Matéria já publicada em Campus/O Dia
As cores e o chão nos textos de Myrian
Luiz Sávio de Almeida
Os trabalhos de Myrian são substancialmente rurais e ligados à memória estética de pelo menos quatro gerações, construída na transição entre o agreste e a mata das Alagoas, dentro de um universo familiar. Eles expressam
As
cores são o chão, o terreno por onde o imaginário se transforma em uma
referência iluminada sobre o mundo e todo um complexo de condições do sagrado é
recuperado pela luz, forma, movimentos. Os santos são múltiplos de charolas,
estandartes e até mesmo teto de igrejas centenárias. A mulher que anda,
experimenta o mundo, mas volta para seu lugar. Os vitrais somam estes mesmos elementos e são apenas uma
forma diferente de falar das mesmas coisas.
Há
uma erudição sobre o mundo rural transformada em beleza que, para este pequeno
texto, significa o poético expresso na
criação de uma linguagem própria, dando-se o senso de uma hermenêutica do belo em diálogo com as cores,
as formas, a memória. Esta exposição é composta por textos sobre nós mesmos e,
portanto, instiga sobre a identidade, algo que sempre se procura esclarecer e é
sempre fugidio.
Alagoas
ganha com esta exposição pela afirmação de um talento e pela inteligência de uma
beleza articulada à demonstração de nossa vida.
Um conto |
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