Luiz Felipe Leão Maia Brandão
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O estado de Alagoas se caracteriza pela precariedade de suas
infraestruturas e pelo baixo nível de reprodução da força de trabalho,
possuindo indicadores socioeconômicos abaixo da - já precária - média nacional,
ou mesmo nordestina. A presente tese se propõe a investigar os determinantes da
formação social em Alagoas, desde sua emancipação política em 1817, aos dias
atuais. Para tal, serão analisados os estágios de desenvolvimento das forças
produtivas em escala nacional e no recorte local, e os reflexos desse processo
no âmbito da reprodução social. Como fio condutor dessa análise, são descritas
diferentes modalidades de planejamento produzidas ao longo dos anos pelo Estado
brasileiro, em paralelo cronológico com as ações adotadas pelos governos
alagoanos. Mediante a incorporação da teoria da acumulação entravada (Deák,
1991), defende-se a tese de que os diferentes níveis de desenvolvimento das
forças produtivas e do nível de reprodução da força de trabalho, observados nas
distintas configurações espaciais do país, são constitutivos de uma só
totalidade. O quadro alagoano se explica, assim, não como resultado de um
"desvio", equalizável mediante reforma, mas justamente pela natureza
do papel ocupado por esse estado na reprodução social brasileira.
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