomar e os porcos.
               Papai cagava ali e os porcos comiam. AFFF eu ficava admirada...


BODES, CABRAS, CABRITOS E VACAS

                       Meu vô escovava os dentes numa pia na varanda com juá. Amargo... Eu ficava olhando admirada... Magrinho, cara encovada, testa larga cheirando a suor e creolina. Pra tudo usava creolina: cortes, machucados, sem falar que tomava com água. Acho que por isso cheirava a creolina. Adoro o cheiro dela.

               Gungunou algo e me pegou pela mão levando até o cabrital.

               Fiquei acocorada pois tinha visto ele fazer aquilo, esperando... Ele veio com um cabritinho novo e colocou nos meus braços.

               Lindeza...

            Ele me deu duas vacas: Camponeza e Tiroleza. Uma virou uma máquina de escrever Wonderood e a outra um mimeógrafo Olivette.


O engenho Bananeiras
 O AÇUDE, A CACIMBA E OS PENICOS


               Descíamos uma escada desgovernada para chegar ao açude que diziam ter um jacaré. Ao lado a cacimba. Como era bom tomar banhos lá!

               Um dia tio Propício, Papai e Vovô secaram o açude o miseravi apareceu. Meu tio Propício matou.
               Vixe que gritaria!
              Cagávamos e mijávamos em penicos. Eu achava o máximo.
               Não havia luz elétrica e o cheiro dos lampiões, placas enchia o ar de luz e as ventas ficavam pretas por dentro.


COMILANÇA


               Café da manhã todos a mesa: cuscuz, inhame, leite de vaca, café, nata, mingau pro Vovô, ovos fritos e charque.

               “Loló pra mim: quer mais um ovinho? Sim! Vinham quatro”.
         Eu empanturrava: cuscuz com ovo, não gostava de por leite e charque.
      Almoço e café da noite: a primeira mesa era dos homens e a segunda das mulheres. Que esquisito!
Meu Vô chamava mamãe para sentar ao seu lado.
A pivetada comia na mesa das mulheres: Ai meus sais! Que cabrito! Que charque!
Jacas, cajus, pitomba que a Quequé trazia pra mim. Eu e Gué assávamos as castanhas e ficávamos imundos da seiva que chiava na fogueira. Como cheirava bem!!!
      A jaqueira enorme, frondosa, com aquele perfume de jaca madura e jaca podre. Papai abria, passava gordura e tirava os bagos.
     Gosto da jaca dura, a mole só serve pra doce. Parece chiclete.

QUATRO DA TARDE

               Vovô sentava num banco enorme na varanda e pegava as canas que deixava descansar sob uma cama patente no quarto de pagar os empregados. Cortava em roletes e distribuía. Um mel... Fazia palitos pros dentes de pau rosa com seu canivete. Tenho até hoje.
           Que ninguém me ouça mas os melhores doces eram os da titia Guió: Nego bom, caju cristalizado, laranja de cidra, doce de jaca...
         E a galinha a molho pardo? E o cheiro de cominho e coentro...


LOLÓ UM CAUSO A PARTE


               Era irmã da Vovó Zezinha. Miúda, branquinha, suave, prendada e cheia de temor a Deus.

               Puxava o terço e cuidava da capela do Matão. Tocava o sino que Papai levara para a capela num avião da Panair do Brasil. Precioso!
               Acendiam-se as placas. Adultos na sala da frente sentados nos móveis de palhinha austríaca.
               Pivetes na varanda: eu, primos e primas e crianças da fazenda. Começava o terço. De repente risadaria geral. Papai saia da sala e brigava comigo, da mesma forma Titá e Guió com os meninos.
               Começava tudo outra vez. Era um castigo...
               E pedir a benção? Obrigatório. Eu criada no Rio não tinha o hábito. Amei pedí-la. Fazia-o até com o fogão a lenha. Um pagode!!!
               Loló cuidou do vovô até sua morte. Sempre a mesma: segundo o Ué ela não beijava, osculava, era pureza em pessoa. Morreu na casa da Titá: ela, suas flores e seus ovinhos fritos...
               Tenho até hoje um terço que me deu.
               Loló...
               Minha Vó Zezinha na verdade tia e madrasta do meu pai.
             Gostava de vê-la esfregando as mãos no alto da cabeça após as refeições. Era como se abençoasse os alimentos ingeridos, era sua forma de satisfação.
               Falávamos pouco mas um dia vendo um avião passar no céu ela me disse que sempre falava “avião, avião leva minha benção para o meu João”.
               Pouco entrava em seu quarto, por puro respeito e não me lembro dele e nem dos seus móveis.
               Meu pai tinha uma imagem da Sagrada Família que a Loló dizia que a mãe dele, minha vó Eurídice morreu olhando para ela.
               Enterrei-a junto ao peito de papai quando ele morreu...

Carro de boi no Matão
   BATIZADO DO BONECO DE BORRACHA

AS BONECAS DE PANO DA FEIRA

A CASA DE BONECAS DA BETÂNIA
              
                 A menina do Rio ganhara um boneco-bebê no Natal, de borracha. Um luxo! Levou-o para o norte. As crianças de lá enlouqueciam mas a menina amou ganhar da Vó Zézinha bonecas de pano, pequenas, lindamente horrorosas, compradas na feira de Boca da Mata. Esqueceu o boneco. Houve, porém, um batizado do boneco: Gué o Padre, Ué o Padrinho, não me lembro da Madrinha.

               Bolo, guaraná e fogos que meu Vô mandou buscar em Boca da Mata.

               Passamos dias no “Pipiri” e lá estava a prima Betânia. Linda, olhos verdes, quieta, tímida, estranhando a prima carioca, falastrona, sempre correndo.

               Ah!!! A casa de bonecas da Beta. Em alvenaria com portas e janelas. Passava os dias lá com as bonecas e cacos de barro servindo de panelas.

               A solitude da menina do sul voltava se para aquela casinha.

               Se Papai não gritasse eu não saia de lá nem pra comer...

               Gostava de ficar ouvindo tio Propício conversando com Papai. Ele era alto, vermelho e muito carinhoso comigo. Mandava selar um cavalo pra mim e um garoto puxava. Minha Mãe não deixava eu cavalgar sozinha, pois de uma feita sai correndo às risadas sobre o cavalinho... menina endiabrada, “cavala de pau”... Tia Guió comandava a casa, reinava na cozinha, achava engraçado a comilança de lá: café da manhã na copa, junto a cozinha. Almoço num segundo salão e a janta no salão principal.

               Tio Propício sentado à cabeceira da mesa e uma saca de laranjas ao seu lado. Ele descascando pra todo mundo: chupa Maria! Tá doce! 

Vô, Vó e Morenita

TITÁ E OS MENINOS

               Dava sempre um jeito de fugir do Matão. A bagunça na São José era melhor. Dormia com um pijama listrado do Miguel e ele ficava muito zangado, dizendo que não ia usá-lo mais: “pijama que mulher usou”...

               Gué tinha um caminhão de madeira com rodas de rolimã, fez uma estradinha até com meio fio, uma ladeira que terminava num monte de areia.

               Sentávamos assim: Miguel, eu, Manoel e José. Quando ele soltava o carrinho caiamos num monte de areia, sem falar que no meio do caminho Manoel me jogava do caminhão... gritaria, chororô, puxões de cabelo.

               Fogueira + castanha do caju + seiva + chiado. Gostosura! Cheiro bom e todo mundo pintado de preto. Titá zangava. Banho lá fora...

               Adorava Titá. Riso largo, muito alegre. Papai dizia que eu me parecia com ela, no grito, na desobediência, mandona... seria? Tio Chico era alto, muito magro, voz grave, sempre acompanhado de uma cadela branca com pintas pretas. Achava muita graça da Titá chamar o marido “de Seu Chico”...

               Perus por todo o quintal: Glugluglu e eu correndo pra vê-lo gritar. E as “to fraco”? Titá fazia à cabidela para o Papai.

A FEIRA DE BOCA DA MATA

               Domingo ia todo mundo. Que loucura! Que cheiros! Que lindeza!

               Frutas, ervas medicinais, porrões de barro e panelas, especiarias: o cheiro do cominho e da pimenta ardendo as ventas.

               O Açougue era o que mais impressionava: as cabeças dos bois e cabritos com olhos opacos, cobertos de moscas!!!

               E os peixes secos? Manjubas, pissiquira e que tais... Cheirava tudo! Provava tudo!

               E as farinhas? Grossas, finas, branquinhas... feijão de corda, fava, charque...

               Meu Vô parava num lugar e se juntava a outros fazendeiros. Vestia um terno azul.

               Lá vinha eu com as bonequinhas e as panelinhas de barro...

               Até hoje lembro da feira: cheiros, sons, visagens... fiquei muito triste  quando Miroca me disse que com o fechamento da Usina a feira minguara.

               Esqueci: Fomos todos a Cachoeira de Paulo Afonso. Eu olhava para o alto para vê-la... mas só ouvia o ronco. De repente um susto: “Ela era para baixo”. Enorme, violenta, espumante, respinguenta.

               Vi as ruínas de Delmiro Gouveia. A primeira Usina Hidroelétrica. Já destruída. Não me lembro porque.

               Atravessamos por um teleférico duvidoso, todos amedrontados e eu as gargalhadas.

               Sempre radical...
 
Vô, Vó, Loló

JANEIRO DE 1966   

MATÃO DA BOA VISTA

               Chegara a luz elétrica e um banheiro! Progresso!!!

               “Quem tá fumando ai”? (Vovó Zézinha)

               Silêncio...

               Esqueci que as paredes não iam até em cima e que a casa não tinha forro...

               Janelões azuis...

               Todos namoravam e fumavam. Eu, o Dinho, Miguel, Fátima, Manoel, Sonia.

               Eu continuava louca pelos cheiros... fugia para São José.

             Tio Chico tinha uma Rural e o Gué uma lambreta. Até mamãe andou de lambreta.

             Fomos de Rural para Recife visitar o Manoel que fazia faculdade.  Eu levei uma peruca longa. Fui para o quarto que ele morava e me paramentei: Peruca, macaquinho azul e chapéu de turista: um luxo!

         Alguém comprara uma caixa de uvas. O Cheiro invadia a Rural. Mamãe com uma enxaqueca dos diabos. Passamos o dia lá. Na volta mamãe bateu com a cabeça na porta da Rural e a enxaqueca parou, risos...

          As uvas sumiram, ninguém suportava seu perfume pungente naquele calor.

        Lembro que todos usavam sabonete da Phebo: odor de rosas... acho que era moda.

         Como de hábito feira da Boca da Mata... de novo peixes secos, cabeças de boi e bode cobertas de moscas. Titá e Maria da Paz compravam a carne em baldes.

       Frutas, especiarias, os porrões de barro para guardar água. Comprei dois e papai despachou pro Rio com feijão de corda, fava, farinha, inhame, manjuba seca.

Boca da Mata (Sete Segundos)
          Fomos ao circo. Amo circo até hoje, dos ricos, dos pobres...

          Circo em Boca da Mata: tábuas bem finas serviam de assento. Cai lá de cima: culpa do meu fogo no rabo.

       Sensacional: Bode amestrado que andava numa ripa. Não saiu do lugar. Palhaços e rumbeiras horrorosas dançando e fazendo a alegria do povaréu. E nós fumando roliude com filtro vermelho sem parar.

         Chegávamos em casa fedendo tanto que íamos pra bica tomar banho. Titá não podia desconfiar...

       Fomos para a Barra de São Miguel de caminhão: melancias rolavam ao léu e eu fiz um bolo horroroso para o aniversário do Gué e para felicidade de todos papai caiu sentado nele.

       Do mar fomos para o Niquin, limpo e morno. Biquini. Radical.

       Eu me empapuçava de siri de coral e suco de caju.

   Comprei um tanto de bonecos de barro, bois, dançarinos, horrorosamente lindos e mal feitos. Já começava ai meu amor pelo artesanato rústico, rural que me acompanharia a vida toda. Foi nessa época que um sertanejo trabalhando no corte de cana na São José, fez uma pequena xícara com píres, de jaqueira no canivete e me deu. Não sei porque. Mas tenho até hoje e olho, cheiro e aliso com carinho.

    Tive que voltar pro Rio sozinha! Radical! Fora chamada para tomar posse como professora pela prefeitura. Voo com parada em Salvador. Aviso: A aeronave não seguiria e fomos levados para um hotel. Glória!

    Fomos passear de taxi por Salvador com um Deputado do Rio Grande do Norte e um jovem que estava assustado com a parada. Luxo: jantamos num restaurante regado a dendê, vimos um candomblé e comprei um berimbau...

               Tinha que ser comigo.



JANEIRO DE 1978

BOA VISTA DO MATÃO


SÃO JOSÉ

             
                              Olavo com sete anos, Giovanna com três.

               Levei os para que os bisavós os vissem. Olavo primeiro bisneto macho e Giovanna primeira bisneta fêmea.

               Vovô e Vovó andavam com eles pra cima e pra baixo mas dessa vez ficamos com a Titá. Casa nova. Tio Chico e tio Geraldo haviam morrido há pouco tempo. Foi um tempo carrancudo pra mim mas de muita alegria para os meus filhos.

               Papai fez um quiosque para Titá coberto de sapê onde depois foi feito um outro grande, coberto de piaçava, com rede e cheio de plantas.

               A Lúcia era a babá das crianças e as empurrava num carrinho de mão por lá...

               Primos casados e com  filhos. Lembro pouco dessa vez.

               Giovanna descobriu as canas do Vovô e sem ninguém ensinar ia buscar no quarto, agora com tv e vinha arrastando para o velho banco e o vô ria.

               Cortava os roletes e chupávamos: agora neta e bisnetos.

               Ficamos pouco tempo. Crianças dão um trabalhão...

Igreja Matriz de Boca da Mata (wikimedia)

ANOS DEPOIS

               Já não me recordo os anos porém sei que foram três ou quatro vezes.

               Uma delas com a Giovanna já moça e namorando. Ficamos na Titá.

               Houve dois cafés: um com tia Guió, tio Propício e os primos e outro com os meninos da Titá.

               Passamos boa temporada na Barra de São Miguel sob os cuidados amorosos da Maria da Paz.

               Carnaval: Gué era subprefeito de lá e o furdunço era numa quadra. Giovanna se esbaldou. Fomos ao Gunga ainda agreste, de lancha com o Léu pilotando e fizemos esqui bunda na areia.

               Manoel tinha comprado um bode pra fazer buchada pra um graduadão. Os meninos roubaram o bode e com sua pele fizeram um estandarte para o “bloco do bode”.

               José tinha casa vizinha ao Manoel e o bloco passou por lá. Um pagode!!!

               Sonia ficou puta da vida. Zangadíssima! E nós, os descarados, rindo as bandeiras desfraldadas.

               Nessa época endoidei com as artes dos filhos do Mané da Marinheira. Tudo feito em tronco de jaqueira no canivete. Comprei uma onça em tamanho natural, um cachorro de pé e despachei pela Itapemirim, sem falar de dois gatinhos lindos.

               Na feira da Boca da Mata (sempre ela...) comprei porrões, cuscuzeira de barro, panelas, manjuba seca (sempre), temperos sem falar nos bichos de barro lindamente mal feitos.

               Estivemos também nas rendeiras, Giovanna apaixonou-se.

               Nesse ano conheci um perfume da Phebo chamado Matinal, comercializado somente no norte / nordeste. Comprei duas caixas com doze frascos de meio litro. Foi minha marca registrada por muitos anos.

               A medida que tudo se modernizava eu ia ficando triste. Minhas memórias táteis, olfativas e recordativas ainda eram da infância.

               Não havia mais Vô, Vó, Matão. Os ventos da modernidade levaram para longe o que eu mais amava. A última vez que fui com Papai ele já estava doente. Foi sua última visita. Tio Propício havia morrido de pouco e passamos um dia no Pipiri com a Miroca e Tia Guió.

               Tenho lembranças pungentes daquele dia. Luiz Carlos se esmerando para servir e passando toda hora, muito lustroso, com avental imaculado e uma bandeja na mão subindo e descendo.

               Perguntei a Tia que tanta comida ele levava e para quem? Tia Guió disse: acho que ele está namorando seu motorista. Que galhofada! Papai riu muito...

               Anos depois se foram Betânia e Tia Guió, Papai as seguira... recentemente Titá...

               Estão todos juntos outra vez em algum lugar do universo, rindo, rezando, comendo, conversando, chupando cana...



DEZEMBRO, QUARTA FEIRA, DIA 13 – 2017

MACEIÓ

               Casada com Guaracy voltei. Coração apertado, crise de bronquite, lágrimas e mais lágrimas. Revi Miroca e seu marido Sávio e os filhos do casal e Rita de Cássia.

               Ficamos de boa nas praias. Não tive coragem de ir a Boca da Mata. Um medo, um aperto no peito e uma saudade sem fim.

               Com Mirian e Sávio a conversa fluiu sem dor, com muita risada. Quando entramos na casa dela: Surpresa! “É a minha casa gente”

               Descobrimos que temos muito em comum. Ela é artista plástica, ama artesanato e memórias do passado. Ele um professor, historiador, s delicioso. Me deu seu livro que me inspirou a escrever essas “maltraçadas linhas”.

               Gaiata essa Anna Amélia...



              

 

Nenhum comentário:

Postar um comentário