A Grota da Alegria e o Vigilante Poeta
João Paulo Omena
Djalma de Araújo nasceu em 15
de Setembro de 1961, no bairro de Jacarecica, Maceió/AL. Aos 07 anos de idade
mudou-se para outro local da cidade, considerando-se um “filho do Barro Duro”.
Iniciou sua vida de poeta nos anos 70 e começou por criar
poemas e frases quando amigos o procuravam para escrever bilhetinhos para as amigas e
namoradas. Foi quando despertou o sonho de ser um compositor, mas não tinha dom
para aprender a tocar violão, ainda teve 04 violões, mas não conseguiu
aprender. Ele ouvia falar muito em Carlos Drummond de Andrade, Paulo Coelho,
visitava as livrarias e achava esses livros muito caro. Então, entre 1987 e
1988, com 16 a 17 anos de idade, rasgou todos os poemas que tinha produzido,
pois não acreditava que iria ter possibilidade de algum dia publicar seu livro.
Todavia, em certa noite de
trabalho lhe veio a inspiração e retornou a reescrever tudo que já havia
escrito, conseguindo lembrar de quase todos os poemas. Participou de um
concurso da Associação dos Poetas de Alagoas – APOAL, no qual foi classificado
em 5º lugar com uma crônica intitulada “Sonhos de um menino”. Djalma de Araújo
tem 10 antologias, 04 livros publicado em pequenas tiragens: Pequenas Homenagens (2015), com poesias
à pessoas e lugares relevantes do Estado; Pingos
de Amor (2012), com poesias líricas acerca do amor; O Vigilante Poeta (2011), poesias acerca do contexto social em que
vive; O Pato Jojó (2007), destinado
ao público infantil; dentre outras que ainda não foram publicadas, como “Favela
de Barro”, acerca da Grota da
Alegria.
Em 1992, Djalma de Araújo foi
morar na Grota da Alegria onde vive até hoje. Residiu primeiramente em um
barraco de taipa e hoje mora em sua casa de alvenaria. Foi presidente de time
de futebol na comunidade e fez algumas poesias acerca do futebol; sua
residência foi sede do Centro Cultural
Poeta Djalma de Araújo. O poeta afirma que a Grota da Alegria é sua fonte de
inspiração e um lugar muito bom: “- Para mim a Grota da Alegria é um paraíso”.
A inspiração da “Favela de
Barro” foi de acontecimentos presenciados na Grota da Alegria. Trata-se de uma
crônica do cotidiano dessa “favela”, descrevendo a tensão do que é ser/viver na
periferia. Um dos personagens da crônica está vivo e sabe que escreveu acerca
de sua história. É uma soma de ficção e realidade e ele mesmo se inclui nessa
“Favela de Barro”. Um homem e suas poesias VIVEM NA Grota da Alegria.
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