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Análise espacial e temporal do vento no estado de Alagoas
Gabriel
Brito Costa
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UFAL/METEOROLOGIA
Este trabalho teve o objetivo de
caracterizar os padrões de vento no Estado de Alagoas; avaliando se existem
condições propicias para a geração de energia elétrica através de
aerogeradores no Estado; e relacionar os padrões de vento com parâmetros locais;
observando o comportamento da estabilidade atmosférica através de diferentes
métodos. Procurou-se determinar o padrão sazonal da velocidade e direção do
vento; temperatura do ar; intensidade de turbulência e fator de rajadas em
três regiões distintas do Estado: Litoral; Agreste e Sertão; e avaliar o
comportamento da estabilidade atmosférica no seu ciclo anual através do
cálculo de parâmetros de estabilidade. Foram analisados ciclos médios
diários; mensais e anuais de variáveis meteorológicas que pudessem descrever
o padrão de vento no Estado de Alagoas. O padrão evidenciado foi
relativamente diferente entre as regiões; tendo seu comportamento para
aproveitamento eólico se mostrado mais satisfatório na região do Agreste
(Girau do Ponciano). A região do Sertão (Água Branca) evidenciou uma
influência anual de um regime de ventos comum na região Nordeste Brasileira;
conhecido como Aracati; que faz com que as velocidades do vento obtenham seus
máximos no período noturno; o que é um fato fora do padrão. Houve associações
positivas entre picos de temperatura do ar e de velocidade do vento em muitas
estações; e associações positivas com as predominâncias entre NE e SE
(intervalo onde se encontra a predominância do efeito de brisa marítima) e os
máximos valores de velocidade do vento; indicando uma possível intensificação
do vento através da brisa marítima. Foi observada uma frenagem da velocidade do vento em situações de brisa terrestre;
indicando que os ventos alísios tendem a diminuir a velocidade do vento na região Litorânea; e por vezes desconfigurar a
ocorrência da brisa terrestre. Os padrões de velocidade do vento foram
maiores nas estações situadas no interior (Girau do Ponciano; Palmeira dos
Índios e Água Branca) do que no Litoral (Feliz Deserto; Roteiro e Maragogi);
possivelmente devido às estações localizadas no interior estarem em maiores
altitudes. A turbulência atmosférica nas seis estações apresentou valores
relativamente menores do que os encontrados na literatura; sendo um bom
indicativo para aproveitamento eólico. A estabilidade atmosférica em Feliz
Deserto se mostrou maior durante o Verão; diminuindo à medida que se aproxima
o Inverno; sendo que a estimativa da estabilidade pelos métodos do número de
Richardson e da freqüência de Brunt- Vaisala foram bastante coerentes;
apresentando no máximo 5% de diferença entre eles.
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