A Arte de Myrian
Eduardo Henrique Omena Bastos
Professor universitário, arquiteto, artista plástico
A Arte de Myrian nos convida a uma nova percepção do “simples” com criatividade e nos instiga a um olhar mais contemplativo, a enxergar a beleza em recortes que ela compõe com extrema sensibilidade e delicadeza
A Arte de Myrian não se aprisiona nem é subjugada a nenhum academicismo estético, os relevos pictóricos entrecortados das paisagens, criam a sensação da perspectiva através de planos de massas compostos cuidadosamente, numa linguagem inovadora. Quiçá o nascimento de uma nova estética ao nível da palavra que, como enfatiza Stroeter: “... é possível identificar duas maneiras de invenção artística no processo de criação, e que correspondem a dois vetores de força: um que nasce do social, do público, do popular, do comunitário (ao nível da língua); outro que nasce da originalidade do trabalho pessoal de um artista (ao nível da palavra).”
Eis a artista Myrian! Cujo trabalho é único e múltiplo. Salvador Dali, disse certa vez: “Os talentos nascem como cogumelos, não exige nenhuma explicação”. O talento da artista se evidencia, ou pode se explicar, no perfeccionismo, na articulação cuidadosa das cores, essa última, torna-se tão enfática que se evidencia no cuidado com a combinação, na montagem de um prato com pimentões multicoloridos. Uma habilidade e perspicácia no perceber e representar os sentimentos humanos, traduzidos em obras que poderiam ser nomeadas: “Saudade”, “Ternura”, “Melancolia”, “Alegria”... Sentimentos tão comuns na gente do nordeste.
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